Ipsis litteris: “É preciso dizer sempre, em todo lugar, que esse governo não retarda privatização, NÃO É CONTRA NENHUMA PRIVATIZAÇÃO e vai vender tudo o que der para vender”. (De FHC, então Presidente da República, para José Serra, seu Ministro do Planejamento, em 03.05.1995).
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O candidato José Serra foge do tema “privatização” tal qual o capeta foge da cruz. Talvez pra esconder seus tempos de coordenador das privatizações do governo FHC, quando o patrimônio público foi entregue de “mão-beijada” aos grandes grupos privados, preferencialmente internacionais. E o que é mais grave: aceitando as tais “moedas podres” e financiando o restante, via BNDES, em infindáveis e generosos prazos (“até o limite da irresponsabilidade”, lembram ???)
Como sua palavra não merece a menor credibilidade (registrou documento em cartório comprometendo-se com os seus eleitores a cumprir o mandato de prefeito de São Paulo até o final, e mesmo assim, menos de dois anos depois entregou o cargo para candidatar-se a Governador do estado), é preciso ficar atento.
Permitir que um sujeito desses seja guindado à Presidência da República é um jogo de alto risco, é condenar o país a permanecer preso e atolado nas amarras do subdesenvolvimento ad eternum; implica, por exemplo, em entregar a Petrobrás e a fabulosa riqueza do “pré-sal” aos gringos, conforme já sinalizou um dos seus principais assessores para a área energética, David Zylbersztajn, ex-genro de FHC e presidente à época da Agência Nacional do Petróleo (ANP) quando se realizou o primeiro leilão de reservas brasileiras entregues ao capital estrangeiro, em 1999. Hoje, principal “assessor técnico” da campanha de Serra para a área de energia (embora ele convenientemente negue), Zylbersztajn é defensor ferrenho e convicto de que num eventual governo demo-tucano (que Deus nos livre), a exploração do pré-sal ocorra nos marcos do regime de “concessões”, verdadeira dádiva à “gringarada”, ao contrário do regime de “partilha”, atualmente vigente (onde é o governo que determina e comanda o processo).
Na realidade, o interesse deles no regime concessionário, é de fácil entendimento: é que só assim será possível retomar o fio da história no ponto em que estava em janeiro de 2002 (governo FHC), quando o banqueiro Francisco Gros, em seu primeiro ato após a posse como presidente da Petrobras, anunciou em alto e bom som, aos investidores em Houston, nos EUA (por ordem do “chefe”, é claro), que sua missão era “PRIVATIZAR A EMPRESA” (não senhores, vocês não leram erro, é vero, veríssimo: a ordem era privatizar a Petrobrás).
Alfim, para que avaliemos o componente nefasto e danoso das privatizações, não custa lembrar que a Vale do Rio Doce foi vendida por $ 3,2 bilhões de dólares (valor que corresponde ao lucro da empresa em apenas um semestre) e hoje seu valor de mercado é de $ 196 bilhões de dólares.
Aqui pra nós, você acha, HONESTAMENTE, que quem faz um coisa escabrosa dessas é mesmo a favor do Brasil ??? Será por isso que não querem “comparar” os oito anos do governo deles com igual período do nosso governo ???
Tem que comparar, sim !!!
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