quarta-feira, 26 de outubro de 2022

 O MAU CARATISMO DO BOZO – José Nílton Mariano Saraiva

Envolvido em escândalos de toda ordem (sexual, financeiro, moral, religioso e por aí vai, dos quais não consegue se desvencilhar de forma alguma), nas recentes entrevistas concedidas às TVs o atual Presidente da República e candidato à reeleição (o Bozo) tem insistido e persistido em atribuir às administrações petistas a responsabilidade pelo Déficit Atuarial dos “fundos de pensão” das empresas estatais, aos quais desonesta e equivocadamente denomina de “roubo do PT”.

E, dúvidas não tenham, será este o primeiro tema a ser por ele abordado quando do debate a ser realizado na Globo, numa última tentativa de desviar os holofotes das recorrentes e gravíssimas falcatruas do seu governo (vide o tal “Orçamento Secreto”, por exemplo).

Se lhe restasse uma nesga sequer de honestidade (política, moral e intelectual) e se se desse ao trabalho de ler retrospectivamente sobre “fundos de pensão”, facilmente constataria que desde os tempos do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) os ditos “fundos de pensão” já apresentavam tais déficits, principalmente em razão dos cálculos atuariais (novidades por aqui) não terem sido usados na ocasião oportuna pela rede bancária estatal.

Tanto é verdade, que foi instituído à época o programa econômico PROER (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional), implementado em novembro de 1995que tinha como principal objetivo tentar “sanear” os bancos públicos e, consequentemente os déficits das caixas de previdência ou “fundos de pensão” das estatais (Banco do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica, BNB, BASA e por aí vai).

Para efetivação de tais medidas, foram alocados vultosos recursos em todos os “fundos de pensão” estatais e, a posteriori, o governo tomou a decisão (desonesta) de ratear entre os funcionários dessas estatais o tal déficit (que vigora até hoje).

Portanto, hoje os aposentados de tais estatais imerecidamente pagam por algo que não provocaram (a má gestão dos Bancos Estatais) e a culpa não pode ser atribuída às gestões petistas, como o quer o traste que está Presidente da República. 

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

 KENNEDY ALENCAR

OPINIÃO

Jefferson executa estratégia golpista de Bolsonaro; é hora de votar em Lula (Kennedy Alencar)

Ao reagir a uma ordem de prisão com balas e explosão, o ex-deputado federal Roberto Jefferson coloca em prática a estratégia do presidente Jair Bolsonaro de contestar o resultado da eleição e dar um golpe de estado no Brasil.

Da reação de Jefferson à fala criminosa do presidente sobre o episódio no qual dois policiais federais foram feridos, a cartilha bolsonarista segue à risca o roteiro trumpista que resultou na invasão do Congresso americano no início de 2021.

Não devemos nos iludir e tratar o ato terrorista de Jefferson como algo menor. Em sintonia com Bolsonaro, Jefferson quer criar uma atmosfera de caos que permita ao presidente da República acionar as Forças Armadas e polícias estaduais para "restaurar a ordem".

Típico ditador de república de bananas, Bolsonaro tem estimulado com decretos e palavras o armamento da população. Mente e usa a máquina do estado criminosamente, cometendo estelionato eleitoral e desrespeitando a legislação eleitoral e fiscal. Durante todo o seu mandato, com especial destaque na pandemia, Bolsonaro agiu ilegalmente diante de instituições que se mostraram fracas para investigar e punir seus atos.

Entre essas instituições, inclua-se a imprensa, que normaliza Bolsonaro com o "doisladismo" irresponsável que contribuiu para jogar o Brasil no abismo.

Hoje, a imprensa noticiou que Bolsonaro repudiou o ato terrorista de Jefferson bem como o ataque sórdido à ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia. Teve até gente que foi mais covarde e tentou dissociar Bolsonaro de Jefferson, repetindo mais uma vez que o presidente não pode ser responsabilizado pelas barbaridades que estimula todos os dias em seus discursos de ódio.

Vamos às palavras de Bolsonaro: "Repudio as falas do sr. Roberto Jefferson contra a ministra Cármen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP [Ministério Público]".

Bolsonaro não repudiou nada.

Fez falsa equivalência entre dois crimes e duas decisões da mais alta corte de Justiça do país. Quando menciona "a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP", ele passa pano para o ato terrorista de Jefferson, como se o ex-deputado estivesse reagindo a uma ilegalidade do Estado contra ele.

Isso é falso.

Os inquéritos que tramitam no âmbito do STF tiveram o respaldo do plenário do tribunal. Investigam atos antidemocráticos e fake news de Bolsonaro e seus aliados, entre os quais Jefferson. Numa democracia, a última palavra é do Judiciário. 

A imprensa erra e ajuda Bolsonaro, como fez no "pedido de desculpas" de araque às meninas venezuelanas, ao noticiar que o presidente rejeitou a ação criminosa de Jefferson contra policiais federais que cumpriam uma ordem de prisão. Bolsonaro tentou apenas vitimizar um criminoso e atacar uma investigação que pode colocá-lo, junto com os filhos, atrás das grades. 

Corretamente, o ministro Alexandre de Moraes determinou o fim da detenção domiciliar de Jefferson diante das informações de que ele preparava ação armada na reta final da eleição, possuía arsenal irregular em casa e cometera crime contra a ministra Carmén Lúcia.

Há uma semana da eleição, a imprensa brasileira já deveria ter entendido que Bolsonaro não é um candidato do campo democrático e não pode ser normalizado. Ele é o chefete de tipos como Roberto Jefferson. É candidato a ditador do Brasil.

Bolsonaro já deixou claro que pretende acabar com a nossa democracia. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) representa hoje as forças democráticas que podem fazer frente ao obscurantismo. A tarefa de Lula não será fácil, mas somente a eleição do ex-presidente pode permitir uma resistência ao fracasso do Brasil como nação democrática e civilizada. 

Democratas de esquerda, centro-esquerda, centro e centro-direita já entenderam isso. Muitos hipotecaram apoio público a Lula. É preciso que os democratas da imprensa se mostrem à altura do que está em jogo.

Não há escolha difícil em 2022, como não havia em 2018, é hora de votar em Lula para salvar a democracia. Não são normais as atitudes de Bolsonaro e Jefferson. É preciso devolver esses criminosos de extrema direita à lata de lixo da História, de onde nunca deveriam ter saído. Essa é a tarefa civilizatória de 30 de outubro.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

 A HORA É AGORA – José Nílton Mariano Saraiva


No resultado final da eleição presidencial no primeiro turno, Lula da Silva obteve 57.259.504 votos (ou 48,4% dos votos válidos), enquanto o “psicopata” (Bozo) chegou a 51.072.345 votos (ou 43,2% dos votos válidos). Portanto, uma diferença entre os dois de exatos 6.187.159 (ou 5,2% em termos percentuais).

No caso, a média de cada ponto percentual na votação de Lula da Silva foi de 1.183.047 votos, enquanto que na votação do Bozo foi de 1.182.230 (juntando-se as duas médias e, após, dividindo-as por 2, teríamos a média de cada ponto percentual em 1.182.638).

Como as pesquisas dos principais institutos de pesquisas referentes ao segundo turno apontam para uma diferença percentual quase que linear de 4,0% (52,0 x 48,0) em favor de Lula da Silva, teríamos uma diferença final de aproximadamente 4.730.552 votos de vantagem (1.182.638 x 4).

No entanto, como a variável “abstenção” é uma incógnita, é torcer para que as pessoas de conscientizem da importância de votarem, já que em jogo está o próprio futuro do país.

A hora é agora, sem tergiversar (virar as costas; usar de evasivas ou subterfúgios; esquivar-se; usar desculpas).

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Post Scriptum:
Só lembrando, em 2014 tivemos:
Dilma Rousseff - 54.501.118 (51,64%)
Aécio Neves - 51.041.155 (48,36%)
DIFERENÇA: 3.459.963 (3.28%)

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

 O MOTOQUEIRO “PEDÓFILO” - José Nílton Mariano Saraiva

E de repente a “moto”, normalmente usada como eficiente meio de transporte, passou a ser uma das mais poderosas armas usadas por bandidos de alta periculosidade visando não serem identificados, até porque, além da velocidade que consegue desenvolver, o acessório obrigado e exigido para pilotá-la, o ”capacete”, funciona como um eficaz escudo protetor.

Assim, por mais que se julguem preparados visando o combate à criminalidade, os agentes da lei sempre encontram imensa dificuldade para o enfrentamento de uma cada vez maior e ousada horda de “motoqueiros marginais”, devidamente paramentados. Poderia até ser dito que, a não ser que haja o “flagrante” (a chegada ao local na hora do crime), torna-se quase impossível ter sucesso na empreitada.

Como, entretanto, a “soberba” (comportamento excessivamente orgulhoso e arrogante) se faz presente entre os humanos de uma maneira geral, alguns desses “motoqueiros/bandidos/transgressores” findam por exibi-la na sua plenitude, permitindo serem identificados a posteriori (quando orgulhosamente narram a “proeza” cometida).

O caso mais recente deu-se em Brasília, a capital federal, quando um motoqueiro de mais de 65 anos, circulando em um dos bairros periféricos num sábado à tarde (comunidade São Sebastião), deu de cara com umas “menininhas, arrumadinhas e bonitinhas”, parecendo-lhe terem entre 13/14 anos, e que estavam “se arrumando para fazer programa”. Por essa razão “pintou um clima” e a pedofilia asquerosa emergiu na plenitude.

O resto todo mundo já sabe: deu uma volta no quarteirão, parou, desceu da moto, tirou o capacete e perguntou-lhes se poderia “entrar em sua casa” (dá pra imaginar com qual intenção ???), quando então constatou existirem outras adolescentes prontas pra entrar em ação (segundo o próprio, “venezuelanas”).

O nome do “motoqueiro-pedófilo”, sem pudor e sem vergonha: Jair Messias Bolsonaro, o obsceno e asqueroso atual presidente do Brasil.

Como alguém pode votar num “traste” desse ???

sábado, 8 de outubro de 2022

“REMINISCÊNCIAS” (*) - José Nílton Mariano Saraiva

No crepúsculo da tarde e consequente principiar da noite do dia 26.10.2014, a alta cúpula tucana e amigos mais próximos (convidados), começaram a chegar extasiados, risonhos e saltitantes ao apartamento do candidato do PSDB (Aécio Neves), em Belo Horizonte, para comemorar sua vitória no segundo turno da eleição presidencial daquele ano (na qual teve como oponente Dilma Rousseff) tendo em vista que a contagem dos votos se aproximava do final e ele continuava à frente.

Mas eis que, paulatinamente, com a abertura das urnas eletrônicas das Regiões Norte e Nordeste, exatamente às 19;32 hs a candidata Dilma Rousseff passou à frente para não mais retroceder, numa virada espetacular (ao final, conseguiu 54.501.118 ou 51,64%, enquanto que seu oponente somou 51.041.155 ou 48,36%). À exceção da frustração de Aécio Neves e seus convidados, o Brasil explodiu de alegria e contentamento.

O resto todo mundo já sabe: Aécio Neves (um poço até aqui de mágoas) cumpriu a promessa de não deixar que Dilma Rousseff governasse (barrando no Senado Federal, que presidia, todas as matérias por ela encaminhadas), enquanto na Câmara Federal o seu presidente, o marginal Eduardo Cunha, complementava o boicote. Deu no que deu (impeachment, mesmo sem crime de responsabilidade).

Sobre, duas são as reflexões a se considerar: 01) lembrar aos momentaneamente “desanimados” que, assim como Dilma Rousseff, lá atrás, Lula da Silva, agora, ganhou também no primeiro turno com uma margem razoável de 6.187.159 votos e já largou na frente nas pesquisas para o segundo turno; e, 02) na hora de votar no segundo turno, todos os eleitores dessa Região do país têm obrigação e devem lembrar que o psicopata que está no poder (o Bozo), inconformado com o resultado do primeiro turno, ainda ontem tachou os “nordestinos” como um povo analfabeto e despreparado, incapaz de ter consciência política para eleger um Presidente da República.

A palavra de ordem é, pois, responder com altivez a esse psicopata, lutando pra acrescer à votação do primeiro turno no mínimo mais uns 2.000.000 de votos, a fim de detoná-lo de vez rumo ao inferno.

Nós, NORDESTINOS, merecemos respeito.

POST SCRIPTUM:

(*) REMINISCÊNCIAS: lembrança de uma verdade que, contemplada pela alma no período de desencarnação (o entremeio que separa suas existências materiais), ao tornar à consciência se evidencia como o fundamento de todo o conhecimento humano; imagem lembrada do passado; o que se conserva na memória.

domingo, 2 de outubro de 2022

 DIA DE COMEÇO E FIM – (JANIO DE FREITAS)


Há exatos quatro anos, o que se instalou no Brasil, a pretexto de sucessão presidencial, não era um novo governo. Foi o estado de terrorismo político. Veio a ser a continuidade lógica da fraude aplicada ao processo eleitoral a propósito de corrupção denunciada na Petrobras.

Hoje, a ameaça terrorista de impedir os brasileiros da única atribuição institucional que lhes deixaram, generosos, consagra um fato extraordinário: a numerosa união pela democracia, entre divergentes às vezes extremados, como mais um dos tão raros momentos de beleza na política.

Não há vergonha em defender a democracia. Esse é ato de grandeza, sempre. Vai além do significado eleitoral: atitude talvez insuspeitada, faz conhecer com mais justiça quem a pratica —e, em contrapartida, quem a recusa.

São gestos de independência e altivez. E é emocionante saber que pessoas centenárias vão às urnas com sua contribuição à democracia, porque “é preciso pacificar o país”.

Ser bolsonarista é, também, a incapacidade de ver o que constrói o momento particular que os brasileiros vivem, de um lado como de outro. Os anos recentes trouxeram indicações de que essa restrição perceptiva persiste na maioria dos militares.

Por identificação com a direita extremada ou por outras causas, sua instabilidade entre bolsonarismo e legalismo foi o amparo para os feitos de Bolsonaro: aprofundar as históricas fendas econômicas e sociais, devastar a aparelhagem de condução do país e pôr em suspenso o valor da vida.

Com o ataque ao Estado de Direito, o próprio estado de terrorismo a ser perenizado pelo golpe.

É muito importante, pode mesmo ser decisivo, que a etapa eleitoral se encerre neste domingo (2). O intervalo até o segundo turno seria ainda mais perigoso, em violência até letal, do que o temido entre a eleição e a posse do eleito. Mesmo que a de Bolsonaro.

É isso, sim: o bolsonarismo tem um só plano para vindita de derrotado e para o pretendido poder sem opositores. Bolsonaro disse: “É preciso matar uns 30 mil”.

Nenhuma previsão da conduta de militares em derrota de Bolsonaro merece maior credibilidade. É imprevisível a força armada presente em uma aberração como o sentido eleitoreiro dado ao Bicentenário da Independência. Data nacional única em que o ponto a ecoar para a história, vindo do próprio presidente, foi gabar-se de sua fantasiada sexualidade —nem ao menos considerável, vista a quantidade de Viagra comprado em seu governo.

À nossa custa, o governo americano vive a interessante experiência de estar, até mais do que ausente, contrário a um golpe da direita. A defesa da democracia brasileira submete o bolsonarismo civil e militar a ameaças externas equivalentes, mas contrárias, às que faz aqui.

Com uma diferença: montadas em tanques ou em motos, as ameaças bolsonaristas descobriram à sua frente uma consciência democrática de que nem os democratas tinham certeza.