Na beira do Apa
tinha uma casa rosada
Aonde Marina morava ,
Bonita , sem batom !
Na beira do Apa
tinha um pé de manacá
debaixo dele eu fiava,
amava e olhava as águas
no turvo turco de um olhar .
Na beira do Apa
a vista era de amizade
uma ponte separava
solo nosso e paraguaio.
Na beira do Apa
uma guarânia ou o Floyd
no bar Getúlio tocava.
A Baby de Bela Vista
fazia doce de abóbora
com ela e os seus filhotes ,
comia sempre uns pedaços .
Na beira do Apa
o sol, o céu , estrelas e luas
Não tinham nação, nem noção ...
Da saudade que eu sentia
do meu antigo torrão.
Um amigo cantava "Marinalva"
Tocava "Mercedita"
florzinha singela ...
lembra bem aquela época
onde o tempo era harpa !
Telma:
ResponderExcluirSocorro...vc sempre me surpreende! Emoção arretada aqui com essa bela homenagem ao rio Apa, de Bela Vista. Tempos bons...gente boa...que ficaram...que sairam....e os que passaram por lá. Sem dúvida, o Apa fez histórias.... "que dulce encantos tienes tus recuerdos, Mercedita"....beijoss
Recado de Telma Loureiro
(Jornalista em Campo Grande -MS)
Socorro, obrigado por usar a minha foto!
ResponderExcluirBeijos!
Dihelson Mendonça
Joao:
ResponderExcluirBelo poema mina querida.!!
você tem o dom...
belas imagens, belas lembranças...
emoções que o tempo não apaga...
grato pelo poema...
(Recebi esse comentário de João Nicodemos , por email).
Joao:
ResponderExcluirna beira do Apa vi meu amor passando...
navegava nas folhas descendo o rio
voava na brisa que vinha do lado Paraguai
e o pé de manacá enfeitava minha paisagem...
vi meu amor passando ...
vi o vento e vi o tempo
vi que eu devia seguir o vento
que o tempo não me espera
vi o rio baixando e subindo...
o capim crescendo
vi meu amor passando...
vi as casas e vi os homens tomando tereré
vi a beira do rio...
vi a guavira temperando minha saliva
vi o quero quero querendo pousar...
vi o Brasil onde era Paraguay
vi a chuva que lavou minha saudade
vi tudo
e quero ver mais
tudo de novo ...
sempre...
João Nicodemos respodeu cou um poema ... lindo !
Beijo grande , meu amigo !