quinta-feira, 3 de julho de 2008

Pauta Cariri Informa: Intelectuais e artistas assinam carta aberta ao Governo do Estado

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O Bonde vai Passando...


Intelectuais e artistas assinam carta aberta ao Governo do Estado

O movimento iniciado pelo Coletivo Camaradas contra a exclusão dos artistas locais da Expocrato toma dimensão e ganha apoio de nomes importantes da intelectualidade e do mundo artístico. A Carta Aberta ao Governador veiculada e distribuída em massa pela internet é assinada por nomes como: Abidoral Jamacaru, Auci Ventura, Arice Morais, André Ferreira - Banda Liberdade e Raiz, Luciano Brayner e Amelia Coelho – Zabumbeiros Cariris, Alvaro Holanda, Francisco Di Freitas, Claudio Reis, Ermano Morais, Hamurabi Batista, Alessandra Bandeira, Alexandre Lucas, Carlos Henrique – Banda Missão Miranda, Jean Alex – Banda Sol na Macambira, Paulo Bento, João do Crato, Dihelson Mendonça, Maércio Lopes, Carlos Henrique, Franklin Lacerda – Coletivo Malungo, Shirley França – Carroça de Mamulengos, Luiz Augusto Bitu, Fatinha Gomes, Carlos Rafael Dias, Ricardo Correia, Francisco Saraiva – Banda Herdeiros do Rei, Lamar Tavares, Frederyck Sidon, Ulisses Germano, Alemberg Quindins – Fundação Casa Grande. Além de carta de apoio da AFAC - Associação dos Filhos e Amigos do Crato. De acordo com os integrantes do movimento, A luta não se resume a conquista de um espaço para os artistas locais, mas a defesa da democratização da música para conjunto da população que é refém da indústria cultural e não tem a opção de conhecer outros estilos musicais e acrescentam que a questão não se trata de arte pela arte, mas do direito das camadas populares terem acesso a pluralidade e diversidade artística, qual não deve ser privilegio das elites, dos artistas e intelectuais. O Coletivo Camaradas deverá receber ainda essa semana cartas de apoio de diversas entidades ligadas aos movimentos sociais, culturais e juvenis. Para os integrantes do Coletivo Camaradas, não se trata também de estabelecer como critério artistas locais ou bandas, pois grande parte das bandas da industria cultural são do Cariri, no caso bandas de "Forró Eletrônico" ou "forró pasteurizado" que fazem apologia ao machismo, a homofobia, a bestialidade, a violência e as drogas.

Vereadores do Crato ainda não se manifestaram

Os vereadores do Crato ainda não se posicionaram em relação a questão. No entanto, O Coletivo já solicitou formalmente duas vezes o posicionamento dos parlamentares municipais sobre o caso. A próxima reunião dos artistas será no dia 07, segunda-feira, às 18h30, na Camarada Municipal do Crato.

Informações adicionais nos blogs:

WWW.coletivocamaradas.blogspot.com
WWW.blogdocrato.blogspot.com

9 comentários:

  1. Meu querido Dihelson,

    mais uma vez eu estou aqui contrariando a forma como as suas idéias estão sendo colocadas. E mais uma vez eu quero enfatizar o profundo respeito que eu tenho por você e pela sua arte. Nada do que eu manifesto aqui é pessoal, são apenas idéias colocadas em um espaço democrático.

    Cara mais uma vez o seu texto é cheio de incoerências. Acredito que quanto mais você explica pior fica. Agora a bandeira foi colocada em nome das "camadas populares", em defesa de um acesso à pluralidade cultural, sob a afirmativa de que os espaços, aparelhos culturais e mídias estão voltadas para as elites culturais e intelectuais, entre eles, a ex-pocrato. Não sei se você fez a leitura correta do evento e do quadro atual de produção, divulgação e consumo de artes, pois essas "camadas populares" QUEREM É ISSO MESMO QUE ESTÁ AÍ. Os organizadores da programação artística têm como alvo é a chamada massa, é o povão, não no sentido de riqueza ou pobreza, de intelectualidade ou senso utilitário, mas sim de um gosto musical popular, uniforme, massificado. Exatamente esse produto artístico que está programado é o que é pretendido pela maioria. Dentro dos interesses de organizadores e público maior, a programação está perfeita, melhor do que isso, só mesmo a bostinha cheirosinha das grandes atrações anunciadas empacotada à vácuo para ser distribuída de grátis e re-consumida livremente, sem repressão. Não creio que seja frutífero e nem possível a abertura desses espaços como está sendo colocada por você: música de qualidade, na sua concepção e minha, para um público que já tem a sua música de qualidade, na concepção deles. Acho muito esquisita essa proposta.

    Agora e em tempo:
    carta aberta, carta fechada, carta selada, carta celada, carta solta, carta na manga, carta de tarôt, carta de amante, carta de suicida, carta de demissão, carta de solicitação, carta de apreço aos bons costumes das senhoras promotoras da alegria pública, carta do descobrimento, carta do encobrimento, carta aos soldados perdidos na guerra da solidão, carta de condolências aos produtos abandonados nas prateleiras da butique chic, seja qual for a carta, eu assino, se vosmicê dexá e tiver coerência.
    Um abraço cheio de teclas, minhas e suas.

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  2. Vc defende arte para vc, Marcos Leonel? para o seu gosto ou mal gosto...? a "boa música" é um direito do povo, das camadas populares sim. É provável que seu discurso de insulto contra o Diehson seja por falta do que fazer...pois é...continue defendendo arte para o seu umbigo, mas depois nao reivindique espaço público para sua banda. O momento é de união. O povo só tem como opção aquilo que temos como porcaria.

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  3. Calma, gente!

    Eu conheço o Marcos Leonel, e ele tem um excelente gosto musical. Acho que entendi bem no texto quando o Marcos resume na frase:

    "pois essas "camadas populares" QUEREM É ISSO MESMO QUE ESTÁ AÍ. Os organizadores da programação artística têm como alvo é a chamada massa, é o povão, não no sentido de riqueza ou pobreza, de intelectualidade ou senso utilitário, mas sim de um gosto musical popular, uniforme, massificado."

    Infelizmente, o Marcos está certo no seu questionamento. Nós que compomos o movimento teremos que enfrentar esse grande problema que ele aponta, e que é sabido de muitos. E creio que o Marcos seja nosso aliado no momento certo. Eu acho até bom que ele e outros nos coloquem essas idéias para que possamos ouvir de quem é amigo.

    Pior seria ouvir isso dos adoradores do Forró eletrônico, que com certeza, não nos seriam tão gentis na forma de dar o recado.

    Um grande abraço, Marcos leonel,
    Um grande abraço Alexandre Lucas,

    Nos vemos na segunda-feira.

    Dihelson Mendonça

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  4. Caro Coletivo,

    baixe o nível não, cara, que não é por aí, acredito que vocês quando assumem essa postura de revanche, de vingança, caem no ridículo e no amadorismo, caem no caricatural, retruque com idéias, com posicionamentos, com educação, como Dihelson tem feito sempre. Prestem atenção que qualquer manifestação pública é passível de crítica, seja ela qual for, principalmente quando existe uma intenção de coletividade, aí é que a truculência não fundiona mesmo.
    Vou escrever aqui para quem não é "analfabeto funcional", e vê se dessa vez a ficha cai "Coletivo": essa baboseira toda de carta, de reunião com vereador, de manifestação de passeata em prol de uma democratização da mídia e dos espaços culturais não funciona, não vai mudar nada, devido à estrutura do sistema, isso vem sendo tentado, de forma local e nacional, desde o tropicalismo, quando os artistas assinaram um documento de reivindicação contra a proibição dos instrumentos elétricos nos festivai; desde os salões de Arte acontecidos no Crato, como Artes ao Sol de Outubro, que protestavam contra a falta de espaço cultural, e nunca nada mudou. É ESSA POSTURA QUE EU SOU CONTRA!!!! Entendeu? Ou tá difícil?

    Formar uma associação, uma cooperativa, uma frente de trabalho, uma comitiva, uma comissão, uma junta, uma fundação, uma ong, um grêmio, seja lá o que for, pra se gastar toda essa energia na busca de algo concreto tais como, um espaço cativo para shows, lançamentos de livros, exposições, oficinas, cursos, palestras, bem como definir um calendário de eventos, com produção coletiva, sem distinção de segmento artístico ou de estilo musical, através de parcerias e criações de projetos, É ISSO QUE EU DEFENDO!!!! entendeu?

    Agora deixem essa infantilidade de ego e de vaidade de lado, que eu não sou contra vocês e nem Diehelson, percebeu? ou tá difícil?

    Agora se forem criar algo do tipo citado acima, não só eu interessado, mas várias pessoas dinâmicas que eu conheço também interessados.

    vlw

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  5. Caro Dihelson, parece que agora estamos falando a mesma língua.

    um abraço

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  6. Caros Amigos,

    Estive conversando hoje com o Abidoral e ele tem uma opinião similar à do Marcos. Não adianta lutar para ter participação num palco fechado e tercerizado como temos atualmente. Mesmo que a participação dos artistas locais estivesse garantida no contrato a ser licitado pelo estado, pouco adiantaria. O empresário/empresa vencedor boicotará de todas as maneiras possíveis : escolherá horários sem público, o som será precário, a luz inexistente. Simplesmente porque o seu intuito é o de lucrar em cima do espaço comprado e ele, em verdade, não tem nenhuma obrigação de fazer política cultural. Continuará trazendo estas atrações terríveis que vcs já conhecem e que lhes enchem as burras do dinheiro dos burros. Haveria, assim, apenas duas alternativas. A primeira, lutar pela abertura total dos shows, contratados pelo estado, com espaço amplo para todos os artistas caririenses e os de fora. Dizem que sai caro para o Estado, mas não se fizertem parcerias importantes( Petrobrás, SESC, etc), com projetos específicos e, de preferência vários palcos como em Garanhuns. A outra seria lutar pela criação de uma espécie de Concha Acústica, no espaço paralelo ao palco, que inclusive poderia funcionar permanentemente, com espaço, como bem coloca o Marcos para as mais diversas formas de Arte. Acredito que é importantíssimo a luta de todos, em uma Associação ou coisa que o valha, mas antes é imprescindível discutir os rumos e as prpostas do movimento, para que não haja dispersão. O calor da altercação, no blog, apenas demonstra como estas coisas estão entaladas na garganta de todos e às vezes, ânimos exaltados, terminamos correndo o risco de ao invés de atacar o inimigo, fazer o famoso "fogo amigo".

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  7. Eu também sou contra a reivindicação do Palco principal. Sou a favor de outros questionamentos já apresentados. Coloquei essa questão inclusive ao Alexandre Lucas do Coletivo camaradas, que reivindicar espaço no palco principal seria a mesma coisa que querer tentar vender remédio dentro da farmácia dos outros.

    Isso soa absurdo!

    O espaço está terceirizado. No máximo, se pode querer um esclarecimento dessa licitação, e porque esse Senhor está com essa licitação há 10 anos sem mudar. É cartel ? Favoritismo ?

    A minha discussão e que realmente me interessa são os planos CONCRETOS para se garantir espaços iguais na mídia. LEIS que tornem isso verdade.

    Estive conversando com o Promotor José de Deus e este me deu muitas dicas de como poderemos fazer uma lei e passar pela câmara para a participação dos artistas locais em projetos públicos, já baseados em outras leis, jurisprudência e modelos que funcionam para criação da Lei Municipal de Cultura. Mas tudo passa pela criação de uma Associação, e de várias reuniões que deveremos ter com os artistas. Não é coisa pra essa Expocrato. A expocrato aliás, para mim, nem é importante, ela é fruto de um problema maior, todas as festas populares públicas estão com o mesmo problema. Não só a expocrato.

    Temos que combater o problema na fonte. A ExpoCrato é consequência de um modelo perverso, industrial conduzido por homens que controlam a mídia e promovem a massificação e a bestialização.

    Dihelson Mendonça

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  8. A LUTA É DE TODOS...quando, inicialmente, defendemos o Palco Principal nao foi como intuito de firmar-se neste ponto, mas contribuir com o debate, pois a Expocrato ( isso nao é o único ponto da nossa pauta)é um evento público e que concessão realizada pelo Governo do Estado para uma empresa privada tenha critérios...um deles poderia ser o que propõe Abidoral Jamacaru, ou seja, criar uma espaço - montar um espaço dentro da Expocrato( que contemplar a diversidade e pluralidade da produção do Cariri). Pois acreditamos que é preciso ter critérios nesta festa que ao longo dos anos vem sendo descaracterizada...pela sua forma privatizada.

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  9. A LUTA É DE TODOS...quando, inicialmente, defendemos o Palco Principal nao foi como intuito de firmar-se neste ponto, mas contribuir com o debate, pois a Expocrato ( isso nao é o único ponto da nossa pauta)é um evento público e que a sua concessão realizada pelo Governo do Estado para uma empresa privada deve ter critérios...um deles poderia ser o que propõe Abidoral Jamacaru, ou seja, criar uma espaço - montar um espaço dentro da Expocrato( que contemple a diversidade e pluralidade da produção do Cariri). Pois acreditamos que é preciso ter critérios nesta festa que ao longo dos anos vem sendo descaracterizada...pela sua forma privatizada.

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