TIRANDO A BUNDA DA CADEIRA
Gosto disso. Da porrada que é dizer a alguém: “tire a porra da bunda de sua cadeira e venha pra luta, pra trincheira, pra cama, pro bar!” dá a idéia de que vai haver movimento. Que a inércia enfim, será relegada ao limbo. Sepultada para todo o sempre amém.
Quando ainda tinha tempo, lia muito. Os teóricos anarquistas, com suas bundas apoiadas em cadeiras escreviam sobre isso: “propaganda e ação”. Kropotkin era teórico. Stirner e bakunim eram ação pura. Dinamite vinho e liberdade na madrugada. Apois sim, sou um velho em pele de novo. Tenho ainda paixões juvenis e afoitas pelo anarquismo de ação. Mas, ai de mim. Sou um velho bem humorado.
Me imaginando poeta, declaro que a idéia é uma moça nua. Aparece, excita. Mas, se a gente não pega ela de jeito, não rola sexo. Não rola movimento. E não tem camarada em coletivo ou individualmente que mude isso.
Marcos leonel é um escritor que admiro e respeito. Tem culhão pra falar coisas como se cada palavra fosse a ponta acesa de um cigarro. Mas – é bom lembrar – a ponta de cigarro do lobisomem só queima a pálpebra de quem teima em manter o olho fechado. Ele diz, e concordo geral, que a festa maior do cariri, a “ex – porra – crato” não é mais da cidade. Diz que desde a nascente é tudo aborto. Fala de pires na mão de mendigos de luxo. Artistas canibais de si mesmos. Mas ele também fala de luta, e ainda diz qual será a arena onde isso “possivelmente” vai rolar: associação e parcerias.
Penso, e penso que marcos leonel também pensa assim, que não adianta “invadir” a festa dos reis da sanfona erótica. Até porque isso não diminuiria o público acéfalo de suas apresentações. Imagino daqui, do sertão da bahia, com minha bunda magra sentada em minha jaqueta: o que, ou ainda, qual o motivo da luta? O mega palco? Ou o mega cachê? Se é palco, o público é ilusório. Quem do cariri, incluindo passado e futuro, imaginaria levar cinco mil pessoas para assistir um show? Os neo-punks do “pombos urbanos”? a virtuose dos teclados “dihelson mendonça”? eu sei, eu sei... eu sou só um velho anarquista de guerra e paz. Mas acredito que a discussão teria que passar por uma formação de platéia. E qual seria o primeiro passo? Talvez mudar radicalmente a programação das rádios. Seqüestrar DJ´S. mutilar dedos de guitarristas de forró-band. Ou quem sabe, sentar a bunda em uma cadeira e montar um blog, com rádio inclusa, tocando jazz o dia inteiro. O povão ama jazz. O povão delira por jazz. O povão fará passeatas por jazz. Sou a favor do terrorismo. Caso vá haver ação, favor incluir as rádios de petrolina e juazeiro, cheias de axé, e oxente music. E pra não dizer que concordo de todo com marcos lobisomem, não gostei do são patrício. Mas sempre gostei de caminha.
A pergunta é inevitável:
Pianista toca em pé?
Senta a bunda meu querido. Aponta tua má-tralhadora pro pires da galera.
És porra crato
Esporra crato
esporra
Gosto disso. Da porrada que é dizer a alguém: “tire a porra da bunda de sua cadeira e venha pra luta, pra trincheira, pra cama, pro bar!” dá a idéia de que vai haver movimento. Que a inércia enfim, será relegada ao limbo. Sepultada para todo o sempre amém.
Quando ainda tinha tempo, lia muito. Os teóricos anarquistas, com suas bundas apoiadas em cadeiras escreviam sobre isso: “propaganda e ação”. Kropotkin era teórico. Stirner e bakunim eram ação pura. Dinamite vinho e liberdade na madrugada. Apois sim, sou um velho em pele de novo. Tenho ainda paixões juvenis e afoitas pelo anarquismo de ação. Mas, ai de mim. Sou um velho bem humorado.
Me imaginando poeta, declaro que a idéia é uma moça nua. Aparece, excita. Mas, se a gente não pega ela de jeito, não rola sexo. Não rola movimento. E não tem camarada em coletivo ou individualmente que mude isso.
Marcos leonel é um escritor que admiro e respeito. Tem culhão pra falar coisas como se cada palavra fosse a ponta acesa de um cigarro. Mas – é bom lembrar – a ponta de cigarro do lobisomem só queima a pálpebra de quem teima em manter o olho fechado. Ele diz, e concordo geral, que a festa maior do cariri, a “ex – porra – crato” não é mais da cidade. Diz que desde a nascente é tudo aborto. Fala de pires na mão de mendigos de luxo. Artistas canibais de si mesmos. Mas ele também fala de luta, e ainda diz qual será a arena onde isso “possivelmente” vai rolar: associação e parcerias.
Penso, e penso que marcos leonel também pensa assim, que não adianta “invadir” a festa dos reis da sanfona erótica. Até porque isso não diminuiria o público acéfalo de suas apresentações. Imagino daqui, do sertão da bahia, com minha bunda magra sentada em minha jaqueta: o que, ou ainda, qual o motivo da luta? O mega palco? Ou o mega cachê? Se é palco, o público é ilusório. Quem do cariri, incluindo passado e futuro, imaginaria levar cinco mil pessoas para assistir um show? Os neo-punks do “pombos urbanos”? a virtuose dos teclados “dihelson mendonça”? eu sei, eu sei... eu sou só um velho anarquista de guerra e paz. Mas acredito que a discussão teria que passar por uma formação de platéia. E qual seria o primeiro passo? Talvez mudar radicalmente a programação das rádios. Seqüestrar DJ´S. mutilar dedos de guitarristas de forró-band. Ou quem sabe, sentar a bunda em uma cadeira e montar um blog, com rádio inclusa, tocando jazz o dia inteiro. O povão ama jazz. O povão delira por jazz. O povão fará passeatas por jazz. Sou a favor do terrorismo. Caso vá haver ação, favor incluir as rádios de petrolina e juazeiro, cheias de axé, e oxente music. E pra não dizer que concordo de todo com marcos lobisomem, não gostei do são patrício. Mas sempre gostei de caminha.
A pergunta é inevitável:
Pianista toca em pé?
Senta a bunda meu querido. Aponta tua má-tralhadora pro pires da galera.
És porra crato
Esporra crato
esporra
Só podia ser você ! risos... Adoro essa irreverência , que diz o que quer , sentado ou em pé !
ResponderExcluirBeijo , meu querido amigo !
E eu aqui, com a bunda na cadeira, de frente pro PC, lendo essa (es)porrada de Lupeu, fico pensando: saio da frente ou vou pro front?
ResponderExcluirComo cantaria Nando Cordel, se fosse contratado pra ex-pocrato: o que é que eu posso fazer?
socorro querida
ResponderExcluirlevanta daí!!!
(senão dihelson te pega)
beijo grandão.
rafa-man
nando cordel é camarada? é politicamente correto? tem letra e música? é solidário?
um grande abraço man. grande poeta off road (o blog tá ducaraio)
Esse é o The Lupas de sempre.
ResponderExcluirCara imagine: Zezé di Camargo e Luciano, cerca de 30 mil pessoas ao preço de mais ou menos 20 reais o ingresso, tu acha que a Nacacunda tem mídia para isso? Será que o público desse show gostaria de ser esquentado, em todos os sentidos, pelo rock da Nacacunda? Nós nem tocamos muzack, nem tocamos música de barzinho e nem de barzão, muito menos qualquer porra dessas que toca no rádio ou nos paredões estacionados nas barracas de vaguejada. Imagine a cena do fã de Zezé ouvindo "Buraco negro"? Será que rola?
Agora tem um detalhe, cara, tu escrevendo desse jeito vai ganhar o Pulitzer. E se tu ganhar esse prêmio, tu tem que dividir com a irmandade, pois é verdade que tu é artista, porra.
Bundas à parte, no front, sempre
vlw