sexta-feira, 27 de junho de 2008

EM DEFESA DA EXPOCRATO

O Coletivo Camarada é a forma organizada de luta dos artistas caririenses por um espaço de sua arte na Exposição Agropecuária do Crato (EXPOCRATO). Evento relevante da atual cultura nordestina. Especialmente a cultura interiorana que se manifesta com muita força nos meses de junho e julho. A EXPOCRATO é um exemplo clássico da "USURPAÇÃO" da coisa pública por grupos privados em associação com "REPRESENTANTES" do governo.

A EXPOCRATO tornou-se uma festa que depende do Governo Estadual. Ele é o principal meio balizador da programação e da aplicação dos recursos da festa. Em síntese por via indireta, pois tudo é terceirizado, o governo é quem define quem se apresentará e quem não o fará.

Aliada ao fato, para estranhamento maior ainda, surgiu nos jornais do Brasil inteiro, inclusive aqui no Rio, que o sogro do Governo do Ceará tinha como "sonho" ser indicado para conduzir a EXPOCRATO. E o sonho realizou-se. Ele, portanto gente da família do governador é aquele que dirige a festa. NESTE CASO O RESPONSÁVEL PELA EXCLUSÃO DOS ARTISTAS LOCAIS.

Toda a luta do Coletivo Camarada tem o maioR sentido. A EXPOCRATO não é uma invenção de uma geração apenas, não é uma promoção de grupos empresariais e menos ainda uma coisa APENAS de governo. A EXPOCRATO é um patrimônio cultural e econômico do povo do Cariri, construído ao longo de várias gerações sobre a base real de sua vida coletiva.

Assim como os candidatos às próximas eleições costumam ampliar o debate sobre temas relevantes, é bom que todos repercutam e tratem de corrigir o desvio da programação cultural do evento. Os atuais prefeitos e vereadores da região têm que emitir notas solidárias com a mudança na programação e a favor da inclusão dos artistas regionais na programação do palco principal.

A mídia regional tem uma grande tarefa ao dar voz ao Coletivo Camarada e que esta repercuta na política estadual. Os blogs da região poderiam escolher um mesmo dia e todos postarem uma mesma nota, construída conjuntamente sobre esta questão.

Por último: é importante mostrar a cara. Fazer faixas, soltar notas, distribuir panfletos. É preciso criar uma voz popular para que este conluio deletério da cultura loca se desfaça e no seu lugar se crie algo mais democrático.

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