As visões de Veja
A revista Veja publicou recentemente uma extensa matéria sobre o ensino brasileiro, fundamentada em uma pesquisa que ela encomendou ao CNT/Sensus. Nessa matéria de capa a revista endemoniza o sistema educacional brasileiro e aponta o fracasso do ensino a partir de uma colocação dos nossos melhores alunos em um “ranking” mundial de 57 países, com um posto abaixo da qüinquagésima posição. Como sempre, em todas as matérias espetaculosas da revista, existem mais conotações do que denotações.
A revista Veja tem se notabilizado pela linha editorial investigativa, o tanto quanto pela sua irresponsabilidade em apontar o seu dedo sujo para alvos diversos. Por diversas vezes a sua falácia já foi comprovada. Em muitas matérias que visam o estardalhaço, o discurso de veja não passa de uma flatulência sorrateira de uma quiromante absorta em embaralhar suas cartas. Realmente os sistemas educacionais brasileiro e mundial tendem ao fracasso, mas não pelas razões apontadas pejorativamente pela revista, que se auto-intitula como a pitonisa educacional, baseada em estatísticas bastardas e ilhadas constatações de campo.
A conotação da matéria é que o fato de 90% de professores se acharem preparados para darem aula e 89% de pais com filhos em escolas particulares se darem por satisfeitos com o serviço prestado, constitui uma cegueira nacional, uma histeria abobalhada de despreparados, tanto professores como pais. Mas de parvo mesmo o que existe em demasia é a argumentação da revista, que atribui a culpa do fracasso dos alunos brasileiros em “competições” internacionais à doutrinação de esquerda a que eles estão submetidos feita por um batalhão de professores admiradores de Karl Marx. Mais hilariante do que isso é a própria “vidente profissional” achar que essa matéria irá suscitar uma lúcida e ampla discussão sobre o assunto.
O discurso mascarado da Veja, antes de tudo é mambembe, sem embasamento científico nenhum, muito menos coerente com o verdadeiro cerne da questão. Munidos de dados e jogadas ao acaso, os paladinos jornalistas autores da matéria, desfilam um batalhão de bizarrices fantasiosas, muito mais para o baile do vermelho e preto do Flamengo, com seus travestis tresloucados, do que para uma tentativa de texto jornalístico real. Verdadeiros disparates porcos foram jogados às pérolas.
A revista reivindica o tempo e a urgência da tecnologia globalizada como fatores preponderantes para um ajuste radical no compêndio pedagógico brasileiro, e no entanto não toca no assunto da grade curricular; no modelo arcaico de universidade; na metodologia de ensino, que beira o Iluminismo; e nem na dicotomia secular entre profissionalização e formação acadêmica de pesquisa, duas vertentes paralelas do conhecimento no processo de formação do aluno. Em detrimento a tudo isso e mais uma outra gama de implicações associadas, a revista preferiu dar ênfase a um fenômeno transversal, que nem desvenda e nem cega o caminho da aprendizagem: “o perigo da doutrinação de esquerda dentro das salas de aula brasileiras”.
“Muitos professores e seus compêndios enxergam o mundo de hoje como ele era no tempo dos tílburis. Com a justificativa de ‘incentivar a cidadania’ incutem ideologias anacrônicase preconceitos esquerdistas nos alunos”, afirmam os autores da matéria, em tom panfletário, muito mais protéticos do que patéticos, conotando como solução para as cáries do ensino brasileiro, uma dentadura postiça produzida em série, esculpida com a velocidade da luz pelo mais científico de todos os lasers do american way of life.
É claro que existe um anacronismo gritante na postura de esquerda de muitos educadores, que se valem de axiomas marxistas ultrapassados. No entanto, mais do que anacrônica é a postura macarthista utilizada pelos autores da matéria para deslegitimar uma doutrina e legitimar uma outra, embutida na ideologia capitalista de readaptação constante do indivíduo ao meio para não se tornar fraco, sem competitividade, que é a teoria da evolução das espécies, de Darwin. Vale salientar aqui que a campanha histérica empreendida pelo bufão senador Joseph MacCarthy, contra o pensamento de esquerda nos Estados Unidos, deu-se na década de 50, do século XX.
De lá para cá os Estados Unidos, educadamente munidos de alta tecnologia e armas, com seus alunos altamente preparados para o ingresso na economia de mercado, de monstruosa competitividade, construíram uma história alarmante de extermínio da natureza e de crimes hediondos em larga escala contra sociedades do mundo todo, em sua ensandecida cruzada política de “preservação” dos “princípios democráticos”. Nesse sentido a colocação de dados na matéria sobre citações de personalidades socialistas nas salas de aula, tais como “o guerrilheiro argentino Che Guevara, aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo”, é digna de um araponga da Agência Brasileira de Inteligência, infiltrado atrás das linhas “inimigas”, mas atrapalhado em seus conceitos na sua tentativa rebelaisiana de derrubar o “contra-sistema”.
Praticamente todas as universidades européias estão impregnadas com o pensamento marxista, bem como uma parcela significativa de doutores e docentes livres que ministram aulas nas universidades americanas. Da mesma forma essas mesmas universidades estão impregnadas com o cartesianismo reducionista e todas as velharias teóricas ultrapassadas do conhecimento ocidental, que tanto têm servido à concepção desenvolvimentista do capitalismo. Não existe nada de novo no ensino mundial que seja capaz de projetar o aluno para um futuro promissor no convívio social. O modelo continua o mesmo, com o agravante da transformação das escolas em empresas, e por contigüidade, a adoção da produção em série.
Há muito que não se educa. Isso vem desde o modelo enciclopedista de Diderot e D’alambert e o cientificismo positivista, em que a independência crítica foi substituída pelo chamado “pensamento lógico”, reivindicado pela pastelança da matéria. Esse modelo adestra, desenvolve habilidades emparedadas pelo cânone acadêmico. Quanto mais o aluno avança nos estudos, mais ele se torna especialista em diluir o pensamento alheio em suas menores partes. Enquanto isso ele perde a visão do conhecimento como um todo, sem nem chegar a um senso crítico. O que nada mais é do que a reificação do individualismo e a legitimação da competitividade. Essa é a exigência da cultura de massas, de quem esses jornalistas são filhotes, devidamente raciados por alguma pós-graduação. A cultura de massas não acolhe divisores, mas sim reprodutores.
Portanto, a dadivosa indignação dos autores da matéria sobre o ensino brasileiro é um embuste, não passa de uma cena de histerismo escatológico de uma prostituta traída por seu cafetão com uma prostituta bem mais velha. Os próprios jornalistas servem como exemplos do fracasso escolar e da completa falta de perspectivas de solução. A Veja continua com seu encantamento de espia, mas só para broncos.
A revista Veja publicou recentemente uma extensa matéria sobre o ensino brasileiro, fundamentada em uma pesquisa que ela encomendou ao CNT/Sensus. Nessa matéria de capa a revista endemoniza o sistema educacional brasileiro e aponta o fracasso do ensino a partir de uma colocação dos nossos melhores alunos em um “ranking” mundial de 57 países, com um posto abaixo da qüinquagésima posição. Como sempre, em todas as matérias espetaculosas da revista, existem mais conotações do que denotações.
A revista Veja tem se notabilizado pela linha editorial investigativa, o tanto quanto pela sua irresponsabilidade em apontar o seu dedo sujo para alvos diversos. Por diversas vezes a sua falácia já foi comprovada. Em muitas matérias que visam o estardalhaço, o discurso de veja não passa de uma flatulência sorrateira de uma quiromante absorta em embaralhar suas cartas. Realmente os sistemas educacionais brasileiro e mundial tendem ao fracasso, mas não pelas razões apontadas pejorativamente pela revista, que se auto-intitula como a pitonisa educacional, baseada em estatísticas bastardas e ilhadas constatações de campo.
A conotação da matéria é que o fato de 90% de professores se acharem preparados para darem aula e 89% de pais com filhos em escolas particulares se darem por satisfeitos com o serviço prestado, constitui uma cegueira nacional, uma histeria abobalhada de despreparados, tanto professores como pais. Mas de parvo mesmo o que existe em demasia é a argumentação da revista, que atribui a culpa do fracasso dos alunos brasileiros em “competições” internacionais à doutrinação de esquerda a que eles estão submetidos feita por um batalhão de professores admiradores de Karl Marx. Mais hilariante do que isso é a própria “vidente profissional” achar que essa matéria irá suscitar uma lúcida e ampla discussão sobre o assunto.
O discurso mascarado da Veja, antes de tudo é mambembe, sem embasamento científico nenhum, muito menos coerente com o verdadeiro cerne da questão. Munidos de dados e jogadas ao acaso, os paladinos jornalistas autores da matéria, desfilam um batalhão de bizarrices fantasiosas, muito mais para o baile do vermelho e preto do Flamengo, com seus travestis tresloucados, do que para uma tentativa de texto jornalístico real. Verdadeiros disparates porcos foram jogados às pérolas.
A revista reivindica o tempo e a urgência da tecnologia globalizada como fatores preponderantes para um ajuste radical no compêndio pedagógico brasileiro, e no entanto não toca no assunto da grade curricular; no modelo arcaico de universidade; na metodologia de ensino, que beira o Iluminismo; e nem na dicotomia secular entre profissionalização e formação acadêmica de pesquisa, duas vertentes paralelas do conhecimento no processo de formação do aluno. Em detrimento a tudo isso e mais uma outra gama de implicações associadas, a revista preferiu dar ênfase a um fenômeno transversal, que nem desvenda e nem cega o caminho da aprendizagem: “o perigo da doutrinação de esquerda dentro das salas de aula brasileiras”.
“Muitos professores e seus compêndios enxergam o mundo de hoje como ele era no tempo dos tílburis. Com a justificativa de ‘incentivar a cidadania’ incutem ideologias anacrônicase preconceitos esquerdistas nos alunos”, afirmam os autores da matéria, em tom panfletário, muito mais protéticos do que patéticos, conotando como solução para as cáries do ensino brasileiro, uma dentadura postiça produzida em série, esculpida com a velocidade da luz pelo mais científico de todos os lasers do american way of life.
É claro que existe um anacronismo gritante na postura de esquerda de muitos educadores, que se valem de axiomas marxistas ultrapassados. No entanto, mais do que anacrônica é a postura macarthista utilizada pelos autores da matéria para deslegitimar uma doutrina e legitimar uma outra, embutida na ideologia capitalista de readaptação constante do indivíduo ao meio para não se tornar fraco, sem competitividade, que é a teoria da evolução das espécies, de Darwin. Vale salientar aqui que a campanha histérica empreendida pelo bufão senador Joseph MacCarthy, contra o pensamento de esquerda nos Estados Unidos, deu-se na década de 50, do século XX.
De lá para cá os Estados Unidos, educadamente munidos de alta tecnologia e armas, com seus alunos altamente preparados para o ingresso na economia de mercado, de monstruosa competitividade, construíram uma história alarmante de extermínio da natureza e de crimes hediondos em larga escala contra sociedades do mundo todo, em sua ensandecida cruzada política de “preservação” dos “princípios democráticos”. Nesse sentido a colocação de dados na matéria sobre citações de personalidades socialistas nas salas de aula, tais como “o guerrilheiro argentino Che Guevara, aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo”, é digna de um araponga da Agência Brasileira de Inteligência, infiltrado atrás das linhas “inimigas”, mas atrapalhado em seus conceitos na sua tentativa rebelaisiana de derrubar o “contra-sistema”.
Praticamente todas as universidades européias estão impregnadas com o pensamento marxista, bem como uma parcela significativa de doutores e docentes livres que ministram aulas nas universidades americanas. Da mesma forma essas mesmas universidades estão impregnadas com o cartesianismo reducionista e todas as velharias teóricas ultrapassadas do conhecimento ocidental, que tanto têm servido à concepção desenvolvimentista do capitalismo. Não existe nada de novo no ensino mundial que seja capaz de projetar o aluno para um futuro promissor no convívio social. O modelo continua o mesmo, com o agravante da transformação das escolas em empresas, e por contigüidade, a adoção da produção em série.
Há muito que não se educa. Isso vem desde o modelo enciclopedista de Diderot e D’alambert e o cientificismo positivista, em que a independência crítica foi substituída pelo chamado “pensamento lógico”, reivindicado pela pastelança da matéria. Esse modelo adestra, desenvolve habilidades emparedadas pelo cânone acadêmico. Quanto mais o aluno avança nos estudos, mais ele se torna especialista em diluir o pensamento alheio em suas menores partes. Enquanto isso ele perde a visão do conhecimento como um todo, sem nem chegar a um senso crítico. O que nada mais é do que a reificação do individualismo e a legitimação da competitividade. Essa é a exigência da cultura de massas, de quem esses jornalistas são filhotes, devidamente raciados por alguma pós-graduação. A cultura de massas não acolhe divisores, mas sim reprodutores.
Portanto, a dadivosa indignação dos autores da matéria sobre o ensino brasileiro é um embuste, não passa de uma cena de histerismo escatológico de uma prostituta traída por seu cafetão com uma prostituta bem mais velha. Os próprios jornalistas servem como exemplos do fracasso escolar e da completa falta de perspectivas de solução. A Veja continua com seu encantamento de espia, mas só para broncos.
Leia-se: "Rabelaisianas"
ResponderExcluirÓtimo artigo, Marcos. A Revista VEJA não dá para ler nem em consultório de dentista. Abriu tem que pegar o rolo de papel higiênico. É o que há de pior na imprnesa brasileira. Revista informativa, de jornalismo direitista mas rápido, resolveu simplesmente se tornar no Boletim Oficial do PSDB, desde a campanha passada. Simplesmente, para, em caso de vitória, ir depois balançando a bolsinha pedir a concessão da TV Abril. Nada do que ela publica é confiável. Sempre é possível perceber o rabo do interesse escondido atrás de cada notícia. A VEJA é o Alcorão da Social Democracia Brasileira. O Brasil para eles, se resume na Avenida Paulista. Imagina-se o desespero deles quando depois de tanta falácia escrita terminam constatando que os índices de aprovação do presidente só crescem. Eles, mais do que nunca, têm alimentado, sem perceber, o mito Lula e são eles que , de mentira em mentira, vão pavimentando o terceiro mandato para 2014.
ResponderExcluirCaros,
ResponderExcluirCom este comentário não desejo alimentar nenhuma polêmica. Além do mais não me constrange a liberdade e o direito de opinião de vocês. Respeito seus posicionamentos, embora deles discorde.
No Estado democrático – como é o caso do Brasil – a Imprensa deveria ter como primado a imparcialidade e independência. Não cabe a nenhum veículo informativo julgar, sejam pessoas, sejam instituições.
Claro que nem sempre isso é conseguido já que as notícias, às vezes, passam a ser uma mercadoria carregada de cunho ideológico. Quem, de sã consciência e movido pela honestidade, pode dizer que as revistas “Caros Amigos” e “Carta Capital” não defendem os interesses ligados ao governo do Presidente Lula da Silva?
Todos sabem do poder econômico governamental sobre a mídia, especialmente no atual momento em que quase nenhum órgão de imprensa tem autonomia financeira, dependendo das verbas governamentais para a própria sobrevivência.
Criada em 1968, três meses antes do golpe do AI-5, a revista “Veja” teve uma participação histórica e um papel positivo na luta pela democracia. Editada na época por Mino Carta, um dos mais respeitados jornalistas brasileiros, ela foi censurada e sofreu apreensões em bancas.
Nos dias atuais, a única coisa que me surpreende em “Veja” é que ela vem tendo uma postura de distância em relação aos Presidentes de plantão. Quem desconhece que Collor de Melo e sua “corrupta guarda pretoriana” foram defenestrados do poder graças às denúncias de “Veja”, iniciadas com a histórica entrevista com Pedro Collor?
Quem não se lembra que a “Veja”, em 1998 – durante o governo FHC – publicou denúncias sobre grampos telefônicos em que o ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros e o então presidente do BNDES, André Lara Resende, discutiam formas de beneficiar o banqueiro Daniel Dantas na aquisição do melhor quinhão do leilão de privatização da Telebrás? Ambos saíram do governo depois das revelações de VEJA.
Em minha opinião, a questão resume-se à pergunta: as denúncias de “Veja” sobre fatos ocorridos no governo Lula são verdades ou mentiras?
Deixemos, pois, que as revistas semanais - Veja, Carta Capital, Caros Amigos – prossigam com sua linha editorial. Isso é democracia. Compra quem quer. Ler quem quer. Contesta quem quer. E como diria o “Nosso Guia”: “Nunca antes, na história deste país, a imprensa foi tão livre como agora”...
Caros Amigos: vejam bem, é capital que de cara se encontre o óbvio, isto é natural na época. O que se encontra por trás de tudo isso tem uma certa escala em que o jornalismo sobrexiste. Se não fosse assim, apenas mero serviço ideológico, o jornalismo não existiria, viraria panfleto político. Reduzir todo o trabalho editorial a um único serviço, torna a leitura de quem quer que seja uma desnecessidade. Não existe notícia, não existe informação, apenas um bulário onde se pode ler os efeitos colaterais. A revista Veja já foi diferente, já cumpriu papéis importantes, hoje a Carta Capital é editada pelo Mino Carta, onde se encontra o jornalismo numa melhor escala? O jornalista Luis Nassif, que mantém um blog, só tem em comum com o PT e o PSDB o fato de viver em São Paulo, fez uma série de matérias, ainda estão disponíveis, sobre problemas editoriais, relevantes, com um grupo de jornalistas que além de ter caído no jornalismo neoconversador da era Bush, destruindo biografias, se prestou a serviços não muito republicanos, como por exemplo preparar as artimanhas para defesa dos "negócios" do Daniel Dantas. O problema é sempre esse: a dose de jornalismo. Um jornalismo com base em informações e seguindo uma racionalidade que se pode não concordar, mas de modo que se pode argumentar. Infelizmente não é mero ponto de vista: a Veja realmente degenerou até mesmo no serviço político que exerce. Ficou óbvia e panfletária demais.
ResponderExcluirCaros Amigos, sem trocadilhos editoriais,essa discussão vai longe.
ResponderExcluirJosé Flávio, não tenha dúvidas, realmente abriu a veja tem que ter limpeza imediata. Quem leu a matéria toda, com senso crítico, deve ter ficado abismado com a mistura grosseira de alhos com bugalhos com o intuito de estabelecer uma cruzada antisocialista folclórica. A manipulação da informação na revistsa Veja ficou descaradamente rotineira, sem preocupações com o ridículo. Por questões de espaço não deu para abordar os comentários feitos sobre os livros didáticos, que a revista preferiu chamar de "cartilhas", à luz do conhecimento científico eles parecem provindos do program de Tom Cavalcante. Mas o pior, José Flávio, é você se deparar com pais e coordenadores indagando sobre a sua postura como professor dentro de sala de aula, após a publicação dessa matéria, todos ligados às tendências de extrema direita. É incrível como existe uma tábua rasa de informações.
Armando, meu caro, o problema da revista Veja é o mascaramento do discurso, é a postura panfletária, sem preocupações com a ética jornalística. Em uma matéria como essa, o objeto de discussão foi categoricamente deixado de lado, para estabelecer uma linha de caça-as-bruxas que beira o bizarro. Isso é estelionato jornalístico: anuncia-se um objeto e mostra-se outro. Apenas com o intuito de confundir a opinião daqueles que não têm a habilidade de reconher os artifícios da manipulação ideológica.
José do Vale, a sua dica sobre o blog de Luis Nassif é muito povidencial. Já li várias matérias publicadas lá sobre o assunto da manipulação da informação na mídia brasileira. Os comentários também são muito interessantes.
Abraços a todos