domingo, 10 de fevereiro de 2008

TUDO É MAIS SIMPLES DO QUE PARECE

VERDADE E CIÊNCIA

Frente ao inevitável, a lição se conformava. Se o que estiver para acontecer fosse imponderável, a lição era de . As rochas tão sólidas e indestrutíveis contam a história de poderosas transformações. As águas tão incertas e tempestuosas: brotam a agricultura, abundam a pescaria e saciam os rebanhos.

Ao contrário do que muitos imaginam ainda hoje, a ciência nunca foi a voz da verdade. A verdade última das coisas. Isso é um atributo das religiões. Elas não precisam provar o que dizem, foram anunciadas pelas entidades superiores de sua crença. para as religiões, ideologias, ferramentas ou outros instrumentos para os quais se pretendam usos permanentes é possível anunciar a verdade última. Não para a ciência.

O discurso da ciência é no condicional É como um futuro condicional que não existe na língua portuguesa. Se isso e aquilo acontecer, é bem provável que o enunciado seja assim. Essa é a linguagem da ciência. Sempre poderá existir uma observação futura em que a verdade de hoje se colocará em questão.

Mas se o domínio de si e do mundo dependia das verdades de si mesmo e deste mundo, o que aconteceu para que a ciência, que não busca verdades definitivas, promovesse tantos impactos reais sobre a humanidade? A verdade congela a realidade de um mundo em transformação. Durante algum tempo determinada verdade é até válida para a sociedade, mas logo a seguir começa a desmilingüir-se. A condicionante para que determinada coisa seja válida é a matriz que nos permitiu reequilibrar o enunciado das coisas inevitáveis, imponderáveis ou contraditórias.

REPUTAÇÕES: CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO

O conceito que gozamos entre os outros humanos passou por enormes transformações. Primeiramente com a queda dos sistemas monárquicos e hierarquizados, a reputação se democratizou. Antes a reputação das pessoas de modo geral atingia sua vila, sua rua, a família e a parentela. Enquanto a reputação de reis, imperadores, papas, cardeais e bispos tinha por base milhares ou milhões de pessoas.

Com o advento da sociedade de consumo, das grandes nações modernas, dos meios de comunicação a reputação atingiu artistas, políticos burgueses, operários, esportistas, empresários, gente em geral da cultura. a equação da reputação também mudou de patamar, deixou de ser o conceito da própria pessoa e passou a ser o conceito de uma super pessoa.

Nisso os conhecimentos científicos da psicologia social passaram a ter grande importância. A reputação não sendo mais das próprias pessoas, passou a ser propriedade dos meios que usam a psicologia social para criar a própria. Nisso a chamada mídia tem grande importância. Ela cria e destrói reputações.

Independe da pessoa. Elas até continua como zumbis em vida, pois a reputação pública nos tempos atuais transforma as pessoas em sombras da reputação. Em sombra de um enredo que pretendia ser a própria pessoa, mas que está muito além delas mesmas e costuma ser reflexiva como purpurina.

Um comentário:

  1. Por que não arriscamos,
    sequer um olhar,
    na mágica Siqueira Campos
    do século passado?
    Eu era uma nuvem, e você um sol ...
    Nublada, escapava do céu,
    em pingos d'água!
    Por que a poesia
    nos escondeu em outros mundos,
    e agora nos mostra , em caras mudadas,
    desistidas ?
    Porque o coração se renova...
    Balança sonhos nessa rêde-vida
    Entoa cantos,
    que nos adormecem...
    Fico assustada , quando caem pedrinhas,
    no lago dos mistérios
    Bico teus versos ...
    Nado cantando ,
    e escuto João Gilberto!
    Carnaval na cama
    Distante dos momos ...
    Odalisca guardada
    numa foto amarela
    Torço Salgueiro ...
    "... Muito samba no pé"!
    E o Rio das lembranças desagua
    num mar bermudense.
    Clamo rotina ,
    madrugadas insones ...
    Descortino a vida ,
    escancaro a janela ...
    Avisto um Corcovado,
    no quintal da donzela ?
    Pura miragem ...
    Aquieto os passos do olhar ,
    num pé de cajá ...
    Numa mangueira frondosa
    com sua luz cor-de-rosa ...
    Estoicamente, vejo a vida passar
    morosa e célere ...
    Teu rosto, na janela do trem ... recorto!
    E enquanto o trem não chega ,
    curto o eco do apito
    Egito ...
    Carnaval das arábias ... mais adiante!
    Espero a semana santa
    com produtos importados
    vinho do Porto, bacalhau ...
    Feijão verde com pequi,
    e refresco de murici ...
    Meu Crato não é de janeiro ... é de março!
    Meu baião é de julho ...
    É de Junho minha inspiração!
    Aspiro a noite
    vento de chuva
    chuva miúda , apaga meu fervor !
    Brasa, nos restos de palha ...
    Gargalha um amor !


    Um abraço!
    Tudo é sempre muito simples ... Fácil de entender , até quando não se explica!
    ( risos )

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