quinta-feira, 24 de abril de 2008

FINALMENTE A AJUDA AMERICANA AO DESVALIDOS DAS ENCHENTES NORDESTINAS

Deu no Jornal Nacional há poucas horas: a embaixada americana, através da sub-cônsul em Pernambuco, realizou ajuda humanitária às famílias vítimas das chuvas nordestinas. Invertendo a ordem das informações do período, a notícia é uma quebra de paradigma em relação ao nordeste , pois o certo seria falar de seca. Mas as cartas do baralho foram misturadas este ano: terremoto em São Paulo e Sobral; Lavras da Mangabeira inundada no telejornalão da Globo e a seca na Austrália. Mas tem a crise das hipotecas dos americanos, o trigo que não sai da Argentina e o arroz que fica aqui mesmo nas nossas fronteiras.

Sim e a ajuda americana aos coitados nordestinos? Nem Zé Dantas tem o que dizer, afinal quando falou no assunto da picaretagem de um dinheirinho para ajudar seu irmão, se referia às Vozes da Seca. Agora é água irmão! Muita água e os americanas chegaram. Irão ajudar mais de mil e quinhentas famílias com medicamentos (band aids, mertiolate, algodão, gaze, e o que não se viu na notícia) e outras coisas mais (nem eu sei). Mas os americanos são esperto e se protegem de cabra safado como este que escreve falando mal até de ajuda humanitária. Eles são objetivos e entregaram uma grana firme na mão do Governador do Piauí (aquele mesmo estado que o Presidente da Philips do Brasil disse não existir). Só pode ser ajuda de peso pois deu no Jornal Nacional. E foi.

Os americanos entregaram para o Senhor Governador: 80 mil reais de ajuda. Eu fiquei com muita pena dos coitados dos americanos. Tão pobres e ainda tirando o pouco que têm para ajudar o próximo. Isso não é comum na humanidade: quando nem para você tem direito ainda pensar nos desvalidos. Isso só pode ser coisa de santo. E santo com muita integridade, algo assim como Francisco de Assis.

Como sabemos Francisco de Assis era rico e se despojou de tudo para chegar mais próximo da pobreza do Senhor. Mesmo assim são os americanos de hoje: pobre, pobre de marré decê. Só para que tenhamos muita compaixão com eles lembremos do que aconteceu em Nova Orleans. Não tinham dinheiro nem para consertar um dique que no passado era uma simples obrinha para o potencial daquela nação.

Agora como antigamente os americanos voltam seu olhar para seus irmão latino americanos. Entre 1961 e 1970, quando eram muito rico, viviam na melhor diante dos europeus e do resto da humanidade, uns barbudos malucos de Cuba tomaram conta de meia dúzia de cassino e disseram que o jogo era outro. Não haveria mais o azar, tudo seria pensando e bem pensado. Que a banca não ganharia sozinha. Então os americanos, para dar uma resposta àqueles abestados e com espírito altruista que jamais outra civilização tivera, cria A Aliança para o Progresso. Atrasada em relação ao Plano Marshall aplicado na Europa, mas um plano e tanto: 20 milhões de dólares em 10 anos. É verdade, aplique a inflação no período e vejam o que seria isso hoje.

Por isso fiquei muito comovido com a doçura dos 80 mil reais doados ao Piauí.


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