
Acabo de ler – no último número do “Jornal do Cariri” - edição de 16 de junho - : “Leandro Bezerra Monteiro, o contra-revolucionário do Cariri”, matéria interessante, mas com alguns equívocos.
A ver:
a) Consta na matéria: “Leandro Bezerra Monteiro nasceu na localidade de Engenho do Moquém, no Crato, oficialmente no dia 5 de dezembro de 1740, embora existam historiadores que defendam outras datas”.
A VERDADE: Não conheço nenhum historiador que defenda outra data para o nascimento do Brigadeiro. Afirmo isso porque já li todos os bons autores que escreveram sobre Leandro Bezerra Monteiro (ele foi tema de minha monografia de Pós-graduação) e todos são unânimes: ele nasceu no dia 5 de dezembro de 1740.
b) Consta na matéria: “Era dele a Fazenda Taboleiro (sic) Grande e onde no dia 15 de setembro de 1825 ou 1927 (sic) ele fez o lançamento da pedra fundamental de uma capelinha...”.
A VERDADE: Todos os historiadores são unânimes quanta a data da pedra fundamental da Capelinha de Nossa Senhora das Dores, na Fazenda Tabuleiro Grande, origem de Juazeiro do Norte: 15 de setembro de 1827.
c) Consta na matéria: “A capela foi construída para que o neto do Brigadeiro, Padre Pedro Ribeiro Gonçalves Bezerra de Menezes”...
A VERDADE: Também é unanimidade entre os historiadores que o nome desse sacerdote era: Padre Pedro Ribeiro Monteiro (o mesmo que também assinava Carvalho – cfe. Irineu Pinheiro in “Efemérides do Cariri”). Não sei onde o autor da matéria encontrou esse nome “padre Pedro Ribeiro Gonçalves Bezerra de Menezes”...
d) Consta na matéria: “É verdade que, apesar do (Leandro) Bezerra Monteiro ter construído a capela, a fundação da cidade, porém, é atribuída ao Padre Cícero”...
A VERDADE: Alguns autores insistem, erroneamente, em atribuir ao Padre Cícero Romão Batista a fundação de Juazeiro do Norte. Pelas informações dos historiadores concluímos que foi o Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro o fundador do núcleo primitivo, origem da atual cidade. Deve-se ao Brigadeiro Leandro a iniciativa da primeira urbanização da localidade – ainda conhecida como Tabuleiro Grande – com a edificação da Casa Grande, capela, residências para escravos e agregados da família.
A realidade histórica nos mostra: quando o Padre Cícero chegou à vila do “Joaseiro”, onde fixou residência em 11 de abril de 1872, já encontrou um povoado formado em torno da capelinha de Nossa Senhora das Dores. Contava o lugarejo, à época da chegada deste sacerdote, com 35 casas, quase todas de taipa, espalhadas desordenadamente por duas pequenas ruas, conhecidas como Rua do Brejo e Rua Grande. No povoado á época da chegada do Padre Cícero, residiam 5 famílias, tidas como a elite do vilarejo: Bezerra de Menezes, Sobreira, Landim, Macedo e Gonçalves.
e) Consta na matéria: “Quatro dias depois do movimento veio a recompensa para (Leandro) Bezerra Monteiro por sua lealdade à Monarquia, ele foi agraciado pelo Imperador Dom Pedro I com o título de Brigadeiro”.
A VERDADE: Não se sabe ao certo a data certa da concessão do título de Brigadeiro a Leandro Bezerra Monteiro. Entretanto, segundo sérias pesquisas, isso deve ter ocorrido em 1827, dez anos após o episódio da Revolução Pernambucana de 1817.
f) Por fim, informo a quem queira conhecer melhor a vida do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro sugiro pesquisar na bibliografia abaixo:
–ALCÂNTARA, José Denizard Macedo de. Vida do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, revista Itaytera, 1957. Crato.
–NASCIMENTO, F.S. Clã Bezerra de Menezes-Linhagem do Cariri. Editora ABC. Fortaleza.1997.
–OLIVEIRA, Amália Xavier. O Padre Cícero que eu conheci-verdadeira história de Juazeiro do Norte. Editora Massangana.1982.3ª edição.Recife 332 p.
-PINHEIRO, Irineu. Efemérides do Cariri. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1963. 555 p.
–RAFAEL, Armando Lopes. Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro: o contra-revolucionário do Cariri de 1817.Crato: Tipografia do Cariri, 2000. 28 p.
–ROCHA FILHO, J. Dias da. Vida do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro(1740-1831) Notas Preliminares de José Denizard Macedo de Alcântara. 2 ed. Fortaleza: Secretaria da Cultura, Desporto e Promoção Social do Ceará, 1978. 170 p.
A ver:
a) Consta na matéria: “Leandro Bezerra Monteiro nasceu na localidade de Engenho do Moquém, no Crato, oficialmente no dia 5 de dezembro de 1740, embora existam historiadores que defendam outras datas”.
A VERDADE: Não conheço nenhum historiador que defenda outra data para o nascimento do Brigadeiro. Afirmo isso porque já li todos os bons autores que escreveram sobre Leandro Bezerra Monteiro (ele foi tema de minha monografia de Pós-graduação) e todos são unânimes: ele nasceu no dia 5 de dezembro de 1740.
b) Consta na matéria: “Era dele a Fazenda Taboleiro (sic) Grande e onde no dia 15 de setembro de 1825 ou 1927 (sic) ele fez o lançamento da pedra fundamental de uma capelinha...”.
A VERDADE: Todos os historiadores são unânimes quanta a data da pedra fundamental da Capelinha de Nossa Senhora das Dores, na Fazenda Tabuleiro Grande, origem de Juazeiro do Norte: 15 de setembro de 1827.
c) Consta na matéria: “A capela foi construída para que o neto do Brigadeiro, Padre Pedro Ribeiro Gonçalves Bezerra de Menezes”...
A VERDADE: Também é unanimidade entre os historiadores que o nome desse sacerdote era: Padre Pedro Ribeiro Monteiro (o mesmo que também assinava Carvalho – cfe. Irineu Pinheiro in “Efemérides do Cariri”). Não sei onde o autor da matéria encontrou esse nome “padre Pedro Ribeiro Gonçalves Bezerra de Menezes”...
d) Consta na matéria: “É verdade que, apesar do (Leandro) Bezerra Monteiro ter construído a capela, a fundação da cidade, porém, é atribuída ao Padre Cícero”...
A VERDADE: Alguns autores insistem, erroneamente, em atribuir ao Padre Cícero Romão Batista a fundação de Juazeiro do Norte. Pelas informações dos historiadores concluímos que foi o Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro o fundador do núcleo primitivo, origem da atual cidade. Deve-se ao Brigadeiro Leandro a iniciativa da primeira urbanização da localidade – ainda conhecida como Tabuleiro Grande – com a edificação da Casa Grande, capela, residências para escravos e agregados da família.
A realidade histórica nos mostra: quando o Padre Cícero chegou à vila do “Joaseiro”, onde fixou residência em 11 de abril de 1872, já encontrou um povoado formado em torno da capelinha de Nossa Senhora das Dores. Contava o lugarejo, à época da chegada deste sacerdote, com 35 casas, quase todas de taipa, espalhadas desordenadamente por duas pequenas ruas, conhecidas como Rua do Brejo e Rua Grande. No povoado á época da chegada do Padre Cícero, residiam 5 famílias, tidas como a elite do vilarejo: Bezerra de Menezes, Sobreira, Landim, Macedo e Gonçalves.
e) Consta na matéria: “Quatro dias depois do movimento veio a recompensa para (Leandro) Bezerra Monteiro por sua lealdade à Monarquia, ele foi agraciado pelo Imperador Dom Pedro I com o título de Brigadeiro”.
A VERDADE: Não se sabe ao certo a data certa da concessão do título de Brigadeiro a Leandro Bezerra Monteiro. Entretanto, segundo sérias pesquisas, isso deve ter ocorrido em 1827, dez anos após o episódio da Revolução Pernambucana de 1817.
f) Por fim, informo a quem queira conhecer melhor a vida do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro sugiro pesquisar na bibliografia abaixo:
–ALCÂNTARA, José Denizard Macedo de. Vida do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, revista Itaytera, 1957. Crato.
–NASCIMENTO, F.S. Clã Bezerra de Menezes-Linhagem do Cariri. Editora ABC. Fortaleza.1997.
–OLIVEIRA, Amália Xavier. O Padre Cícero que eu conheci-verdadeira história de Juazeiro do Norte. Editora Massangana.1982.3ª edição.Recife 332 p.
-PINHEIRO, Irineu. Efemérides do Cariri. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1963. 555 p.
–RAFAEL, Armando Lopes. Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro: o contra-revolucionário do Cariri de 1817.Crato: Tipografia do Cariri, 2000. 28 p.
–ROCHA FILHO, J. Dias da. Vida do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro(1740-1831) Notas Preliminares de José Denizard Macedo de Alcântara. 2 ed. Fortaleza: Secretaria da Cultura, Desporto e Promoção Social do Ceará, 1978. 170 p.
Acho a lealdade uma das virtudes mais importantes no caráter humano.
ResponderExcluirÁs vezes ela é até recompensada aqui mesmo, na Terra.
Boa a presença do historiógrafo Armando Lopes Rafael no trato com a vida do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro. Nem sempre a história vem escrita ao nível dos que a fizeram. Nesse caso, creio haver justiça no cuidado com que Armando acompanha a matéria do Jornal do Cariri, que também li.
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