Para Luiz Carlos Salatiel e Calazans Callou
Que tal, esta noite, ouvir uma jam session, com Normando e Nicodemos, no Batente, sob o luar?Antes, porém, vamos tomar uns tragos, na Praça da Sé, no Silvanir Bar. Lupeu, com certeza, estará lá, depois de uma cansativa semana de trabalho, depois de cumprir exemplarmente o seu digno ofício de carteiro. Quem sabe, ele trará Catarina! E eu darei a ela um bottom de Elvis Presley, feito por Jerry, aquele que tem um pai que tem uma deliciosa aguardente envelhecida numa ancoreta de pau-vermelho. Desceremos a serra direto para o Xá-de-Flor. Lá vamos encontrar toda a rapaziada celebrando a noite ao som de um repertório quase tão antigo quanto o velho casarão que abriga antigas rapaziadas. Amanhecendo, na minha Yamaha TT amarela, vamos amenizar a ressaca, com um terapêutico banho na fonte da Pedra da Batateira, reviver um ritual de ancestralidade cariri. Para recuperar as forças e o sono perdido. Dormiremos um pouco, ainda, aturdidos, equilibrando-nos nas ruínas do Tancão, lugar sagrado para os guerreiros da tribo. Mais do mesmo, vamos tomar um sonrisal no Bar do Wilson, no sítio Rosto. Não tendo mais para onde ir, sempre resta um lugar: a casa de Luís Cláudio e Ana Rosa, jogar umas partidas de xadrez, com cerveja e tira-gosto. Eles estarão sempre lá, hospitaleiros, esperando os comensais costumeiros . Mas não há tempo para cochilos. A tarde avança. Estamos novamente ébrios: in vino veritas. Um compromisso nos chama: ensaio da banda Lerfa Mu, ao fim-da-tarde, na Oca de sala e banheiro, Praça da Sé, Altos, defronte à praça, decorada com uma bandeira verde com o v no meio. Tragos iniciais, riffs de guitarras, tambores incessantes marcando o ritmo de Lupeu escrachando: cassetetes elétricos, quebrando lombras, ossos, sonhos!
(Intervalo)
Descem todos para o Silvanir Bar. Molhar a garganta. Espiar a paisagem urbana e ouvir outras músicas urbanas. Mais uma noite mergulha no vale. Mais uma noite tranqüila de sábado. O melhor, talvez, é ir descansar. De preferência em braços companheiros que nos abraçam sorrateiros...
Que tal, esta noite, ouvir uma jam session, com Normando e Nicodemos, no Batente, sob o luar?Antes, porém, vamos tomar uns tragos, na Praça da Sé, no Silvanir Bar. Lupeu, com certeza, estará lá, depois de uma cansativa semana de trabalho, depois de cumprir exemplarmente o seu digno ofício de carteiro. Quem sabe, ele trará Catarina! E eu darei a ela um bottom de Elvis Presley, feito por Jerry, aquele que tem um pai que tem uma deliciosa aguardente envelhecida numa ancoreta de pau-vermelho. Desceremos a serra direto para o Xá-de-Flor. Lá vamos encontrar toda a rapaziada celebrando a noite ao som de um repertório quase tão antigo quanto o velho casarão que abriga antigas rapaziadas. Amanhecendo, na minha Yamaha TT amarela, vamos amenizar a ressaca, com um terapêutico banho na fonte da Pedra da Batateira, reviver um ritual de ancestralidade cariri. Para recuperar as forças e o sono perdido. Dormiremos um pouco, ainda, aturdidos, equilibrando-nos nas ruínas do Tancão, lugar sagrado para os guerreiros da tribo. Mais do mesmo, vamos tomar um sonrisal no Bar do Wilson, no sítio Rosto. Não tendo mais para onde ir, sempre resta um lugar: a casa de Luís Cláudio e Ana Rosa, jogar umas partidas de xadrez, com cerveja e tira-gosto. Eles estarão sempre lá, hospitaleiros, esperando os comensais costumeiros . Mas não há tempo para cochilos. A tarde avança. Estamos novamente ébrios: in vino veritas. Um compromisso nos chama: ensaio da banda Lerfa Mu, ao fim-da-tarde, na Oca de sala e banheiro, Praça da Sé, Altos, defronte à praça, decorada com uma bandeira verde com o v no meio. Tragos iniciais, riffs de guitarras, tambores incessantes marcando o ritmo de Lupeu escrachando: cassetetes elétricos, quebrando lombras, ossos, sonhos!
(Intervalo)
Descem todos para o Silvanir Bar. Molhar a garganta. Espiar a paisagem urbana e ouvir outras músicas urbanas. Mais uma noite mergulha no vale. Mais uma noite tranqüila de sábado. O melhor, talvez, é ir descansar. De preferência em braços companheiros que nos abraçam sorrateiros...
Carlos Rafael Dias, que viu mil dias e viveu mil e uma noites! Que texto inspirador, rapaz.
ResponderExcluirRafael,
ResponderExcluirlembra daquela viagem a Maridèrnia com Geraldo Urano prá vender Vagalumes? Merece um texto, cara!
Um grande abraço,
Salatiel