sábado, 31 de julho de 2021

  

O STF E O “IMBUANCEIRO” DO PLANALTO – José Nílton Mariano Saraiva

Queiram ou não admitir “Suas Excelências” togadas com assento no Supremo Tribunal Federal, na história da República Federativa do Brasil ficará registrado “ad aeternum” que foi a comprovada “inação” dos membros daquela egrégia corte que acabou nos deixando como legado a ascensão do “imbuanceiro” incompetente que hoje está Presidente da República (num dos momentos mais críticos vivenciados por nosso país).


Afinal, se “Suas Excelências” togadas tivessem cumprido minimamente com o seu honroso papel de “guardiões” da Constituição Federal, legalmente e sem nenhuma contestação teriam obstado no nascedouro o festival de cabeludas irregularidades perpetradas pela quadrilha de Curitiba, então chefiada pelo juiz de piso Sérgio Moro, cuja resultante maior é essa excrescência que hoje envergonha a todos os brasileiros (o Bozo).


E, no entanto, ao não só dar guarida a uma operação eivada de irregularidades (Lava Jato) como por chancelar quase que "in totum" tudo o que de Curitiba se originava (com medo da reação popular que houvera sido cooptada por um mídia desonesta), os integrantes do Supremo Tribunal Federal acabaram por inflar o ego daquele juiz provinciano.


Provinciano, mas ousado, e que comprovadamente influiu de forma decisiva nos destinos da própria nação ao utilizar-se do artifício jurídico LAWFARE (guerra jurídica para atingir determinados objetivos) cujo lance maior foi a perseguição implacável e a posterior prisão do então líder das pesquisas da eleição presidencial, Lula da Silva, mesmo que nenhuma prova contra ele houvesse (apenas presunções e convicções, fajutas, como restou comprovado a posteriori).


Foi então, no rastro desse itinerário fraudulento, que o desastre aconteceu: ajudado por um suposto atentado que convenientemente o impediu de participar dos debates decisivos, ascendeu à Presidência da República um despreparado e incompetente deputado do baixo clero da Câmara Federal, ligado a milicianos, entusiasta da tortura e, no passado, expulso do exército por insubordinação e má conduta.


Empossado, de lá até aqui sua “diversão predileta”, no dia-a-dia, parece ser a “imbuança”, a provocação, a mentira, o exercício bruto da ignorância em todo o seu esplendor, a autocracia, enfim, não respeitando quem quer que seja (conforme nos mostra o vídeo da reunião ministerial de 22.04.21, quando, entre gritos e impropérios os mais chulos e deprimentes, se dirige a todos, inclusive aos milicos-mercenários que fazem parte do seu governo; algo assustador e repleto de ameaças).


Atualmente, suspeito potencial de participar de “esquemas” no uso da compra de vacinas para o enfrentamento do estado pandêmico que atravessamos (um crime hediondo, já que lida com a vida de milhões) e em queda corrosiva nas pesquisas alusivas à eleição presidencial do próximo ano, o “premiado” da vez para os seus coices e diatribes é o próprio Supremo Tribunal Federal (a Justiça Eleitoral e o Poder Judiciário, também).


Assim, objetivando, desde já, inviabilizar as eleições do próximo ano (já que antevê uma derrota avassaladora e monumental) insinuou serem suspeitas as urnas eletrônicas (através das quais ele e os filhos-numerais foram eleitos em diversas oportunidades, lembremo-nos) anunciou com estardalhaço que em determinada data apresentaria provas de fraudes ocorridas em eleições passadas (chegado o dia anunciado e sem mais poder fugir do que prometera, com a cara mais lisa do mundo afirmou não ter provas mas apenas suspeitas).


Fato é que, como os “crimes de responsabilidade” praticados por essa figura asquerosa são tantos e tão facilmente detectáveis, não é possível que o Supremo Tribunal Federal (cuja honradez dos seus integrantes foi claramente atingida) não tome uma medida mais drástica com relação ao “imbuanceiro" do planalto.


Já passou do tempo, definitivamente.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

 AINDA HÁ JUÍZES EM BERLIM” – José Nilton Mariano Saraiva


No conto “O Moleiro de Sans-Souci”, o escritor François Andrieux narra o ocorrido no século XVIII, na Prússia do rei Frederico II (conhecido como “O Grande”), quando este decidiu edificar um palácio de verão na cidade de Potsdam, nas proximidades de Berlim, junto a uma colina onde existia, já há algum tempo, um certo moinho de vento conhecido como o “moinho de Sans-Souci”.

Pois bem, quando Frederico II resolveu ampliar o palácio e constatou que o moinho estava a impedir a visão completa da bela paisagem decidiu adquiri-lo a fim de que sua obra não restasse prejudicada e, para tanto, chamou à sua presença o moleiro; para sua surpresa, este se recusou terminantemente a desfazer-se da sua propriedade, em razão de tratar-se de um bem de família, desde tempos imemoriais.

Em razão de tal tenacidade e obstinação, Frederico seguiu insistindo, tendo chegado a sugerir ao moleiro, em tom de ameaça, que se assim quisesse poderia confiscar o moinho e as respectivas terras, inclusive sem indenização, ao que o corajoso moleiro retrucou e pronunciou a célebre frase: “AINDA HÁ JUÍZES EM BERLIM” (ou seja, ainda há quem zele pela lei, independentemente da condição do indivíduo).

Diante disso, Frederico II (que, embora um déspota esclarecido, era afeito à legalidade) recuou e, mesmo tendo ampliado o palácio, respeitou os limites do moinho que até hoje se encontra no local.

A reflexão é só pra lembrar que, estupefatos, os cearenses tomaram conhecimento, meses atrás, da decisão do jornalista esportivo Kaio César, do Grupo Verdes Mares de Comunicação, que pediu demissão ao vivo durante a apresentação do programa Globo Esporte, acusando seu superior hierárquico de assédio e danos morais.

Eis que, hoje, 28.07.21, em plena capital cearense, rememorando o famoso “AINDA HÁ JUÍZES EM BERLIM”, o Tribunal de Justiça do Trabalho da 7ª Região de Fortaleza condenou o Grupo Verdes Mares de Comunicação a indenizar o jornalista (por assédio e danos morais, repita-se).

Vide, abaixo, a reportagem (ipsis litteris):

APÓS PEDIR DEMISSÃO AO VIVO NA TV, JORNALISTA GANHA PROCESSO MILIONÁRIO CONTRA A GLOBO.
LANCE!
qua., 28 de julho de 2021 7:12 AM·2 minuto de leitura

O jornalista Kaio Cezar, que pediu demissão ao vivo durante uma edição do Globo Esporte/CE, em 2019, ganhou na Justiça, através de decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região de Fortaleza (CE), o direito de receber cerca de R$ 2 milhões da Rede Globo e das afiliadas TV Verdes Mares, TV Diário (TV local do Sistema Verdes Mares) e Rádio Verdes Mares (a rádio do grupo).

Segundo o portal 'Noticias da TV', Kaio conseguiu provar as acusação durante o processo. O juiz do trabalho Adalberto Ellery Barreira Neto deu parecer favorável a razão de Kaio em situações constrangedoras, quando, por exemplo, foi mandado 'tomar no c*' em uma reunião de trabalho.

Em outra situação relatada, o diretor teria dito que Kaio seria 'doido' por 'pegar uma mulher com um menino e faz outro nela', se referindo ao fato de a esposa do jornalista ser mãe de uma criança que teve em outro relacionamento.

Relembre o caso:

Na ocasião, o jornalista afirmou que sofria assédio e danos morais por parte de Paulo César Norões, ex-diretor de relações institucionais do Sistema Verdes Mares.

- Em meio a tantos fatos que configuram perseguição, certa vez PC Norões se dirigiu a mim e proferiu ofensas à minha família que não as repito aqui porque tenho dois filhos, entre eles uma enteada, e poderia expor pessoas que não tem nada a ver com a história. E foi assim que pouco a pouco me escantearam, sem qualquer pudor ou respeito por mim - declarou na época.

A esposa do jornalista também falou à época que ele sofria de problemas de ansiedade devido o constrangimento no ambiente profissional. Já o diretor acusado se pronunciou pelas redes sociais naquela mesma semana falando que se deparava com 'injustiça e ingratidão'.

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Para os que não lembram, meses após o ocorrido o superior hierárquico do Kaio César, acima nominado, foi DEMITIDO SUMARIAMENTE do Grupo Verdes Mares de Comunicação.

Nunca, o “o aqui se faz, aqui se paga” foi tão apropriado.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

ELES JOGAM PARA EU FAZER O GOL” - José Nílton Mariano Saraiva


Como é de conhecimento público, em 2008, ao participar do processo seletivo para professora de Neonatologia do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza (Unifor), a Doutora Mayra Isabel Correia Pinheiro foi desclassificada ainda na primeira fase por incluir no seu “Currículo Lattes”, como se fosse de sua autoria, o artigo “A Reanimação do Prematuro Extremo em sala de Parto”, publicado em 2005 no Jornal da Pediatria, cujas autoras verdadeiras são as médicas Maria Fernanda Branco de Almeida e Ruth Guinsburg.

Na oportunidade, a banca examinadora da Universidade emitiu o seguinte parecer: “Considerando, finalmente, que a veracidade do documento analisado é critério indispensável para o julgamento do currículo e que, neste sentido, o documento apresentado (currículo Lattes) não atende a esse critério, a banca examinadora resolve desclassificar a candidata do processo”.

Inquirida sobre, a Doutora Mayra Pinheiro simplesmente alegou que teria cometido... “falha grave de digitação do currículo Lattes” (e ninguém mais falou no assunto).

Pois bem, alocada no Ministério da Saúde no governo do Bozo, no princípio do corrente ano, quando foi designada pelo chefe (Ministro Pazuello) para gerir a grave crise sanitária em Manaus (onde pessoas morriam “de montão” por falta de ar) Doutora Mayra Pinheiro apresentou um tal aplicativo que de tão revolucionário seria a solução definitiva para o problema: o Tratevoc, cuja finalidade seria auxiliar os médicos no diagnóstico da Covid 19.

Eis que alguns jornalistas descobriram que o tal aplicativo era “viciado de nascença”, ou “jogo de cartas marcadas” porquanto o diagnóstico final, para bebes, adolescentes, adultos ou idosos era sempre o mesmo: kit-Covid neles (forçação de barra sem tamanho).

Denunciada a farsa, referido aplicativo foi retirado do ar e, quando questionada, a Doutora Mayra Pinheiro atribuiu aos “técnicos” da sua secretaria a responsabilidade, eximindo-se de tal. Ou seja, mesmo sendo a chefe e portanto responsável pela aprovação e liberação do aplicativo, ela não tinha nada a ver com isso (de novo, ninguém mais falou no assunto).
Ainda assim, depois do fracasso oceânico da missão que lhe fora outorgada pelo governo do Bozo, Doutora Mayra Pinheiro não teve nenhum constrangimento em oferecer seus préstimos (ou se oferecer) ao governo de Portugal para aplicar o kid-Covid por lá, porquanto sua aplicação no Brasil teria sido um “sucesso” (uma mentira cabeluda).

Convocada a se explicar na CPI da Covid sobre a tragédia de Manaus, Doutora Mayra Pinheiro recorreu ao Supremo Tribunal Federal no sentido de não responder às perguntas que ao seu critério lhe fossem inconvenientes, além de poder se fazer acompanhar de um advogado (foi atendida).

Sabe-se agora, através do áudio que a CPI conseguiu, que Doutora Mayra Pinheiro antecipadamente preparou perguntas para que os senadores governistas da CPI lhe fizessem durante o depoimento... “ELES JOGAM PARA EU FAZER O GOL”, foi o que combinou (ainda assim seu depoimento foi um fracasso).

A conclusão que se pode chegar é que, definitivamente, a Doutora Mayra Isabel Correia Pinheiro não guarda nenhuma consideração com o que seja ética ou respeito para com a população brasileira.

Que seja novamente chamada pela CPI para se explicar.

quinta-feira, 22 de julho de 2021

 CRIME “QUASE” PERFEITO – José Nilton Mariano Saraiva

Independentemente da autoria bandida, o assalto ao Banco Central, em Fortaleza, anos atrás (quando foram subtraídos quase 170 milhões de reais), não pode deixar de ser considerado uma engenhosa e competente operação, levando-se em conta o planejamento milimétrico, a precisão da execução e a audácia demonstradas, a ponto de alguns mais apressados chegarem mesmo a aventar tratar-se de um “crime perfeito”, de difícil solução.
Como se sabe, tudo começou de forma legal, com a constituição, pelos marginais, de uma empresa do ramo paisagístico, devidamente registrada na Junta Comercial do Estado do Ceará, cujo imóvel, alugado, providencialmente localizava-se nas cercanias da sede do Banco Central.
A partir de lá, obedecendo todos os detalhes de um planejamento estratégico e minucioso, “homens-tatus”, supervisionados pelos “cabeças” do grupo, iniciaram a difícil e penosa perfuração de um túnel (diz-se que durante 03 meses) com aproximadamente 80 metros de extensão, por sob outros imóveis e atravessando uma das avenidas com trânsito mais intenso e pesado de Fortaleza, a Dom Manoel (por lá circulam linhas regulares de ônibus, carretas, carros-fortes, carros particulares, o escambau).
Ao atingirem, com precisão, o cofre do Banco Central, mais uma prova de competência e planejamento: exatamente em um final de semana, quando aquela instituição se achava fechada, perfuraram o concreto e as grossas camadas de aço que revestiam o solo do dito cujo e, ao o adentrarem, se viram compreensivelmente atônitos ante aquela “montanha” de dinheiro; a partir daí, iniciaram o apressado caminho de volta, em várias “viagens”, carregando “somente” notas de R$ 50,00, usadas, e que não possuíssem a série numérica capaz de posteriormente identificá-las. Consumava-se, com sucesso, o plano magistralmente elaborado.
Na segunda-feira, quando da reabertura do Banco Central, aparvalhada e atônita, sua cúpula e demais executivos constataram a desagradável surpresa: um “rombo” de quase cento e setenta milhões de reais.
Imediatamente acionada, a Polícia Federal, através do seu setor de inteligência, começou o paciente trabalho de encontrar alguma pista, algum indício de erro, uma possível falha que pudesse ter sido cometida pelos marginais no decorrer da operação; e foi o encontro de um simples e banal “chip” de um telefone celular, “perdido/esquecido” dentro do túnel, que possibilitou a montagem do quebra-cabeças e acabou por detonar uma autentica operação de guerra à busca de uma solução para um crime tido e havido como insolúvel. Seria tudo uma questão de tempo e paciência.
Enquanto isso e depois de alguns meses, lá na solidão do planalto central, em plena imensidão do cerrado goiano, o presumível “chefe” da quadrilha, o cearense conhecido por “Alemão”, experimentava as delícias de uma vida sem maiores preocupações, já que dispondo do bom e do melhor, mas instalado numa casa modesta a fim de não despertar suspeitas; providencialmente, deixara o cabelo crescer, engordara propositadamente e, literalmente, transformara-se num outro homem, difícil de ser identificado até pelos próprios familiares.
Ledo engano; a Polícia Federal, fuçando daqui, fuçando dali, prendendo a arraia-miúda que inadvertidamente passara a ostentar o que não deveria, aos poucos foi montando a arapuca, aproximando-se sorrateiramente e, quando ele menos esperava, deu-lhe voz de prisão; condenado e em razão da comprovada periculosidade, foi o marginal encaminhado a uma penitenciária de segurança máxima, lá no Mato Grosso (só que não “abriu o bico”, sobre).
De repente, para surpresa de todos, já que convenientemente sem qualquer divulgação por parte dos órgãos midiáticos, o “coitado” do Alemão é “premiado” com sua transferência para um dos presídios de Fortaleza (onde todo dia existe uma fuga), sob a pueril alegativa de que já se passara os dois anos de detenção em presídios de segurança máxima, conforme determinam os nossos jurássicos códigos e leis penais.
Não se sabe, até hoje, onde anda o “Alemão” (evadiu-se e se mandou pro exterior ??? virou evangélico e está a pregar a palavra de Deus aos companheiros de prisão ??? embrenhou-se na selva amazônica e está a catequizar os índios ???).

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 AS GRANDES PERGUNTAS DA CIÊNCIA ( FINAL )

Os computadores podem continuar se acelerando?
Nossos tablets e smartphones são minicomputadores que contêm mais poder de computação do que os astronautas levaram para a lua em 1969. Mas, se quisermos continuar aumentando o poder de computação que carregamos em nossos bolsos, como vamos fazê-lo? Existe um número limitado de componentes que podem ser comprimidos em um chip. O limite já foi alcançado, ou existe outra maneira de fazer um computador? Os cientistas estão considerando novos materiais, como carbono atomicamente fino – o grafeno –, assim como novos sistemas, como a computação quântica.

O que há no fundo do oceano?

Noventa e cinco por cento do oceano ainda não foram explorados. O que existe lá embaixo? Em 1960, Don Walsh e Jacques Piccard desceram 11 quilômetros, até a parte mais profunda do oceano, em busca de respostas. Sua viagem ampliou os limites da aventura humana, mas lhes deu apenas um vislumbre da vida no leito marinho. É tão difícil chegar ao fundo do oceano que geralmente temos de recorrer a veículos não tripulados como batedores. As descobertas que fizemos até agora – desde peixes bizarros como o "olho de barril", com sua cabeça transparente, até um potencial tratamento para Alzheimer feito de crustáceos – são uma pequena fração do estranho mundo que se esconde sob as ondas.

Podemos viver para sempre?
Vivemos em uma época incrível: estamos começando a pensar no "envelhecimento" não como um fato da vida, mas uma doença que pode ser tratada e possivelmente evitada, ou pelo menos adiada por muito tempo. Nosso conhecimento do que nos faz envelhecer – e o que permite que alguns animais vivam mais que outros – se expande rapidamente. Apesar de não termos exatamente elucidado todos os detalhes, as pistas que obtemos sobre danos ao DNA, o equilíbrio de envelhecimento, metabolismo e capacidade reprodutiva, mais os genes que regulam isso, estão preenchendo uma imagem maior, e potencialmente levarão a tratamentos medicinais. Mas a verdadeira pergunta não é como vamos viver mais, e sim como vamos viver bem por mais tempo. Já que muitas doenças, como diabetes e câncer, são típicas da idade, tratar o envelhecimento em si poderá ser a chave.

É possível viajar no tempo?
Viajantes no tempo já caminham entre nós. Graças à teoria da relatividade especial de Einstein, os astronautas que estão em órbita na Estação Espacial Internacional experimentam o passar do tempo mais lentamente. Naquela velocidade o efeito é minúsculo, mas aumentando a velocidade o efeito significa que um dia os humanos poderão viajar milhares de anos no futuro. A natureza parece apreciar menos as pessoas que vão no outro sentido e voltam ao passado, mas alguns físicos inventaram um projeto elaborado de fazer isso usando buracos de minhoca (ou pontes de Einstein-Rosen) e naves espaciais. Isso poderia ser usado até para dar a si mesmo um presente de Natal ou responder algumas das muitas perguntas que cercam as grandes incógnitas do universo.

Fonte: Carta Capital

A DOUTORA “CHARLATÔ - José Nílton Mariano Saraiva

Embora integrantes do governo tentem desqualificá-la (alegando um possível uso político), a verdade é que a CPI da Covid a cada dia se nos apresenta absolutamente necessária, porquanto trazendo ao conhecimento de todos nós fatos escabrosos e inquestionáveis (dignos dos “nazistas” da vida), ocorridos no Brasil no transcurso da pandemia que ainda hoje assusta a humanidade (e ninguém sabe até quando isso vai durar).
Aos fatos.
Ao raiar do ano 2019, a partir do reconhecimento e decretação da existência da pandemia provocada pelo novo coronavírus por parte da Organização Mundial de Saúde e cientistas de todo o mundo, o governo brasileiro mostrou-se omisso e displicente em “encarar a fera” de frente, talvez imaginando que o danado do vírus não simpatizasse nem um pouco com o Brasil e fizesse questão de “não pintar no pedaço” (criminoso engano).
Assim, enquanto os mortais comuns tomávamos conhecimento, assustados, do apetite e letalidade do vírus, com destaque para a situação da China e Itália onde centenas morriam todos os dias, irresponsavelmente o governo brasileiro não deu qualquer atenção (logo após, todo a Europa foi invadida pelo vírus).
Fato é que, devido à comprovada omissão e descaso governamental (em breve período o Ministério da Saúde mudou de titular em quatro oportunidades), quando o coronavírus explodiu de vez na cidade de Manaus, que vivenciou cenas dignas do mais horripilante filme de terror, com pessoas morrendo “de montão” todos os dias por “falta de ar”, e a não existência sequer de oxigênio para combatê-la, enfim o mundo tomou conhecimento do nosso drama (não por parte do governo brasileiro, mas devido ao quadro dantesco que eclodiu e foi divulgado pela mídia).
Desnorteado, sem rumo e literalmente perdido em razão de ter colocado no Ministério da Saúde um milico despreparado, arrogante, puxa-saco e inexperiente, o governo federal enviou àquela cidade uma robusta caravana de médicos, chefiados por uma das secretárias do Ministério da Saúde (a pediatra Mayra Pinheiro), abusada e intransigente defensora do uso da cloroquina (medicamento sem nenhuma comprovação científica de eficácia) a fim de difundir e aplicar o seu uso imediato.
E assim foi feito. Toneladas de comprimidos de cloroquina foram despejadas em Manaus, e reuniões e mais reuniões (comandadas por Mayra Pinheiro) enalteciam seu poder ante a doença.
E mais, os médicos que não fossem adeptos de tal receituário eram descartados sumariamente (em pleno clímax da pandemia), nem que tivessem que ser substituídos por simples enfermeiros. A ordem era que todos rezassem pela mesma cartilha de catequização dos incautos.
Claro que não deu certo, e as mortes só aumentaram (hoje são 545.000 e em fase crescente). Rotundo fracasso, e a enviada governamental (Mayra Pinheiro) saiu desmoralizada do episódio, tanto que, a partir de então, recebeu a alcunha pejorativa de “capitã-cloroquina” (continuou, entretanto, prestigiada pela cúpula do governo).
Sabe-se agora – e o documento redigido e assinado pela própria foi publicizado pelos integrantes da CPI – que a senhora Mayra Pinheiro (invocando sua nacionalidade portuguesa) naquele momento se ofereceu ou colocou-se à disposição do governo de Portugal para comandar campanha de uso intensivo da cloroquina naquele país, ALEGANDO O “SUCESSO” DO USO DA TAL MEDICAÇÃO NO BRASIL (GROTESCA MENTIRA) tanto que estaria disposta a cruzar o Oceano Atlântico para liderar as autoridades daquele país no combate à doença.
Prudente, porquanto sabedor do quadro brasileiro, o governo de Portugal não aceitou, preferindo adstringir-se às recomendações das autoridades competentes, através do isolamento social, do uso da máscara, do ficar em casa para não aglomerar e, enfim, da racionalidade, inclusive com a adoção do lockdown (01). Nova desmoralização para a “capitã cloroquina”.
Agora, o intrigante nisso tudo é que, de defensora intransigente do “kit-covid”, a capitã-cloroquina (Mayra Pinheiro) não demonstrou nenhum constrangimento quando, por pertencer a um dos chamados grupos prioritários (saúde) foi convidada a se vacinar antecipadamente contra o vírus letal. De pronto, sem titubear, foi lá e estendeu o braço à imunização. Charlatanismo (02) puro e na veia.
Se considerarmos aquela máxima de que “na prática a teoria é outra”, tão simplório ato apenas demonstrou de forma contundente que a capitã-cloroquina em nenhum momento se serviu do kid-covid que prescreveu para seus pobres e indigentes pacientes.
Por saber, certamente, que não tinha nenhuma serventia (merecia ser presa de imediato).
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Postscriptum:
(01) Lockdown - bloqueio que, imposto pelo Estado ou por uma ação judicial, restringe a circulação de pessoas em áreas e vias públicas, incluindo fechamento de fronteiras, geralmente ocorre em situações de pandemia com o intuito de evitar a disseminação do vírus;
(02) Charlatão - médico incompetente e sem escrúpulos que recorre a meios condenáveis para atrair clientela; aquele que se diz possuidor de remédios infalíveis