AINDA MAIS DO MESMO
Entra ano e sai ano e os artistas do Crato continuam ensaiando a mesma cantilena de sempre. A luta por um espaço na ex-pocrato já se tornou lendária e caricatural. Até parece que a ficha é dura de cair. A festa não é mais da cidade, desde que Joquinha abandonou a ladeira; desde que na nascente não nasce mais nada, só morre; desde que água limpa na cascata é só lorota; desde que a capital destituiu a cultura e deixou só o Crato, na ilusão de ser a capital da cultura. Acredito que a luta deva ser outra, através da associação e das parcerias.
São muitas as incoerências nessa lengalenga em dízimas. Desde que eu me entendo como gente andar entre as panelas é fazer parte da panelada. Se existe uma crítica veemente contra as atrações que ilustram essa patética desilustração bufa que é a programação da ex-pocrato, por que fazer parte dela? Será que é por causa do público? Justamente aquele que tanto prestigia e espera ansiosamente pelo momento mágico de estrear a roupa nova no show dos Aviões do Forró? Ou será que é a expectativa de mudar inteiramente a qualidade das apresentações apenas com os nomes da “terra”?
Andar de pires na mão desqualifica. E é isso justamente que pesa nessa bagagem da obscuridade, cheia de pedras lascadas. O sentimento de propriedade tanto alardeado não é seguido pela legitimação da representatividade. Falta corpo. Falta corporativismo. Falta politização. Falta o reconhecimento prático dos talentos até entre os próprios artistas, que dificilmente assistem aos shows dos próprios colegas, por exemplo. Até as prostitutas, mediante as humilhações recorrentes, se organizam, por exemplo. Até os camelôs, mediante as ameaças de extinção, se organizam, por exemplo. Até os artistas do Crato, de todos os segmentos musicais... não, esses não se organizam nunca, por exemplo.
Olhar para trás e olhar para trás é o voto de devoção de uma fatia significativa dos cratenses, que se apegam a essa tábua de salvação como o carrapato gruda na orelha do cão que passa o tempo lambendo a própria sombra. O tradicionalismo social e cultural do Crato é uma caixinha de chiclete Adams amassada, jogada entre as pontas de cigarro continental, esperando a última sessão do Cine Cassino. Gastamos tanto tempo olhando para trás que o presente é uma luz que ofusca demais, impede da gente ler a expressão off line escrita em nossa lápide.
Nossas políticas públicas para a cultura, faz tempo, são tão dinâmicas e atuais quanto o carro-de-mão de Noventa, que ainda em fantasmagoria está pronto para carregar no tempo, dando voltas na Siqueira Campos, o nosso orgulho cultural interditado. Agora só nos resta protocolar o dedo paleolítico da inquisição e apontar o orgulho e o bairrismo de outros que organizam publicamente e em parceria eventos como o Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga; o Festival de Inverno de Garanhuns; o Festival de Verão de Ouro Preto; a Mostra Internacional de Música Clássica de Maringá...?
O tempo é outro!!!! Perdemos o bonde das provisões culturais, enquanto tomávamos um cafezinho na cinelândia. Há muito que a cultura existente na ex-pocrato foi emoldurada em um cartão-postal, pronto para ser exposto como ex-voto em um futuro museu dedicado a Elói Teles. Enquanto isso continuamos em busca de falar com o prefeito, com o amigo do governador, com a avó do ex-deputado suplente, com o vaqueiro da vaca parida, para ver a possibilidade de se apresentar às seis horas da tarde ou às cinco da manhã de uma segunda-feira, ganhando um cachê de seiscentos reais, é claro.
Em Recife existe o Abril Pró-Rock, uma iniciativa privada de um festival que começou pequeno, só com atrações da “terra” e hoje tem nomes internacionais em sua programação. Em Natal existe o Mada, um festival de música alternativa que começou com duas bandas do Rio Grande do Norte e duas bandas de Pernambuco, com o advento das associações, hoje é um mega festival. Em Brasília existe o maior festival da música alternativa do Brasil, em que as associações musicais espalhadas por esse sertãozão de Guima, dão suporte e indicam as atrações, com sonorização e iluminação de primeiro mundo, tudo organizado via Internet, por dois garotos, um de 22 e outro de 21 anos. Aqui há de se considerar que a concepção de festival não é aquela do Festival Internacional da Canção, do final dos anos 60.
Mas o Crato é a capital da cultura e a ex-pocrato é mais importante do que rapadura. Aqui nós temos a ex-pocrato e não temos mais engenhos. Mas é aí onde está o doce da tradição. Mais moderno do que isso só mesmo uma possível Associação Benemérita dos Notáveis Cratenses em Defesa da Cultura Popular, que disponibilizará para download na web, por apenas um real e trinta, faixas do último cd da última banda cabaçal, antes da mumificação, minutos antes da hora da graça, já nas Oitavas de Páscoa do ano de São Patrício, o santo protetor da apropriação, como cunharia em cuneiforme o Caminha, que nunca desceu do navio e nunca foi pra aonde.
Marcos Leonel
Entra ano e sai ano e os artistas do Crato continuam ensaiando a mesma cantilena de sempre. A luta por um espaço na ex-pocrato já se tornou lendária e caricatural. Até parece que a ficha é dura de cair. A festa não é mais da cidade, desde que Joquinha abandonou a ladeira; desde que na nascente não nasce mais nada, só morre; desde que água limpa na cascata é só lorota; desde que a capital destituiu a cultura e deixou só o Crato, na ilusão de ser a capital da cultura. Acredito que a luta deva ser outra, através da associação e das parcerias.
São muitas as incoerências nessa lengalenga em dízimas. Desde que eu me entendo como gente andar entre as panelas é fazer parte da panelada. Se existe uma crítica veemente contra as atrações que ilustram essa patética desilustração bufa que é a programação da ex-pocrato, por que fazer parte dela? Será que é por causa do público? Justamente aquele que tanto prestigia e espera ansiosamente pelo momento mágico de estrear a roupa nova no show dos Aviões do Forró? Ou será que é a expectativa de mudar inteiramente a qualidade das apresentações apenas com os nomes da “terra”?
Andar de pires na mão desqualifica. E é isso justamente que pesa nessa bagagem da obscuridade, cheia de pedras lascadas. O sentimento de propriedade tanto alardeado não é seguido pela legitimação da representatividade. Falta corpo. Falta corporativismo. Falta politização. Falta o reconhecimento prático dos talentos até entre os próprios artistas, que dificilmente assistem aos shows dos próprios colegas, por exemplo. Até as prostitutas, mediante as humilhações recorrentes, se organizam, por exemplo. Até os camelôs, mediante as ameaças de extinção, se organizam, por exemplo. Até os artistas do Crato, de todos os segmentos musicais... não, esses não se organizam nunca, por exemplo.
Olhar para trás e olhar para trás é o voto de devoção de uma fatia significativa dos cratenses, que se apegam a essa tábua de salvação como o carrapato gruda na orelha do cão que passa o tempo lambendo a própria sombra. O tradicionalismo social e cultural do Crato é uma caixinha de chiclete Adams amassada, jogada entre as pontas de cigarro continental, esperando a última sessão do Cine Cassino. Gastamos tanto tempo olhando para trás que o presente é uma luz que ofusca demais, impede da gente ler a expressão off line escrita em nossa lápide.
Nossas políticas públicas para a cultura, faz tempo, são tão dinâmicas e atuais quanto o carro-de-mão de Noventa, que ainda em fantasmagoria está pronto para carregar no tempo, dando voltas na Siqueira Campos, o nosso orgulho cultural interditado. Agora só nos resta protocolar o dedo paleolítico da inquisição e apontar o orgulho e o bairrismo de outros que organizam publicamente e em parceria eventos como o Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga; o Festival de Inverno de Garanhuns; o Festival de Verão de Ouro Preto; a Mostra Internacional de Música Clássica de Maringá...?
O tempo é outro!!!! Perdemos o bonde das provisões culturais, enquanto tomávamos um cafezinho na cinelândia. Há muito que a cultura existente na ex-pocrato foi emoldurada em um cartão-postal, pronto para ser exposto como ex-voto em um futuro museu dedicado a Elói Teles. Enquanto isso continuamos em busca de falar com o prefeito, com o amigo do governador, com a avó do ex-deputado suplente, com o vaqueiro da vaca parida, para ver a possibilidade de se apresentar às seis horas da tarde ou às cinco da manhã de uma segunda-feira, ganhando um cachê de seiscentos reais, é claro.
Em Recife existe o Abril Pró-Rock, uma iniciativa privada de um festival que começou pequeno, só com atrações da “terra” e hoje tem nomes internacionais em sua programação. Em Natal existe o Mada, um festival de música alternativa que começou com duas bandas do Rio Grande do Norte e duas bandas de Pernambuco, com o advento das associações, hoje é um mega festival. Em Brasília existe o maior festival da música alternativa do Brasil, em que as associações musicais espalhadas por esse sertãozão de Guima, dão suporte e indicam as atrações, com sonorização e iluminação de primeiro mundo, tudo organizado via Internet, por dois garotos, um de 22 e outro de 21 anos. Aqui há de se considerar que a concepção de festival não é aquela do Festival Internacional da Canção, do final dos anos 60.
Mas o Crato é a capital da cultura e a ex-pocrato é mais importante do que rapadura. Aqui nós temos a ex-pocrato e não temos mais engenhos. Mas é aí onde está o doce da tradição. Mais moderno do que isso só mesmo uma possível Associação Benemérita dos Notáveis Cratenses em Defesa da Cultura Popular, que disponibilizará para download na web, por apenas um real e trinta, faixas do último cd da última banda cabaçal, antes da mumificação, minutos antes da hora da graça, já nas Oitavas de Páscoa do ano de São Patrício, o santo protetor da apropriação, como cunharia em cuneiforme o Caminha, que nunca desceu do navio e nunca foi pra aonde.
Marcos Leonel
leio
ResponderExcluiraprendo
admiro!!!
e digo, fazendo eco
um puta eco, em cima da chapada.
como sempre, visceral, certeiro
e ABSOLUTAMENTE LÚCIDO.
ou ainda:faço minhas suas palavras.
Mrcus Vin Inícius
ResponderExcluirDe longe (so far away...) venho elogiar seu texto. Essa postura de banquete de mendigos é comum em todo lugar onde se perdeu o bonde andando. As pessoas sempre querem comer no prato que cospem. Se lhe dão um limão por que elas não fazem uma caipirinha?
Marcos,
ResponderExcluirDe ante-mão, mil parabéns por esse "puta" texto, onde as letras pulam de constrangimento e de regozijo ao mesmo tempo, por vergonha e por orgulho de termos essa dialética operante. Luta de contrários ou se harmoniza ou acaba em porrada mesmo.
A ex-pocrato (assim mesmo em letras minúsculas) é a ex-pocrato, nada mais.Vamos, pois, deixar as coisas por assim mesmo?
Eu, confesso, já tô velho e cansado desta cantilena. Mas, acho que essa garotada que tá despontando tem o direito de sonhar, acreditar e lutar por uma EXPOCRATO. (Nem sei se irei tomar cerveja na ex-pocrato, pois tô abusando delas.)
Não quero dizer que você errou numa mísera vírgula no que escreveu. Não. Você tá certo. Como tão certos esses novos artistas que vão perturbar a aparente calma da autoridade de plantão. Ela tem que ser pertubarda, cobrada, avaliada e ,principalmente, aplaudida quando acertar naquilo que é desejo de todos.
A ex-pocrato atende desejos mil. Até o de tocar no palco privado, como uma contrapartida qualquer que seja. Por mim, se fosse artista, não queria isso. Mas há quem goste.
Um grande abraço e obrigado pelos seus textos e comentários espertos.
O Marcos desde o primeiro texto que li neste blog tem um efeito de revolver o chão. Na sístole do Crato quando o sangue vai aos confins de capilares ainda é válida a Siqueira e o Cassino, mas na diástole o mesmo repetido nem morte mais é, é nunca ter existido. Seeb Cariri resolveu um lá e outro cá, as mesmices que ninguém mais suporta e o suporte que existe aí mesmo para a conquista dos jovens. Mas a provocação central do Marcos está posta: e agora o que será de nós que fazemos este território? Entre o que não se suporta mais e o que existe de suporte, mesmo que enferrujado, temos uma complexa fazeção. Agora que já não existem saídas pela simples vanguarda e nem pelo arrastão que revoluciona, só restamos nós frente ao espelho.
ResponderExcluirGrande texto Marcos ! Ninguém mais aguenta a mesma e intolerável cantilena. E ainda tem FDP que chama esta porcaria de Cidade da Cultura. Artistas mendigando pelos cantos, um aresta velha e embolorada enchendo a boca e as burras dos farelos que sobraram das bandas de forró e se vangloriando de um passado que não volta mais...
ResponderExcluirGrande texto Marcos ! Ninguém mais aguenta a mesma e intolerável cantilena. E ainda tem FDP que chama esta porcaria de Cidade da Cultura. Artistas mendigando pelos cantos, um aresta velha e embolorada enchendo a boca e as burras dos farelos que sobraram das bandas de forró e se vangloriando de um passado que não volta mais...
ResponderExcluirTeria sido muito bom se o MARCOS tivesse estado lá na reunião que fizemos hoje na câmara para discutir as soluções para os problemas. Não vejo esse povo nos shows, nem em lugar nenhum aonde se produz cultura, nem aonde se tenta decidir as coisas. Esse discurso teria sido útil lá para somar à busca das nossas soluções.
ResponderExcluirConcordo com muita coisa que ele disse, e exporei mais tarde, mas há muito mais de artifícios de retórica do que de realidade exequível. A construção do texto é impecável. Falta entretanto alguma coisa que dê sentido a isso tudo.
Acho que as pessoas que foram lá na câmara, o grupo Coletivo camaradas está de parabéns pela luta, não devem ser desmerecidos por tentar lutar pelos espaços sem desistir.
Desistir é coisa para os fracos e velhos desgastados pelo tempo.
Os tempos são outros, temos o poder da internet pra unir os pensamentos, e novas armas para lutar.
Digo uma coisa que não deve ser entendida como provocação:
Vocês ainda irão tirar vossas pomposas BUNDAS de cima das cadeiras de onde gostam de escrever crônicas maravilhosas na internet à noite enquanto o mundo se consome em babaquice, e ir às ruas lutar pelas coisas do mundo real.
É triste ver "que alguns ainda são os mesmos continuam vivendo como seus pais".
Textos: Nota 10. Parabéns gente, vão ganhar o PULITZER.
Ação Real: Zero.
Abraços,
Respeitosamente,
Parabéns Coletivo Camaradas!
Dihelson Mendonça
Agradeço a todos que comentaram, são todos pessoas que admiro muito e que compartilham com a minha visão sobre o assunto. Dihelson eu admiro muito, tenho muito carinho por você e respeito pelo seu trabalho.
ResponderExcluirSó queria deixar claro Dihelson, que você não entendeu o meu texto, de forma nenhuma, E MUITO MENOS A MINHA POSTURA DIANTE DO FATO. Muitas vezes você é movido pelo ímpeto e esquece de refletir sobre o que está escrito.
Veja bem, EU NÃO TENHO NENHUM INTERESSE DE LUTAR PELO MODELO DSE EXPOSIÇÃO QUE ESTÁ AÍ, ENTÃO EU NÃO TERIA O QUE FAZER NESSA REUNIÃO, LEIA O TEXTO OUTRA VEZ QUE VOCÊ VAI ENTENDER.
Reuniões como essa já existiram diversas vezes e nada mudou e nem vai mudar, pois não existe interesse para isso. A idéia foi vender o espaço de lazer, e vender caro, para alguém ganhar dinheiro, e muito dinheiro. E é isso que está acontecendo. Essa foi mais uma reunião para inglês ver, pois nem a Câmara e nem nenhum vereador tem poder de reformular nada do que está aí.
Outro detalhe, não confunda as bolas meu caro, eu não tenho nada contra o Coletivo Camarada, muito pelo contrário acho justo eles tentarem alguma coisa, de fato, eu e outros já estamos cansados de tentar mudar esse modelo.
Agora, no dia em que você me convidar para criar uma associação ou uma cooperativa de músicos, compositores e intérpretes, que possa mudar o quadro de inércia, dessa pasmaceira existente, que possa viabilizar condições para execuções de projetos culturais, e que possa viabilizar a perenidade desses projetos e que possamos utilizar a tecnologia existente a nosso favor, aí eu tirarei a minha bunda da cadeira.
Fico agradecido pelo seu elogio quanto ao meu texto, quanto ao meu estilo, embora isdso não passe de técnica, a mesma com que você nos encanta com maestria quando toca os seus teclados mágicos.
Um abraço a todos.
The Lupas, você é o cara!!!
ResponderExcluirMaurício, um abraço meu caro.
Seeb Cariri, fico lisonjeado em saber que você gosta dos meus textos, o que só aumenta a minha responsabilidade. Um abraço.
Florinha e José Flávio, o meu respeito e a admiração de sempre. Um abraço
Amigos comentaristas deste post, quero desfazer um aparente engano. O comentário postado sob o nome do Seeb/Cariri é de minha autoria e total responsabilidade. É que tava ainda lincado no Blog dos Bancários, que estou desenvolvendo para o Sindicato dos Bancários do Cariri, e não percebi.
ResponderExcluirAbraço em todos e espero que tenha explicado o mal entendido.
Carlos Rafael Dias
(também) colaborador do Sindicato dos Bancários do Cariri
Valeu Carlos, aproveitar que estou on line e vivo, para mais uma vez agradecer o carinho e o apreço.
ResponderExcluirValeu poeta
Não podia esquecer de forma nenhuma o meu agradecimento a José do Vale, principalmente pela sua antenação com o mundo, fruto de muita intelectualidade prática.
ResponderExcluirMeu abraço, José.
O que é um artista?
ResponderExcluirPara que serve um artista?
O Marcos pegou um tema e afloraram várias verdades...
A palavra é velha, mas ainda tem gosto. Aristocracia.
O que diabo será ser um Elomar da vida?
Valores, literaturas, sonoridades, conversas, a respiração de um homem que na sua busca, no seu trabalho vejo rebeldia, vejo a fantasia como algo que existe e resiste ao que não se deve temer.
Talvez o que se tem aqui é aquela aristocracia que vendeu sua terra , para tentar ficar por cima e não sabe mais de onde veio.
Pior. No caso não sabe mais qual seu palco.
Parabéns Marcos, estava no The Raconteurs, mas agora vou pro ConSertão: Elomar, Heraldo, Moreira e Paulo Moura, quer mais?!
Abraços...
Valeu Rodolpho, muito oportuno o seu comentário e antenado como sempre.
ResponderExcluirabraços
Segunda-Feira próxima, dia 07 de Julho haverá OUTRA reunião na câmara de vereadores, às 18:30.
ResponderExcluirEmbora alguns não queiram se mexer por achar que esse modelo está falido, fica meu convite para quem quiser participar.
Conforme explicado no tópico logo acima desse, o Coletivo Camaradas e outros grupos e pessoas que já começam a se manifestar e engrossar as fileiras, não desejam "apenas" brigar por um espaço no palco principal. Isso para mim, pelo menos é um equívoco. A grande luta é a criação de associações de artistas e a luta pela Democratização da Mídia.
Quem não quiser acreditar nessa luta, não há problema, que esperem sentados em frente de casa, na cadeira de balanço, talvez um dia a caravana passe por lá, e a gente possa acenar uns para os outros...
rs rs
Abraços,
Dihelson Mendonça
Não sei se você percebeu Dihelson, mas a sua caravana está indo para o deserto e lá não tem água encanada não, cara.
ResponderExcluirEsse papo de democratização da mídia é a coisa mais idiota que existe. Cara, acorde, isso é um M-E-R-C-A-D-O e não é público, é privado. Cada um que faça a sua mídia, isso é uma questão de escolha, se a rádio tá tocando merda, não escute, ou monte uma na internet, ou compre o cd que você gosta. Se a ex-pocrato só programou merda, não vá, vá para o Festival de Inverno de Garanhuns, entendeu como funciona, hã?
Essa cruzada coletiva tá parecendo uma Comissão de Santo Inquérito, para salvar os marinheiros pecadores naufragados no mar morto.
um abraço
Ahahahahah
ResponderExcluirGrande Marcos...
Espero que nesse deserto a gente encontre um grande poço ou um oásis. Reproduzindo o texto publicado logo acima:
Eu conheço o Marcos Leonel, e ele tem um excelente gosto musical. Acho que entendi bem no texto quando o Marcos resume na frase:
"pois essas "camadas populares" QUEREM É ISSO MESMO QUE ESTÁ AÍ. Os organizadores da programação artística têm como alvo é a chamada massa, é o povão, não no sentido de riqueza ou pobreza, de intelectualidade ou senso utilitário, mas sim de um gosto musical popular, uniforme, massificado."
Infelizmente, o Marcos está certo no seu questionamento. Nós que compomos o movimento teremos que enfrentar esse grande problema que ele aponta, e que é sabido de muitos. E creio que o Marcos seja nosso aliado no momento certo. Eu acho até bom que ele e outros nos coloquem essas idéias para que possamos ouvir de quem é amigo.
Pior seria ouvir isso dos adoradores do Forró eletrônico, que com certeza, não nos seriam tão gentis na forma de dar o recado.
Um grande abraço, Marcos leonel,
Dihelson Mendonça
Prezado amigo Marcos Leonel,
ResponderExcluirPubliquei no Blog do Crato uma fábula em homenagem àquele "deserto" que vós mecê se refere no outro tópico.
Um grande abraço,
Dihelson Mendonça
www.blogdocrato.com
02.07.2009 - 12h07
ResponderExcluirConfira a programação geral do 19º Festival de Inverno de Garanhuns
[CONFIRA A PROGRAMAÇÃO GERAL DO FIG 2009]
ESPLANADA GUADALAJARA
A partir das 21h
16/07 - Quinta-feira
Paulinho Groove
Quinteto Violado e convidados (Lenine e Coral de Aboio de Serrita)
Maria Rita
17/07 - Sexta-feira
Leo Noronha
Lula Queiroga
Fernanda Abreu
Lenine
18/07 - Sábado
Alexandre Revoredo
Mombojó
Rita Lee
Cachorro Grande
19/07 - Domingo
Audejan
Silvério Pessoa
Astros e Estrelas Carnavalescas (Orquestra Popular do Recife,
Claudionor Germano, Kelly Benevides, Expedito Baracho, Getúlio
Cavalcanti, Nonô Germano, Coral Edgar Moraes, Beto Ortiz e o Bloco da
Saudade)
Moraes Moreira
20/07 - Segunda-feira
Orquestra Nostalgia
Silvia Machete
Paulo Diniz
Odair José
21/07 - Terça-feira
Banda Flash
Edilza
Del Rey
Wanderléa
22/07 - Quarta-feira
Moendas de Pernambuco
Matingueiros
Geraldo Maia
Cordel do Fogo Encantado
23/07 - Quinta-feira
Terreiro Cibernético
Cabruêra
Orquestra Contemporânea de Olinda
Nação Zumbi e convidados (Arnaldo Antunes, BNegão, Edgar Scandurra, Otto e Fred 04)
24/07 - Sexta-feira
Os Valvulados
Andréa Amorim
Faces do Subúrbio
O Rappa
25/07 - Sábado
Michelly dos Anjos
Di Melo
Mundo Livre S/A e convidados (Otto e Orquestra Popular da Bomba do Hemetério)
Jorge Ben Jor
PALCO POP
Euclides Dourado - A partir das 19h
17/07 - Sexta-feira
Karla Rafaella
Tom Bloch
Nuda
DJ Dolores e Banda
18/07 - Sábado
Pernamuamba
Escurinho
Flor de Cactus
O Samba do Véio Mangaba
G.R. Bonsucesso Samba Clube
19/07 - Domingo
Soul Blues
Jefferson Gonçalves
Pressão Sanguínea
Johnny Hooker e Candeias Rock City
AMP
20/07 - Segunda-feira
Hamma
Subinfected
Rabujos
Decomposed God
21/07 - Terça-feira
Instinct Noise
Moribundos
Vamoz!
Matalanamão
22/07 - Quarta-feira
Rogério e Os Cabra
Ívano
Brasáfrica
Nzambi
23/07 - Quinta-feira
PE-5
Confluência
Buguinha Dub
BNegão e Os Seletores de Freqüência
24/07 - Sexta-feira
Gaiamálgama
Zé Manoel
Renata Rosa
Alessandra Leão
25/07 - Sábado
Banda FDR
Media Sana
Siba e a Fuloresta
Profiterolis
PALCO FORRÓ
Parque Euclides Dourado - A partir das 0h
17/07 - Sexta-feira
Quarteto Olinda
João do Pife e Banda Dois Irmãos
Paulinho Leite
Rosimar Lemos e Banda
18/07 - Sábado
Os Três do Cariri
Benedito da Macuca
Gean Mota
Mourinha do Forró
19/07 - Domingo
Karolinas com K
Terezinha do Acordeom
Tarcísio Rodrigues
20/07 - Segunda-feira
Waldir Santos
Hebert Lucena
Juninho Souza
21/07 - Terça-feira
Maria Lafayette
Chá de Zabumba
Bia Marinho
Messias Santiago
22/07 - Quarta-feira
Caçuá do Mangai
Silveirinha
Banda Pinga Fogo
23/07 - Quinta-feira
Orquestra Sanfônica
Chico Bala
Luciano Padilha
Forrozão Danado de Bom
24/07 - Sexta-feira
Beto Hortis
Petrúcio Amorim
Lourenço Gato
O Bom Kixote
25/07 - Sábado
Ivan Ferraz
Edmilson do Pífano
Walter de Afogados
Gláucio Costa - O Matuto Cantator
PALCO INSTRUMENTAL
Parque Ruben Van der Linden (Pau Pombo) - A partir 18h
17/07 - Sexta-feira
Orlito Blues Jazzísticos
A Trombonada
Cacai Nunes
18/07 - Sábado
Street 's Jazz Band
Estuário
Treminhão
19/07 - Domingo
Choro Baião e Cia
Saracotia
Orquestra Henrique Dias
20/07 - Segunda-feira
Baião de Três
Rob Curto
Pata de Elefante
21/07 - Terça-feira
Roberto Lima e Banda
Beto Kaiser e Banda
M. Takara
22/07 - Quarta-feira
Fahrenheit
Edu Martin e Grupo
Wassab
23/07 - Quinta-feira
Guilherme Calzavara
Quinteto Sopro Brasil
Noise e Viola
Guinga
24/07 - Sexta-feira
Joãozinho Souza
Capibaribe Trio
Retrofoguetes
25/07 - Sábado
Kléber Blues Band
Quinteto Violado
PALCO DE CULTURA POPULAR
ResponderExcluirA partir das 11h
18/07 - Sábado
O Bonde Bloco Lírico Carnavalesco
Gonzaga de Garanhuns
Zabé da Loca e Banda
Belo Xis
Cila do Coco
19/07 - Domingo
Grupo Folclórico Bacamarteiro Mandacaru
Pastoril Jesus Menino
Mestre Zé de Bibi
Gigantes do Frevo
20/07 – Segunda-feira
Mazuca de Agrestina
Coco de Roda Zé de Teté
Zé Galdino
Mestre Galo Preto
21/07 – Terça-feira
Reisado da Boa Vista
Grupo Percussivo Força dos Quilombos
Afoxé Alafin Oyó
22/07 – Quarta-feira
Aurinha do Coco
Mazurca Pé Quente
Toque Leoa
Carlinhos Monteverde
23/07 – Quinta-feira
Reisado do Alto do Moura
Coco do Mestre Juarez
Banda Pífano Folclore Verde Castainho
Maracambuco
24/07 – Sexta-feira
Unicordel
Reisado João Tibúrcio
Banda de Pífano Família Félix
Wellington do Pandeiro
Banda Filarmônica Assum Preto
25/07 - Sábado
Banda Musical Curica
Pastoril do Velho Xaveco
Samba de Coco Raízes de Arcoverde
Paulo Isidoro
Sambadeira
Boi da Macuca
Maracatu Nação Pernambuco
CORTEJO CARNAVALESCO
Concentração no Parque Euclides Dourado. Segue em direção à Esplanada Guadalajara
19/07 - Domingo
A partir das 21h
Bloco Misto Banhistas do Pina
Bloco lírico Sintazul, de Paulista
Bloco Carnavalesco Flor da Lira, do Recife
Clube Elefante de Olinda
Bonecos Gigantes do Ziriguidum, de Arcoverde
ARTES CÊNICAS
Lona de Circo (Parque Euclides Dourado)
Família Picolino - Circo Picolino
A Rádio do seu Coração - Fulanas Cia. de Circo
Ilusão: Um Ensaio Melodramático Circense - Trupe Circus - Escola Pernambucana de Circo
Acrobatas em Cena - Trupe Irmãos Dantas - Circo Bambolê
Viva o Circo - Grupo Pitanguinha Show
Tirando a Máscara, Mostrando Nossa Cultura - Associação dos Proprietários e Artistas Circenses no Estado de Pernambuco (APACEP)
Troca e Retroca - Mostra de Trupes Circenses - Trupes pernambucanas
Circo Arlequin Trupe Arlequin de Circo Teatro
Picadeiro Pernambuco - Mostra de Números Circenses: Artistas pernambucanos
Teatro Para Infância e Juventude (Pavilhão de Dança – Parque Euclides Dourado)
A Estranha Fórmula do Doutor Rugga - Grupo Diocesano de Artes
Historinhas de Dentro - Quadro de Cena
Os Meninos Verdes - Cia Voar Teatro de Bonecos
Fábulas - Clowns de Shakespeare
Espetáculos de Rua
Ato - Grupo Magiluth
Viva a Nau Catarineta - Grupo da Gente - GRUDAGE
Histórias de Teatro e Circo - Cia. Carroça de Mamulengos União dos Artistas do Povo
A
Palco Dança (Pavilhão de Dança - Parque Euclides Dourado)
ResponderExcluirSuite Funk - Companhia Urbana de Dança
Reflexo- Priscilla Figueiroa
Eureka- Cia. Vias da Dança
Remontagem da Suite do Ballet Coppelia e Lembranças no Tempo - Studio Danças
Amado Mio e Libertango - Além da Dança
Tuxau Abá - Criart Cia. de Dança
Deveras, um balé popular - Balé Deveras
Luzes do Oriente - Cia. de Dança Hanna Costa
Soniquete - Cia. Flamenca de La Luna
Negro de Estimação - Kléber Lourenço
Cantinho de Nós - J Garcia Cia. de Dança
Imagens não Explodidas - Cia. Etc
Corpo Estranho - Associação Gira Dança
Por um Fio em Lã - Juan Guimarães
Leve - Maria Agrelli e Renata Muniz
Castanha sua Cor - Grupo Grial de Dança
LITERATURA
17/07 a 19/07
A partir das 19h
Local - Casa da Palavra
Recital Vozes Femininas, com Silvana Menezes, Biagio Picorelli e Mariana Nascimento
18/07 - Sábado
A partir das 14h
Palestra A poesia medieval galego-portuguesa e a literatura de cordel, de Marcos Antônio Ferreira
20/07 – Segunda-feira
A partir das 14h
Recital Poetas de Quinta, de Demóstenes Félix
21/07 – Terça-feira
A partir das 19h
Lançamento do livro Coletânea inédita de poesias cem poetas sem livros 100
23/07 a 25/07
Recital Literatura na Hora, de Sabrina Carvalho
Publicação de livretos pela Editora Livro Papel Finíssimo
Local – Palco de Cultura Popular
24/07 – Sexta-feira
A partir das 10h
No cordão da poesia, do coletivo Unicordel
Local - Estação Ferroviária
ARTES PLÁSTICAS E GRÁFICAS
Braz Marinho Jr - Processo construtivo
Moacir Lago Jr - O Plano mental
Plural Projetos e Produções Artísticas - Caleidoscópio
Carolina de Araújo - Atos Plásticos em um território Iluminado
Sebastião Antunes Cavalcanti - Mosaico de stencil nas ruas de Garanhuns
Charles Douglas Martins - Máquina do tempo
Bruna Rafaella do Carmo - 100 sentidos
Emanuel Silva de Oliveira - Desenhosonoropoético
Janaína Campos Branco - Para OLHAR de perto durante mais de meio segundo
Wilson Leonardo da S. Antunes - Farol
Inaê Veríssimo do Nascimento - Seis cenários à procura de um personagem de Pirandello
FOTOGRAFIA
Exposição Simbiose, de Gabriel Costa
Exposição Azul em Quadrado, de Maria Freitas
Exposição Pernambuco Nação Cultural
Projeção Videofoto – ST, de Cristianne de Sá