quarta-feira, 25 de julho de 2007

ExpoCrato termina, deixando um rastro de destruição cultural na região...


E pensar que ainda veríamos um mundo onde o ser humano pudesse evoluir mentalmente...vemos, pelo contrário com profundo pesar um grande Cartel formado pela mídia, proprietários de bandas de Forró ridículas, e promotores de eventos, bandas ou bundas essas, cujas letras são uma afronta à inteligência humana, degradam a mulher, e valorizam o alcoolismo, o ser perdido, raparigueiro, violento, que não se adapta a uma vida civilizada, desrespeitando toda forma de convivência em sociedade, com som astronomicamente elevado, invadindo as residências, poluindo o meio-ambiente com ondas sonoras de frequências ultra graves ( sub-woofers ), levando jovens ao alcoolismo e à prostituição, e toda essa estrutura sendo apoiada por locutores de rádio burros, que, sem formação cultural alguma, se preocupam tão simplesmente em falar CARIOQUÊS... sem nada na cabeça! A era dos DJs, onde a arte é decadente, corrói as mentes das nossas crianças. Quando vemos crianças de 8 anos de idade, sem qualquer formação, mas já cantando músicas de "solteirões do forró" e "aviões do forró" nos dá pena! E que dizer dos professores rejeitados nas escolas pelos alunos ao tentar colocar uma letra de Chico Buarque para análise, ao receberem dos seus alunos: "Professora, isso é música de velho! porque você não coloca uma música de "aviões" ? Essa música aí nunca se ouviu nem no rádio. Ah, RÁDIO, essa é a palavra mágica para todas as questões. No Crato, o rádio é a maior prova da decadência da cultura e das Artes em geral. Como inverter esse quadro ??

4 comentários:

  1. Sr.Dihelson,
    Não se desespere não. Use a criatidade própria de todo artista e crie um espaço alternativo. A massa é burra, como já bem dizia o genial Nelson Rodrigues. Do mesmo jeito que a riqueza material é somente alcançada por cinco por cento da população, acontece também com a riqueza artística cultural. Não force a barra. Ou: venda sua alma ao capiroto!

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  2. Criar um espaço alternativo não é o bastante, já existem vários.
    Impor à sociedade cultura! Antes que seja tarde demais.

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  3. Continuo achando que se precisa de uma organização mínima pra se lutar por direitos fundamentais. Os artistas têm uma imensa dificuldade de trilhar este espaço algo burocrático, pela própria essência anarquista de cada um.A questão empresarial/comercial fede a enxofre, mas , infelizmente é preciso de forma coletiva adentrar este inferno. A boa arte , no entanto, continuará sendo degustada por poucos, creio que o Salatiel tem razão neste ponto. Por isto mesmo tantos e tantos se desesperaram: Ana Cristina, Maiakovsky, Stephen Zweig, Hemingway... As opções foram sempre o ópio ou o tédio.

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  4. Muitas de suas palavras expressaram o que penso em relação as atrações musicais para a exposição em 2007. Aliás, nos anos anteriores acredito que houve um padrão mais ou menos parecido. Nasci e me criei no Crato e a festa de Exposição sempre fez parte da tradição de nossa terra. É verdade que faz muito tempo que não frequento a festa, mas já em 2001, salvo engano, estive por aí e detestei os grupos elencados para "animarem" a festa. Esse ano estive por aí do dia 09 ao dia 14 e fui bastante indagada sobre o porquê de não permanecer para a exposição. Realmente não fiquei por motivos outros, mas não me senti nem um pouco seduzida diante das atrações em cartaz. Ainda curti o sábado, dia anterior a abertura, quando levei meus enteados ao parque de diversões e viajei no tempo lembrando a infância e amágica do parque. Encerramos a noite com uva e maçã do amor.

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