Clama o leigo
Clama o clérigo
Pela livre aurora que não quer chegar
Tonta a terra parece invocar ao cosmo
Um dia de amor
Muito são os puros tristes
Que rodeiam crente o palácio central
Cego surdo e falso o rei repousa alegre
A bem do mal
Num susprio derradeiro de esperança
A gente tenta resistir
Tal como uma membrana fina e frágil
Como a que reveste a menina dos olhos
Clama a rua, a província, a aldeia, a beira-mar,
O sertão, a planície, o planalto, a terra e o ar
(que as vezes quase me falta), o errante,
O andante, o prudente e o amante
Abdoral Jamacaru
* Publicado no jornal Folha de Piqui, nº 4, julho de 1984
Nenhum comentário:
Postar um comentário