terça-feira, 13 de maio de 2008

O MUNDO POR UM FIO DE DESORDEM E DESTRUIÇÃO DE VALORES, JUSTIÇA E NATUREZA

As notícias que nos chegam todos os dias apontam para a necessidade de uma grande mudança de atitude e solidariedade para com toda espécie viva. Crianças sendo jogadas do prédio, maltratadas, exploradas e ignoradas; terremotos que estremecem regiões do tamanho do Brasil e matam milhares de inocentes; tornados que provocam caos e destruição de cidades ricas e pobres; chuvas prolongadas que destroem trabalho e esperança de milhões; políticas que destroem a liberdade de expressão e criam feudos autoritários sobre os direitos da verdade. É nesse caldo de dramas e destruições que nos perguntamos: quando vai acontecer comigo, com você leitor e com a nossa família?
As tragédias humanas e ecológicas não estão escolhendo endereço e data. A qualquer momento podemos sofrer tanto pela arrogância, ganância e insensibilidade das regras das leis humanas quanto pela força da lei natural dos ciclones, furacões, terremotos, tempestades, tornados, secas e aquecimentos globais. Olhamos para a tela da TV e nos sentimos distantes e protegidos sentados num sofá macio e colorido, cercados por frágeis paredes em nossas casas e espaços ideológicos e visões de mundo limitadas. E nenhum sofrimento alheio e distante nos comove nos vários papéis que assumimos: professor, advogado, promotor, juiz, empresário, comerciante, jogador, artista, agricultor, presidente, inventor etc.
Em cada papel que nos identificamos escondemos nossas verdadeiras identidades: seres planetários e criadores de mundos. Enquanto nos preocupamos em ver a derrota e a humilhação do outro, esquecemos que amanhã mesmo nossos chãos já não serão mais seguros; nossas águas já não serão mais potáveis para beber e plantar; nossas florestas já não serão mais verdes e imunes às queimadas criminosas de mãos capitalistas; nossos filhos já não serão mais inocentes das drogas, das ideologias e das lavagens cerebrais que embalam crenças e discursos retóricos de palanque; nossos corpos já não sentirão o efeito dos valores e energias negativas acumuladas durante uma vida inteira de brigas, confusões desnecessárias, picuinhas, ofensas e ranços - por causa disso perecerão nas dores (do câncer e outras doenças) inevitáveis na ignorância cósmica de si!
O que é mais prioritário: fazer o outro curvar a cabeça ou lutar para construir um mundo melhor sem as mazelas do ego e das leis naturais que cobram – agora! - um equilíbrio cósmico? A resposta das mentes doentes não pode ser outra: a destruição da imagem e da alteridade sem o perdão do outro. O que predomina é a cultura “RAMBO” moderna: vence o mais forte e o mais competente com as armas e valores dos homens – é a regra! Mas, nossa pequena visão racional de mundo tridimensional, com um cérebro que não processa com sensibilidade e eficiência toda a inteligência que nos foi dada por Deus, continuará na sua hipnose legal, normal e animal, a querer mudar e curvar o outro sem perceber a fragilidade moral que nos sustenta de pé quebrado numa sociedade doente, global, corporativa e insensível.
E quando é que acordaremos? Quando o fio da vida arrebentar de vez. E não está longe de acontecer. Por isso, precisamos conectar mais com a vida do que romper os elos afetivos com problemas tão pequenos como uma ofensa ou briguinha individual ou coletiva de adulto-criança que não suporta viver sem se birrar com o outro irmão. A vida do planeta é muito mais importante do que essa atitude pequena demais de cobrar a lei sem perdoar.
Prof. (DSC) Bernardo Melgaço da Silva – (88)9201-9234

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