No desenrolar do processo histórico em que vive a humanidade, o advento da desigualdade social provocou o surgimento das classes sociais. Isso, se pensarmos em classes sociais enquanto uma relação entre pessoas.
Não é prudente confundir diferença com desigualdades. São condições que não se equivalem. Diferenças entre os seres humanos são várias. Existem diferenças culturais e naturais. Alguns nascem com a cor de pele clara, olhos azuis, cabelos loiros, outros tem uma pele mais escura, olhos e cabelos negros e uma infinidade de matizes na pele e outras partes do corpo.
Observe estas imagens e não obstante todas as gritantes diferenças políticas, culturais, humanísticas, tente reparar apenas nos traços físicos:

George W. Bush

Gilberto Gil
Diante da observação dessas personalidades, percebemos rapidamente as diferenças físicas.
Eu poderia usar imagens de pessoas desconhecidas, mas propositadamente escolhi as imagens dessas pessoas. Mesmo com trajetórias diferenciadas quero marcar apenas as diferenças físicas.
E as diferenças entre as pessoas não param. Existem inúmeras diferenças. Existem aqueles que se intitulam sertanejos, outros que se dizem metaleiros. Existem os que gostam de cachaça e outros que não bebem nem licor. São pessoas com gostos diferentes, hábitos diferentes.
Culturalmente não existe uma sociedade melhor do que a outra. Existem sociedades diferentes. Em algumas se come arroz, feijão, uma carne e verduras na hora do almoço, em outras, esse é um prato estranho...
E as diferenças não param por aí. Existem ateus e crentes, esportistas e sedentários, heterossexuais e homossexuais, homens e mulheres, professores, jogadores de futebol, médicos, motoristas, bailarinas etc.
Enfim, toda uma série de diferenças nos imprime a feição humana, o que nos torna ao mesmo tempo, singulares e universais. E todo o discurso em defesa da diversidade é considerado válido nos dias atuais.
Quando falamos de desigualdade estamos nos referindo a outro aspecto da existência humana. No caso da desigualdade social, nos remetemos à exploração. E isso não é um caso de diferença.
Com certeza, um defensor da manutenção do status quo tentará vender a ideia de que a desigualdade social é apenas mais uma "diferença". Com certeza, existirão aqueles como eu que refutarão essa "hipótese".
A desigualdade social como dissemos provocou o advento das classes sociais na História. Daqui para a frente, começaremos uma série de postagens sobre os explorados com exemplos de algumas situações de classe.
Fruto da apropriação dos excedentes por um determinado grupo em detrimento de outro, a exploração social só foi possível a partir da geração permanente de excedentes econômicos. É por isso que nas comunidades comunistas primitivas não havia a possibilidade da ocorrência da desigualdade social. Não se tratava de uma "consciência elevada" ou do "espírito de fraternidade" daquelas comunidades, mas sim da impossibilidade de expropriação do excedente por um grupo minoritário.
A desigualdade social é um acontecimento histórico e não uma questão da "natureza humana". Da natureza humana vem a necessidade de vivermos, de nos alimentarmos, de nos reproduzirmos, de morrermos para cumprir essa função natural.
Pobreza, riqueza, trabalho forçado para sustento da ociosidade parasitária não é uma questão de "natureza humana" ou fatalidade divina. É uma questão de exploração social.
Começaremos a série sobre os explorados falando dos escravos. Em breve.
Darlan,
ResponderExcluirEstou esperando a sua estréia em breve lá no nosso Jornal CHAPADA DO ARARIPE ( Bem como o Armando o Carlos Rafael e outros mais ).
Forneça-me uma senha de sua preferência via e-mail:
blogdocrato@hotmail.com
Abraços,
Visite agora o site do Jornal, para ver as crônicas do Emerson Monteiro e outros:
www.chapadadoararipe.com
Dihelson Mendonça
Dihelson, estarei lá assim que escrever algo que julgue legal. O Jornal Chapada do Araripe é bem legal e eu acompanho sempre. Abraço.
ResponderExcluirDarlan,
ResponderExcluirTomei a liberdade de publicar seu texto na seção de Crônicas do Joral Online CHAPADA DO ARARIPE:
www.chapadadoararipe.com
Abraços,
Dihelson Mendonça