O homem moderno civilizado criou o Estado de Direito, mas não conseguiu impedir a criação do Estado de Injustiça. Ele criou o conceito de Estado de Natureza, mas não conseguiu formar uma aliança com a Natureza. As poluições química e biológica ameaçam o equilíbrio da Natureza e a ordem do Estado. Nesse contexto, o povo e o Estado chinês são referências negativas porque estão sofrendo devido à força da natureza desequilibrada. Isto porque o processo de desertificação na China nos séculos XX e XXI gerou um “monstro” natural: as grandes tempestades de areia. As tempestades de areia na China estão matando animais, plantações e vidas humanas. Os desmatamentos na Amazônica vão produzir a mesma desgraça chinesa se políticas de preservação ambiental não forem aplicadas com rigor. Lagos, rios e ambientes naturais na China estão morrendo na mesma velocidade que o progresso avança aumentando o PIB e diminuindo também a sustentabilidade dessa potência econômica. O sistema de governo autoritário chinês impede que se questione e freie coletivamente a destruição em curso. O poder do partido único autocrático desse país, de proporções continentais, está levando a uma falência ambiental que o povo chinês não conseguirá reverter. O liberalismo no Brasil e o comunismo na China nos alertam que a razão da sobrevivência dos povos não depende de mudanças de posição (volver) de poder ideológico, mas essencialmente no caráter, na alteridade e na identidade de uma relação direta e respeitosa com a natureza. Nesse sentido, tanto a esquerda socialista quanto a direita liberal não demonstram competência para solucionar a mega-crise ética-energética-ecológica. Ambas doutrinas são coniventes com a decadência da qualidade de vida para uma grande parcela ignorada ou excluída. Os índios e os quilombolas, por exemplo, não são tratados com o mesmo respeito que o trabalhador das empresas e indústrias. A idéia de progresso está numa perspectiva associada ao da exclusão e exploração humana e numa outra perspectiva na exploração e dominação da natureza. Mas, uma está associada a outra e tem nos levado a um processo acelerado de autodestruição, isto porque o homem é natureza também. Os avanços do homem moderno civilizado se reproduzem paradoxalmente: descobrimos, desequilibramos e destruímos simultaneamente.
Hoje, estamos diante de um inimigo comum: as idéias de exploração e separação entre o homem e a natureza. Segundo o jornalista Washington Novaes, 2/3 da população brasileira se considera fora da natureza. E por que? Porque ao longo de séculos fomos bombardeados por crenças e ideologias que pregavam (e pregam ainda!) que a vida humana se dava (e se dá ainda) unilateralmente num plano de relações de poder econômico-político: vencer e se separar do outro e controlar a natureza. E assim, se perdeu toda uma visão mítica e natural do homem como ser integrado a tudo e a todos. Em outras palavras, perdemos a sábia visão de que nada nos separa da vida natural. A vida nos liga a tudo! Viver é essencialmente se integrar cosmicamente através de elos visíveis e invisíveis. A separação, partição ou partidarização é uma grande ilusão. Por isso mesmo, que não acredito na perspectiva desintegradora de qualquer coisa, principalmente na política partidária. Existe uma ordem maior de integração natural. Ainda sofreremos muito por ignorarmos e assim não percebermos essa ordem supra-humana integradora – nem a esquerda e nem a direita poderão evitar a fragmentação dolorosa do ser e da natureza. Eles lutarão ad infinitum entre si pelo poder, mas serão vencidos por um inimigo muito superior: a natureza explorada e desequilibrada.
Hoje, estamos diante de um inimigo comum: as idéias de exploração e separação entre o homem e a natureza. Segundo o jornalista Washington Novaes, 2/3 da população brasileira se considera fora da natureza. E por que? Porque ao longo de séculos fomos bombardeados por crenças e ideologias que pregavam (e pregam ainda!) que a vida humana se dava (e se dá ainda) unilateralmente num plano de relações de poder econômico-político: vencer e se separar do outro e controlar a natureza. E assim, se perdeu toda uma visão mítica e natural do homem como ser integrado a tudo e a todos. Em outras palavras, perdemos a sábia visão de que nada nos separa da vida natural. A vida nos liga a tudo! Viver é essencialmente se integrar cosmicamente através de elos visíveis e invisíveis. A separação, partição ou partidarização é uma grande ilusão. Por isso mesmo, que não acredito na perspectiva desintegradora de qualquer coisa, principalmente na política partidária. Existe uma ordem maior de integração natural. Ainda sofreremos muito por ignorarmos e assim não percebermos essa ordem supra-humana integradora – nem a esquerda e nem a direita poderão evitar a fragmentação dolorosa do ser e da natureza. Eles lutarão ad infinitum entre si pelo poder, mas serão vencidos por um inimigo muito superior: a natureza explorada e desequilibrada.
APÓS INVASÃO DA CHINA COMUNISTA EM 1949:
1 MILHÃO DE TIBETANOS MORTOS (EXTERMÍNIO EM MASSA)
6 MIL MOSTEIROS DESTRUÍDOS (POR QUE?)
1 MILHÃO DE TIBETANOS MORTOS (EXTERMÍNIO EM MASSA)
6 MIL MOSTEIROS DESTRUÍDOS (POR QUE?)
100 MIL TIBETANOS EXILADOS (só) NA ÍNDIA
Enquanto isso milhões de homens e mulheres morrem na lógica do mercado capitalista....ainda não temos uma saída digna a vista...se correr o bicho pega...se ficar o bicho come....
Prof. Bernardo Melgaço da Silva (88)9201-9234
O pior, Bernardo, é perceber que não existe boa vontade da maioria em mudar o método das relações existenciais. Entra-se em uma universidade, por exemplo, não pela pesquisa, pela aquisição do conhecimento, mas em busca de uma profissão, de uma mudança de classe social, em que vale pesar unicamente a possibilidade de consumo diário. Essa visão predatória do homem se dá em todos os segmentos, inclusive espirituais e afetivos.
ResponderExcluirGrande texto.
abraços
OK...concordo com vc...obrigado...
ResponderExcluirMuito terá que ser feito para que tenhamos o sentido verdadeiro da vida. A vida é como o fluir de um rio... as margens esquerda e direita apenas delimitam o seu curso, mas o rio é o todo, o centro, o renascimento constante das espécies que habitam as suas profundidades. O rio é o fluxo ininterrupto das águas que garantem a existência de todos que buscam nele a fonte e a energia.
Bernardo