quinta-feira, 1 de maio de 2008

Na Beira do Apa - Foto de Dihelson

Na beira do Apa
tinha uma casa rosada
Aonde Marina morava ,
Bonita , sem batom !

Na beira do Apa
tinha um pé de manacá
debaixo dele eu fiava,
amava e olhava as águas
no turvo turco de um olhar .

Na beira do Apa
a vista era de amizade
uma ponte separava
solo nosso e paraguaio.

Na beira do Apa
uma guarânia ou o Floyd
no bar Getúlio tocava.
A Baby de Bela Vista
fazia doce de abóbora
com ela e os seus filhotes ,
comia sempre uns pedaços .

Na beira do Apa
o sol, o céu , estrelas e luas
Não tinham nação, nem noção ...
Da saudade que eu sentia
do meu antigo torrão.

Um amigo cantava "Marinalva"
Tocava "Mercedita"
florzinha singela ...
lembra bem aquela época
onde o tempo era harpa !

4 comentários:

  1. Telma:
    Socorro...vc sempre me surpreende! Emoção arretada aqui com essa bela homenagem ao rio Apa, de Bela Vista. Tempos bons...gente boa...que ficaram...que sairam....e os que passaram por lá. Sem dúvida, o Apa fez histórias.... "que dulce encantos tienes tus recuerdos, Mercedita"....beijoss

    Recado de Telma Loureiro
    (Jornalista em Campo Grande -MS)

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  2. Socorro, obrigado por usar a minha foto!

    Beijos!

    Dihelson Mendonça

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  3. Joao:
    Belo poema mina querida.!!
    você tem o dom...
    belas imagens, belas lembranças...
    emoções que o tempo não apaga...
    grato pelo poema...

    (Recebi esse comentário de João Nicodemos , por email).

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  4. Joao:
    na beira do Apa vi meu amor passando...
    navegava nas folhas descendo o rio
    voava na brisa que vinha do lado Paraguai
    e o pé de manacá enfeitava minha paisagem...
    vi meu amor passando ...
    vi o vento e vi o tempo
    vi que eu devia seguir o vento
    que o tempo não me espera
    vi o rio baixando e subindo...
    o capim crescendo
    vi meu amor passando...
    vi as casas e vi os homens tomando tereré
    vi a beira do rio...
    vi a guavira temperando minha saliva
    vi o quero quero querendo pousar...
    vi o Brasil onde era Paraguay
    vi a chuva que lavou minha saudade
    vi tudo
    e quero ver mais
    tudo de novo ...
    sempre...



    João Nicodemos respodeu cou um poema ... lindo !


    Beijo grande , meu amigo !

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