segunda-feira, 30 de junho de 2008


AINDA MAIS DO MESMO


Entra ano e sai ano e os artistas do Crato continuam ensaiando a mesma cantilena de sempre. A luta por um espaço na ex-pocrato já se tornou lendária e caricatural. Até parece que a ficha é dura de cair. A festa não é mais da cidade, desde que Joquinha abandonou a ladeira; desde que na nascente não nasce mais nada, só morre; desde que água limpa na cascata é só lorota; desde que a capital destituiu a cultura e deixou só o Crato, na ilusão de ser a capital da cultura. Acredito que a luta deva ser outra, através da associação e das parcerias.

São muitas as incoerências nessa lengalenga em dízimas. Desde que eu me entendo como gente andar entre as panelas é fazer parte da panelada. Se existe uma crítica veemente contra as atrações que ilustram essa patética desilustração bufa que é a programação da ex-pocrato, por que fazer parte dela? Será que é por causa do público? Justamente aquele que tanto prestigia e espera ansiosamente pelo momento mágico de estrear a roupa nova no show dos Aviões do Forró? Ou será que é a expectativa de mudar inteiramente a qualidade das apresentações apenas com os nomes da “terra”?

Andar de pires na mão desqualifica. E é isso justamente que pesa nessa bagagem da obscuridade, cheia de pedras lascadas. O sentimento de propriedade tanto alardeado não é seguido pela legitimação da representatividade. Falta corpo. Falta corporativismo. Falta politização. Falta o reconhecimento prático dos talentos até entre os próprios artistas, que dificilmente assistem aos shows dos próprios colegas, por exemplo. Até as prostitutas, mediante as humilhações recorrentes, se organizam, por exemplo. Até os camelôs, mediante as ameaças de extinção, se organizam, por exemplo. Até os artistas do Crato, de todos os segmentos musicais... não, esses não se organizam nunca, por exemplo.

Olhar para trás e olhar para trás é o voto de devoção de uma fatia significativa dos cratenses, que se apegam a essa tábua de salvação como o carrapato gruda na orelha do cão que passa o tempo lambendo a própria sombra. O tradicionalismo social e cultural do Crato é uma caixinha de chiclete Adams amassada, jogada entre as pontas de cigarro continental, esperando a última sessão do Cine Cassino. Gastamos tanto tempo olhando para trás que o presente é uma luz que ofusca demais, impede da gente ler a expressão off line escrita em nossa lápide.

Nossas políticas públicas para a cultura, faz tempo, são tão dinâmicas e atuais quanto o carro-de-mão de Noventa, que ainda em fantasmagoria está pronto para carregar no tempo, dando voltas na Siqueira Campos, o nosso orgulho cultural interditado. Agora só nos resta protocolar o dedo paleolítico da inquisição e apontar o orgulho e o bairrismo de outros que organizam publicamente e em parceria eventos como o Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga; o Festival de Inverno de Garanhuns; o Festival de Verão de Ouro Preto; a Mostra Internacional de Música Clássica de Maringá...?

O tempo é outro!!!! Perdemos o bonde das provisões culturais, enquanto tomávamos um cafezinho na cinelândia. Há muito que a cultura existente na ex-pocrato foi emoldurada em um cartão-postal, pronto para ser exposto como ex-voto em um futuro museu dedicado a Elói Teles. Enquanto isso continuamos em busca de falar com o prefeito, com o amigo do governador, com a avó do ex-deputado suplente, com o vaqueiro da vaca parida, para ver a possibilidade de se apresentar às seis horas da tarde ou às cinco da manhã de uma segunda-feira, ganhando um cachê de seiscentos reais, é claro.

Em Recife existe o Abril Pró-Rock, uma iniciativa privada de um festival que começou pequeno, só com atrações da “terra” e hoje tem nomes internacionais em sua programação. Em Natal existe o Mada, um festival de música alternativa que começou com duas bandas do Rio Grande do Norte e duas bandas de Pernambuco, com o advento das associações, hoje é um mega festival. Em Brasília existe o maior festival da música alternativa do Brasil, em que as associações musicais espalhadas por esse sertãozão de Guima, dão suporte e indicam as atrações, com sonorização e iluminação de primeiro mundo, tudo organizado via Internet, por dois garotos, um de 22 e outro de 21 anos. Aqui há de se considerar que a concepção de festival não é aquela do Festival Internacional da Canção, do final dos anos 60.

Mas o Crato é a capital da cultura e a ex-pocrato é mais importante do que rapadura. Aqui nós temos a ex-pocrato e não temos mais engenhos. Mas é aí onde está o doce da tradição. Mais moderno do que isso só mesmo uma possível Associação Benemérita dos Notáveis Cratenses em Defesa da Cultura Popular, que disponibilizará para download na web, por apenas um real e trinta, faixas do último cd da última banda cabaçal, antes da mumificação, minutos antes da hora da graça, já nas Oitavas de Páscoa do ano de São Patrício, o santo protetor da apropriação, como cunharia em cuneiforme o Caminha, que nunca desceu do navio e nunca foi pra aonde.

Marcos Leonel

21 comentários:

  1. leio
    aprendo
    admiro!!!
    e digo, fazendo eco
    um puta eco, em cima da chapada.
    como sempre, visceral, certeiro
    e ABSOLUTAMENTE LÚCIDO.
    ou ainda:faço minhas suas palavras.

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  2. Mrcus Vin Inícius

    De longe (so far away...) venho elogiar seu texto. Essa postura de banquete de mendigos é comum em todo lugar onde se perdeu o bonde andando. As pessoas sempre querem comer no prato que cospem. Se lhe dão um limão por que elas não fazem uma caipirinha?

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  3. Marcos,

    De ante-mão, mil parabéns por esse "puta" texto, onde as letras pulam de constrangimento e de regozijo ao mesmo tempo, por vergonha e por orgulho de termos essa dialética operante. Luta de contrários ou se harmoniza ou acaba em porrada mesmo.
    A ex-pocrato (assim mesmo em letras minúsculas) é a ex-pocrato, nada mais.Vamos, pois, deixar as coisas por assim mesmo?
    Eu, confesso, já tô velho e cansado desta cantilena. Mas, acho que essa garotada que tá despontando tem o direito de sonhar, acreditar e lutar por uma EXPOCRATO. (Nem sei se irei tomar cerveja na ex-pocrato, pois tô abusando delas.)

    Não quero dizer que você errou numa mísera vírgula no que escreveu. Não. Você tá certo. Como tão certos esses novos artistas que vão perturbar a aparente calma da autoridade de plantão. Ela tem que ser pertubarda, cobrada, avaliada e ,principalmente, aplaudida quando acertar naquilo que é desejo de todos.
    A ex-pocrato atende desejos mil. Até o de tocar no palco privado, como uma contrapartida qualquer que seja. Por mim, se fosse artista, não queria isso. Mas há quem goste.

    Um grande abraço e obrigado pelos seus textos e comentários espertos.

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  4. O Marcos desde o primeiro texto que li neste blog tem um efeito de revolver o chão. Na sístole do Crato quando o sangue vai aos confins de capilares ainda é válida a Siqueira e o Cassino, mas na diástole o mesmo repetido nem morte mais é, é nunca ter existido. Seeb Cariri resolveu um lá e outro cá, as mesmices que ninguém mais suporta e o suporte que existe aí mesmo para a conquista dos jovens. Mas a provocação central do Marcos está posta: e agora o que será de nós que fazemos este território? Entre o que não se suporta mais e o que existe de suporte, mesmo que enferrujado, temos uma complexa fazeção. Agora que já não existem saídas pela simples vanguarda e nem pelo arrastão que revoluciona, só restamos nós frente ao espelho.

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  5. Grande texto Marcos ! Ninguém mais aguenta a mesma e intolerável cantilena. E ainda tem FDP que chama esta porcaria de Cidade da Cultura. Artistas mendigando pelos cantos, um aresta velha e embolorada enchendo a boca e as burras dos farelos que sobraram das bandas de forró e se vangloriando de um passado que não volta mais...

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  6. Grande texto Marcos ! Ninguém mais aguenta a mesma e intolerável cantilena. E ainda tem FDP que chama esta porcaria de Cidade da Cultura. Artistas mendigando pelos cantos, um aresta velha e embolorada enchendo a boca e as burras dos farelos que sobraram das bandas de forró e se vangloriando de um passado que não volta mais...

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  7. Teria sido muito bom se o MARCOS tivesse estado lá na reunião que fizemos hoje na câmara para discutir as soluções para os problemas. Não vejo esse povo nos shows, nem em lugar nenhum aonde se produz cultura, nem aonde se tenta decidir as coisas. Esse discurso teria sido útil lá para somar à busca das nossas soluções.

    Concordo com muita coisa que ele disse, e exporei mais tarde, mas há muito mais de artifícios de retórica do que de realidade exequível. A construção do texto é impecável. Falta entretanto alguma coisa que dê sentido a isso tudo.

    Acho que as pessoas que foram lá na câmara, o grupo Coletivo camaradas está de parabéns pela luta, não devem ser desmerecidos por tentar lutar pelos espaços sem desistir.

    Desistir é coisa para os fracos e velhos desgastados pelo tempo.

    Os tempos são outros, temos o poder da internet pra unir os pensamentos, e novas armas para lutar.

    Digo uma coisa que não deve ser entendida como provocação:
    Vocês ainda irão tirar vossas pomposas BUNDAS de cima das cadeiras de onde gostam de escrever crônicas maravilhosas na internet à noite enquanto o mundo se consome em babaquice, e ir às ruas lutar pelas coisas do mundo real.

    É triste ver "que alguns ainda são os mesmos continuam vivendo como seus pais".

    Textos: Nota 10. Parabéns gente, vão ganhar o PULITZER.
    Ação Real: Zero.

    Abraços,
    Respeitosamente,
    Parabéns Coletivo Camaradas!

    Dihelson Mendonça

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  8. Agradeço a todos que comentaram, são todos pessoas que admiro muito e que compartilham com a minha visão sobre o assunto. Dihelson eu admiro muito, tenho muito carinho por você e respeito pelo seu trabalho.

    Só queria deixar claro Dihelson, que você não entendeu o meu texto, de forma nenhuma, E MUITO MENOS A MINHA POSTURA DIANTE DO FATO. Muitas vezes você é movido pelo ímpeto e esquece de refletir sobre o que está escrito.

    Veja bem, EU NÃO TENHO NENHUM INTERESSE DE LUTAR PELO MODELO DSE EXPOSIÇÃO QUE ESTÁ AÍ, ENTÃO EU NÃO TERIA O QUE FAZER NESSA REUNIÃO, LEIA O TEXTO OUTRA VEZ QUE VOCÊ VAI ENTENDER.

    Reuniões como essa já existiram diversas vezes e nada mudou e nem vai mudar, pois não existe interesse para isso. A idéia foi vender o espaço de lazer, e vender caro, para alguém ganhar dinheiro, e muito dinheiro. E é isso que está acontecendo. Essa foi mais uma reunião para inglês ver, pois nem a Câmara e nem nenhum vereador tem poder de reformular nada do que está aí.

    Outro detalhe, não confunda as bolas meu caro, eu não tenho nada contra o Coletivo Camarada, muito pelo contrário acho justo eles tentarem alguma coisa, de fato, eu e outros já estamos cansados de tentar mudar esse modelo.

    Agora, no dia em que você me convidar para criar uma associação ou uma cooperativa de músicos, compositores e intérpretes, que possa mudar o quadro de inércia, dessa pasmaceira existente, que possa viabilizar condições para execuções de projetos culturais, e que possa viabilizar a perenidade desses projetos e que possamos utilizar a tecnologia existente a nosso favor, aí eu tirarei a minha bunda da cadeira.

    Fico agradecido pelo seu elogio quanto ao meu texto, quanto ao meu estilo, embora isdso não passe de técnica, a mesma com que você nos encanta com maestria quando toca os seus teclados mágicos.

    Um abraço a todos.

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  9. The Lupas, você é o cara!!!

    Maurício, um abraço meu caro.

    Seeb Cariri, fico lisonjeado em saber que você gosta dos meus textos, o que só aumenta a minha responsabilidade. Um abraço.

    Florinha e José Flávio, o meu respeito e a admiração de sempre. Um abraço

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  10. Amigos comentaristas deste post, quero desfazer um aparente engano. O comentário postado sob o nome do Seeb/Cariri é de minha autoria e total responsabilidade. É que tava ainda lincado no Blog dos Bancários, que estou desenvolvendo para o Sindicato dos Bancários do Cariri, e não percebi.
    Abraço em todos e espero que tenha explicado o mal entendido.

    Carlos Rafael Dias
    (também) colaborador do Sindicato dos Bancários do Cariri

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  11. Valeu Carlos, aproveitar que estou on line e vivo, para mais uma vez agradecer o carinho e o apreço.
    Valeu poeta

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  12. Não podia esquecer de forma nenhuma o meu agradecimento a José do Vale, principalmente pela sua antenação com o mundo, fruto de muita intelectualidade prática.
    Meu abraço, José.

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  13. O que é um artista?
    Para que serve um artista?

    O Marcos pegou um tema e afloraram várias verdades...

    A palavra é velha, mas ainda tem gosto. Aristocracia.

    O que diabo será ser um Elomar da vida?

    Valores, literaturas, sonoridades, conversas, a respiração de um homem que na sua busca, no seu trabalho vejo rebeldia, vejo a fantasia como algo que existe e resiste ao que não se deve temer.

    Talvez o que se tem aqui é aquela aristocracia que vendeu sua terra , para tentar ficar por cima e não sabe mais de onde veio.

    Pior. No caso não sabe mais qual seu palco.

    Parabéns Marcos, estava no The Raconteurs, mas agora vou pro ConSertão: Elomar, Heraldo, Moreira e Paulo Moura, quer mais?!

    Abraços...

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  14. Valeu Rodolpho, muito oportuno o seu comentário e antenado como sempre.
    abraços

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  15. Segunda-Feira próxima, dia 07 de Julho haverá OUTRA reunião na câmara de vereadores, às 18:30.

    Embora alguns não queiram se mexer por achar que esse modelo está falido, fica meu convite para quem quiser participar.

    Conforme explicado no tópico logo acima desse, o Coletivo Camaradas e outros grupos e pessoas que já começam a se manifestar e engrossar as fileiras, não desejam "apenas" brigar por um espaço no palco principal. Isso para mim, pelo menos é um equívoco. A grande luta é a criação de associações de artistas e a luta pela Democratização da Mídia.

    Quem não quiser acreditar nessa luta, não há problema, que esperem sentados em frente de casa, na cadeira de balanço, talvez um dia a caravana passe por lá, e a gente possa acenar uns para os outros...

    rs rs

    Abraços,

    Dihelson Mendonça

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  16. Não sei se você percebeu Dihelson, mas a sua caravana está indo para o deserto e lá não tem água encanada não, cara.

    Esse papo de democratização da mídia é a coisa mais idiota que existe. Cara, acorde, isso é um M-E-R-C-A-D-O e não é público, é privado. Cada um que faça a sua mídia, isso é uma questão de escolha, se a rádio tá tocando merda, não escute, ou monte uma na internet, ou compre o cd que você gosta. Se a ex-pocrato só programou merda, não vá, vá para o Festival de Inverno de Garanhuns, entendeu como funciona, hã?

    Essa cruzada coletiva tá parecendo uma Comissão de Santo Inquérito, para salvar os marinheiros pecadores naufragados no mar morto.

    um abraço

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  17. Ahahahahah

    Grande Marcos...
    Espero que nesse deserto a gente encontre um grande poço ou um oásis. Reproduzindo o texto publicado logo acima:

    Eu conheço o Marcos Leonel, e ele tem um excelente gosto musical. Acho que entendi bem no texto quando o Marcos resume na frase:

    "pois essas "camadas populares" QUEREM É ISSO MESMO QUE ESTÁ AÍ. Os organizadores da programação artística têm como alvo é a chamada massa, é o povão, não no sentido de riqueza ou pobreza, de intelectualidade ou senso utilitário, mas sim de um gosto musical popular, uniforme, massificado."

    Infelizmente, o Marcos está certo no seu questionamento. Nós que compomos o movimento teremos que enfrentar esse grande problema que ele aponta, e que é sabido de muitos. E creio que o Marcos seja nosso aliado no momento certo. Eu acho até bom que ele e outros nos coloquem essas idéias para que possamos ouvir de quem é amigo.

    Pior seria ouvir isso dos adoradores do Forró eletrônico, que com certeza, não nos seriam tão gentis na forma de dar o recado.

    Um grande abraço, Marcos leonel,

    Dihelson Mendonça

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  18. Prezado amigo Marcos Leonel,

    Publiquei no Blog do Crato uma fábula em homenagem àquele "deserto" que vós mecê se refere no outro tópico.

    Um grande abraço,

    Dihelson Mendonça
    www.blogdocrato.com

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  19. 02.07.2009 - 12h07
    Confira a programação geral do 19º Festival de Inverno de Garanhuns
    [CONFIRA A PROGRAMAÇÃO GERAL DO FIG 2009]

    ESPLANADA GUADALAJARA
    A partir das 21h

    16/07 - Quinta-feira
    Paulinho Groove
    Quinteto Violado e convidados (Lenine e Coral de Aboio de Serrita)
    Maria Rita

    17/07 - Sexta-feira
    Leo Noronha
    Lula Queiroga
    Fernanda Abreu
    Lenine

    18/07 - Sábado
    Alexandre Revoredo
    Mombojó
    Rita Lee
    Cachorro Grande

    19/07 - Domingo
    Audejan
    Silvério Pessoa
    Astros e Estrelas Carnavalescas (Orquestra Popular do Recife,
    Claudionor Germano, Kelly Benevides, Expedito Baracho, Getúlio
    Cavalcanti, Nonô Germano, Coral Edgar Moraes, Beto Ortiz e o Bloco da
    Saudade)
    Moraes Moreira

    20/07 - Segunda-feira
    Orquestra Nostalgia
    Silvia Machete
    Paulo Diniz
    Odair José

    21/07 - Terça-feira
    Banda Flash
    Edilza
    Del Rey
    Wanderléa

    22/07 - Quarta-feira
    Moendas de Pernambuco
    Matingueiros
    Geraldo Maia
    Cordel do Fogo Encantado

    23/07 - Quinta-feira
    Terreiro Cibernético
    Cabruêra
    Orquestra Contemporânea de Olinda
    Nação Zumbi e convidados (Arnaldo Antunes, BNegão, Edgar Scandurra, Otto e Fred 04)

    24/07 - Sexta-feira
    Os Valvulados
    Andréa Amorim
    Faces do Subúrbio
    O Rappa

    25/07 - Sábado
    Michelly dos Anjos
    Di Melo
    Mundo Livre S/A e convidados (Otto e Orquestra Popular da Bomba do Hemetério)
    Jorge Ben Jor

    PALCO POP
    Euclides Dourado - A partir das 19h

    17/07 - Sexta-feira
    Karla Rafaella
    Tom Bloch
    Nuda
    DJ Dolores e Banda

    18/07 - Sábado
    Pernamuamba
    Escurinho
    Flor de Cactus
    O Samba do Véio Mangaba
    G.R. Bonsucesso Samba Clube

    19/07 - Domingo
    Soul Blues
    Jefferson Gonçalves
    Pressão Sanguínea
    Johnny Hooker e Candeias Rock City
    AMP

    20/07 - Segunda-feira
    Hamma
    Subinfected
    Rabujos
    Decomposed God

    21/07 - Terça-feira
    Instinct Noise
    Moribundos
    Vamoz!
    Matalanamão

    22/07 - Quarta-feira
    Rogério e Os Cabra
    Ívano
    Brasáfrica
    Nzambi

    23/07 - Quinta-feira
    PE-5
    Confluência
    Buguinha Dub
    BNegão e Os Seletores de Freqüência

    24/07 - Sexta-feira
    Gaiamálgama
    Zé Manoel
    Renata Rosa
    Alessandra Leão

    25/07 - Sábado
    Banda FDR
    Media Sana
    Siba e a Fuloresta
    Profiterolis

    PALCO FORRÓ
    Parque Euclides Dourado - A partir das 0h

    17/07 - Sexta-feira
    Quarteto Olinda
    João do Pife e Banda Dois Irmãos
    Paulinho Leite
    Rosimar Lemos e Banda

    18/07 - Sábado
    Os Três do Cariri
    Benedito da Macuca
    Gean Mota
    Mourinha do Forró

    19/07 - Domingo
    Karolinas com K
    Terezinha do Acordeom
    Tarcísio Rodrigues

    20/07 - Segunda-feira
    Waldir Santos
    Hebert Lucena
    Juninho Souza

    21/07 - Terça-feira
    Maria Lafayette
    Chá de Zabumba
    Bia Marinho
    Messias Santiago

    22/07 - Quarta-feira
    Caçuá do Mangai
    Silveirinha
    Banda Pinga Fogo

    23/07 - Quinta-feira
    Orquestra Sanfônica
    Chico Bala
    Luciano Padilha
    Forrozão Danado de Bom

    24/07 - Sexta-feira
    Beto Hortis
    Petrúcio Amorim
    Lourenço Gato
    O Bom Kixote

    25/07 - Sábado
    Ivan Ferraz
    Edmilson do Pífano
    Walter de Afogados
    Gláucio Costa - O Matuto Cantator

    PALCO INSTRUMENTAL
    Parque Ruben Van der Linden (Pau Pombo) - A partir 18h

    17/07 - Sexta-feira
    Orlito Blues Jazzísticos
    A Trombonada
    Cacai Nunes

    18/07 - Sábado
    Street 's Jazz Band
    Estuário
    Treminhão

    19/07 - Domingo
    Choro Baião e Cia
    Saracotia
    Orquestra Henrique Dias

    20/07 - Segunda-feira
    Baião de Três
    Rob Curto
    Pata de Elefante

    21/07 - Terça-feira
    Roberto Lima e Banda
    Beto Kaiser e Banda
    M. Takara

    22/07 - Quarta-feira
    Fahrenheit
    Edu Martin e Grupo
    Wassab

    23/07 - Quinta-feira
    Guilherme Calzavara
    Quinteto Sopro Brasil
    Noise e Viola
    Guinga

    24/07 - Sexta-feira
    Joãozinho Souza
    Capibaribe Trio
    Retrofoguetes

    25/07 - Sábado
    Kléber Blues Band
    Quinteto Violado

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  20. PALCO DE CULTURA POPULAR
    A partir das 11h

    18/07 - Sábado
    O Bonde Bloco Lírico Carnavalesco
    Gonzaga de Garanhuns
    Zabé da Loca e Banda
    Belo Xis
    Cila do Coco

    19/07 - Domingo
    Grupo Folclórico Bacamarteiro Mandacaru
    Pastoril Jesus Menino
    Mestre Zé de Bibi
    Gigantes do Frevo

    20/07 – Segunda-feira
    Mazuca de Agrestina
    Coco de Roda Zé de Teté
    Zé Galdino
    Mestre Galo Preto

    21/07 – Terça-feira
    Reisado da Boa Vista
    Grupo Percussivo Força dos Quilombos
    Afoxé Alafin Oyó

    22/07 – Quarta-feira
    Aurinha do Coco
    Mazurca Pé Quente
    Toque Leoa
    Carlinhos Monteverde

    23/07 – Quinta-feira
    Reisado do Alto do Moura
    Coco do Mestre Juarez
    Banda Pífano Folclore Verde Castainho
    Maracambuco

    24/07 – Sexta-feira
    Unicordel
    Reisado João Tibúrcio
    Banda de Pífano Família Félix
    Wellington do Pandeiro
    Banda Filarmônica Assum Preto

    25/07 - Sábado
    Banda Musical Curica
    Pastoril do Velho Xaveco
    Samba de Coco Raízes de Arcoverde
    Paulo Isidoro
    Sambadeira
    Boi da Macuca
    Maracatu Nação Pernambuco

    CORTEJO CARNAVALESCO

    Concentração no Parque Euclides Dourado. Segue em direção à Esplanada Guadalajara

    19/07 - Domingo
    A partir das 21h

    Bloco Misto Banhistas do Pina
    Bloco lírico Sintazul, de Paulista
    Bloco Carnavalesco Flor da Lira, do Recife
    Clube Elefante de Olinda
    Bonecos Gigantes do Ziriguidum, de Arcoverde

    ARTES CÊNICAS

    Lona de Circo (Parque Euclides Dourado)
    Família Picolino - Circo Picolino
    A Rádio do seu Coração - Fulanas Cia. de Circo
    Ilusão: Um Ensaio Melodramático Circense - Trupe Circus - Escola Pernambucana de Circo
    Acrobatas em Cena - Trupe Irmãos Dantas - Circo Bambolê
    Viva o Circo - Grupo Pitanguinha Show
    Tirando a Máscara, Mostrando Nossa Cultura - Associação dos Proprietários e Artistas Circenses no Estado de Pernambuco (APACEP)
    Troca e Retroca - Mostra de Trupes Circenses - Trupes pernambucanas
    Circo Arlequin Trupe Arlequin de Circo Teatro
    Picadeiro Pernambuco - Mostra de Números Circenses: Artistas pernambucanos

    Teatro Para Infância e Juventude (Pavilhão de Dança – Parque Euclides Dourado)
    A Estranha Fórmula do Doutor Rugga - Grupo Diocesano de Artes
    Historinhas de Dentro - Quadro de Cena
    Os Meninos Verdes - Cia Voar Teatro de Bonecos
    Fábulas - Clowns de Shakespeare
    Espetáculos de Rua
    Ato - Grupo Magiluth
    Viva a Nau Catarineta - Grupo da Gente - GRUDAGE
    Histórias de Teatro e Circo - Cia. Carroça de Mamulengos União dos Artistas do Povo


    A

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  21. Palco Dança (Pavilhão de Dança - Parque Euclides Dourado)
    Suite Funk - Companhia Urbana de Dança
    Reflexo- Priscilla Figueiroa
    Eureka- Cia. Vias da Dança
    Remontagem da Suite do Ballet Coppelia e Lembranças no Tempo - Studio Danças
    Amado Mio e Libertango - Além da Dança
    Tuxau Abá - Criart Cia. de Dança
    Deveras, um balé popular - Balé Deveras
    Luzes do Oriente - Cia. de Dança Hanna Costa
    Soniquete - Cia. Flamenca de La Luna
    Negro de Estimação - Kléber Lourenço
    Cantinho de Nós - J Garcia Cia. de Dança
    Imagens não Explodidas - Cia. Etc
    Corpo Estranho - Associação Gira Dança
    Por um Fio em Lã - Juan Guimarães
    Leve - Maria Agrelli e Renata Muniz
    Castanha sua Cor - Grupo Grial de Dança

    LITERATURA

    17/07 a 19/07
    A partir das 19h
    Local - Casa da Palavra

    Recital Vozes Femininas, com Silvana Menezes, Biagio Picorelli e Mariana Nascimento

    18/07 - Sábado
    A partir das 14h

    Palestra A poesia medieval galego-portuguesa e a literatura de cordel, de Marcos Antônio Ferreira

    20/07 – Segunda-feira
    A partir das 14h

    Recital Poetas de Quinta, de Demóstenes Félix

    21/07 – Terça-feira
    A partir das 19h

    Lançamento do livro Coletânea inédita de poesias cem poetas sem livros 100

    23/07 a 25/07

    Recital Literatura na Hora, de Sabrina Carvalho
    Publicação de livretos pela Editora Livro Papel Finíssimo
    Local – Palco de Cultura Popular

    24/07 – Sexta-feira
    A partir das 10h

    No cordão da poesia, do coletivo Unicordel
    Local - Estação Ferroviária

    ARTES PLÁSTICAS E GRÁFICAS

    Braz Marinho Jr - Processo construtivo
    Moacir Lago Jr - O Plano mental
    Plural Projetos e Produções Artísticas - Caleidoscópio
    Carolina de Araújo - Atos Plásticos em um território Iluminado
    Sebastião Antunes Cavalcanti - Mosaico de stencil nas ruas de Garanhuns
    Charles Douglas Martins - Máquina do tempo
    Bruna Rafaella do Carmo - 100 sentidos
    Emanuel Silva de Oliveira - Desenhosonoropoético
    Janaína Campos Branco - Para OLHAR de perto durante mais de meio segundo
    Wilson Leonardo da S. Antunes - Farol
    Inaê Veríssimo do Nascimento - Seis cenários à procura de um personagem de Pirandello

    FOTOGRAFIA

    Exposição Simbiose, de Gabriel Costa
    Exposição Azul em Quadrado, de Maria Freitas
    Exposição Pernambuco Nação Cultural
    Projeção Videofoto – ST, de Cristianne de Sá

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