quinta-feira, 18 de setembro de 2008


Conheça a história da Bandeira do Brasil

Nossos símbolos nacionais, bonitos ou feios, certos ou errados, são os Símbolos da Pátria, e a eles devemos respeito. O Brasil tem uma das mais belas Bandeiras do mundo, criada com nossa Independência. Foi modificada ao longo dos anos, por conta das mudanças em nossa História, e só o tempo dirá se ainda terá outras modificações.
A Bandeira Nacional, assim como o Hino, são os símbolos maiores da Pátria, e por isso devem ser respeitados e conhecidos. Tanto a nossa Bandeira quanto o nosso Hino Nacional foram criados na época do Império do Brasil, depois da Independência. Nosso Hino nos primeiros tempos não tinha letra, e a nossa Bandeira era um pouco diferente, e continha o Brasão Imperial.
O verdadeiro significado das cores de nossa Bandeira Nacional não é conhecido pela maioria das pessoas. É muito comum falar-se em “verde das matas, o amarelo do ouro”, mas não é bem assim, ou pelo menos, não é só isso.
A História mostra o motivo:
As cores verde-louro e amarelo-ouro foram instituídas como cores nacionais do Brasil, 11 dias após a proclamação da Independência. A Bandeira do Brasil foi desenhada com as cores das Famílias Reais do nosso primeiro casal de Imperadores, Dom Pedro I e Dona Leopoldina.
Dom Pedro I é representado pelo Verde-Bragança e sua esposa Dona Leopoldina, sendo filha do Imperador da Áustria, pelo amarelo-ouro dos Habsburgos. Em setembro de 1823, o futuro Marquês de Resende, Antonio Teles da Silva Caminha e Meneses, então Embaixador na Áustria, explicando o motivo da escolha do verde e do amarelo ao Príncipe de Metternich, disse que o "amarelo - simbolizaria a Casa de Lorena (Habsburg)", cor usada pela Família Imperial Austríaca, e o "verde - representaria a cor da Casa de Bragança".
Outro documento que comprova isso é uma carta: “datada de 15 dede 1822, ou seja, pouco mais de uma semana da Proclamação da Independência, é sabido que numa carta escrita por Dona Leopoldina à Dona Maria Tereza, da Côrte da Áustria, comenta textualmente, fazendo referência às cores da bandeira, dizendo do “verde dos Braganças e do amarelo-ouro dos Habsburgos” (Silveira, 1972, pag. 230).
O Decreto que criou nossa Bandeira
Segundo o livro "Símbolos Nacionais na Independência" de autoria do General Jonas Correia, o Escudo de Armas e Bandeira do Império foram criados por Decreto de 18 de setembro de 1822. Com relação a Bandeira o decreto diz: "A Bandeira Nacional será composta de um paralelogramo verde e nele inscrito um quadrilátero romboidal cor de ouro, ficando no centro deste o Escudo de Armas do Brasil"
Uma falsa Bandeira Nacional
Em novembro de 1889, um golpe militar derruba o governo imperial. Os golpistas, influenciados pelos integrantes da seita positivista, instituem uma bandeira provisória da República, na tentativa de abolir o símbolo de nossa Monarquia. Assim, copiam a bandeira do clube republicano Lopes Trovão, uma imitação da bandeira dos Estados Unidos da América.
Essa falsa bandeira não foi aceita nem mesmo pelos mais radicais antimonarquistas, e durou apenas cinco dias. Infelizmente, foi essa humilhante imitação de bandeira estrangeira que foi içada no mastro do navio Alagoas, que levou o Imperador Dom Pedro II, prisioneiro e expulso com toda a sua família, para o exílio político mais longo da História do Brasil.
A identidade nacional falou mais alto
A Bandeira Nacional, então, foi motivo de acaloradas discussões. Alguns queriam destruir tudo o que lembrasse o Império, e apresentaram modelos de bandeiras listradas, com cores diferentes. Mas, o próprio Deodoro da Fonseca desejava manter a antiga Bandeira Imperial, dela retirando apenas a Coroa.
Desta forma, estava decidido que as cores e o formato básico de nossa Bandeira permaneceriam.
(Transcrito do jornal “Correio Imperial”, de Belo Horizonte-MG)

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