domingo, 27 de janeiro de 2008

Esfinge*




bem me quéops
mal me quéfren
miquerinos?

eu no polígono das secas
você no delta do nilo

Eu sou o aro da roda
Você, tangente do círculo

eu sou o rei do agreste
Você, rainha do egito


Tiago Araripe

* Publicado no Jornal Folha de Piqui nº 03 de abril de 1984

5 comentários:

  1. Positivo, Carlos Rafael. Trata-se de uma sincronicidade: falamos há pouco do relançamento de "Cabelos de Sansão", que está se tornando possível graças ao Zeca Baleiro, e você republica o poema Esfinge, que foi minha primeira parceria com ele.

    Vou colocar no meu blog um link para o cariricult.com.

    Grande abraço

    Tiago Araripe
    http://cabelosdesansao.blogspot.com/

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  2. Mais um detalhe. Há mais uma estrofe do poema, depois que fala do polígono das secas e do delta do Nilo:

    Eu sou o aro da roda
    Você, tangente do círculo

    Abraço

    Tiago

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  3. valeu carlos
    grande resgate
    é mais do que oportuno o relançamento de cabelos de sansão.
    Lembro que assisti um show de Tiago, em São Paulo, ao ar livre, em uma praça em frente ao teatro Lira Paulistana, na rua Teodoro Sampaio, muito legal.

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  4. Cara, lendo mais abaixo vi a postagem sobre o momento especial da cultura independente em São Paulo e tá lá o nome da praça, Benedito Calixto

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  5. Tiago,

    Realmente.

    Na pressa e na emoção esqueci esse verso. Agora, espero, ter sido corrigido. O poema tá completo e mais belo.
    Aguardamos ouví-lo na musicação de Zeca Baleiro.

    Saudações.

    Rafael

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