quarta-feira, 11 de junho de 2008

Para não dizer que não falei destes tempos fabris.


No centro a matéria,
ainda coloidal,
a fonte alimentar.


Ao redor, emplumada,
a matéria é
dela mesma.


Enquanto a abelha,
extrai o néctar
no limite oportuno,

na periferia,
a flor é semente,
um quantum de outra flor.

sei,
pensarás nas oportunidades,
do que sobra para a flor.


Assim como,
da produtividade da abelha,
aproveitando o colóide,
antes que se emplume.

Nem um e nem outro.
Apenas falo de abelhas
e flores.

Não se trata da expansão,
de um capitalismo fabril,
envolvendo as ciências,
no consumo até a periferia,
antes que ela se emplume.

Enquanto reprodução da flor,
o mel que sustenta a colméia,
o círculo é suficiente,
para que a flor se torne espaço,
e a abelha uma célula de tempo.

4 comentários:

  1. Inspirado, poeta!
    Geléia real pura
    Enquanto dura a inspiração
    De escrever para ser lida
    Em tempos de dura lida

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  2. Sem comentários ! Cem favos por esse poema !

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  3. Muito legal ver este outro do Zé, que não nada ao outro de cronista!
    Abraço grande ao grande.

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  4. Seria falsa modéstia dizer que não dormirei, hoje, incensado. Porém o supremo do dia é ter recebido pólens das flores mais sutis do Cariri.

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