quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


Eu, turista magrelo nessa cidade que nunca quero conhecer
Saia da minha cama sua cidade filha da puta
A apague a luz da rua quando sair
Como assim que é uma outra rua na rua?
Como assim que é uma outra mariposa na luz?
Como assim que o incandescente é fato?
Cidade... cidade
Cidade, preste atenção, a coca cola incendiada
Acaba de voar das mãos do garçom drogado.

5 comentários:

  1. Versos lisérgicos de um poeta "sui generis"... Parabéns!

    DM

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  2. Você entende de bar , quando a noite cai...
    Entende de sereno , quando a poesia fica chuviscada...
    Entende os loucos , quando a lua os carrega , e nem de manhã os devolve
    Entende de todas as almas :
    almas com perfumes de todoas as ervas , flores e capim.
    Entende o que diz , e nos faz compreender a irreverência que na arte se concentra.


    Gosto de tudo que escreves , incondicionalmente !

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  3. Socorro disse quase tudo. Só me restou uma constatação. O Lupeu tem coragem prá cacete. Já ví enfretamento do poder, do partido, das idéias, da ordem, da religião, já vi enfrentamento de quase tudo. Mas enfrentar o próprio espaço em que se encontra, isso é coisa que vou passar um tempão imaginando. Mas não tarda e o Lupeu enfrenta o tempo.

    Ps. Lupeu o texto era para Senead O´Connor mesmo e para a bela interpretação da música que o comum é na interpretação da Maddona. A provocação era essa, na linha do Marcos Leonel. Claro que a espetacularização da música pop estava na crítica. Agora você tinha razão: a arte recolhida, medrosa, que não se expõe, perde a parte essencial dela que é o outro.

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  4. José do Vale,

    Isso é que é liberdade.
    Cada um diz o que quer e ninguém é punido por isso. rs rs

    Abraços,

    Dihelson Mendonça

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  5. grande dihelson. valeu pelo sui. valeu pelo generis. um abraço cara.

    help querida. quanta generosidade! irreverente é nosso coração, cheio de temperos e ervas e pequis coloridos e sumarentos. breve tô aí. pra falar, ouvir e rir.

    zé do vale. cara, a gente precisa se encontrar em três: eu, você e uma garrafa de cerveja (umas). nosso assunto dá pano pra manga, dá manga pra chupar até o caroço, dá pra roer o ôsso e ainda vai sobrar pra sobremesa. a próxima trincheira então: o tempo. mas com certeza você vai estar do lado, e enquanto rola a guerra a gente fala de edith piaf, the doors, sinea´d oconnor e sua bela e reluzente careca, e dos artistas... esses seres mitológicos. tão belos, tão absolutamente necessários.
    um puta abraço.
    hasta siempre cumpadi.

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