Dos Repúdios
A esgrima da rejeição
É uma cárie no canino crescido
É por lá que passam as solas gastas
E o refluxo da solidão
Toda noite é assim
Quando o ar fica murmurando muros
E as vacas pisoteiam vagas para
Nascerem bezerros seus
Existe na multidão
Um ar de repúdio ao veja só
Nem que seja por um segundo
A farinha nega os farelos
E é justamente nessa hora
Que chega sempre Ramiro Flores
Com seus dentes de ouro
E sua úlcera que incinera a alma
A rejeição: é com ela que os camelos choram. A cápsula 32 perfura o cérebro de Eloá. Pois o amor mata e deixa dentro de si o cadáver inseparável deste embrólio entre eu e o outro. Afinal o amor só é feito histórico quando estas diferenças (eu e o outro) bem compreendidas anseia pela fusão. O amor apenas se realiza na fusão de tempo curto pois se maior é confusão. É como a úlcera que incinera a alma de Ramiro Flores.
ResponderExcluirPois é, grande José, a rejeiçao é tema ultramoderno, pelas próprias condições imateriais e materiais do homem. Roland Barths escreveu vários ensaios sobre isso.
ResponderExcluirContinua aí, homi, essa crônica do comentário!!!
abraços
Sim, vamos continuar, quem sabe bate novo recorde de comentários. Um repúdio à rejeição, parece ser o melhor caminho para exterminá-la. Valeu, Marcos! Vamos em frente.
ResponderExcluirValeu Marta,
ResponderExcluiro repúdio faz parte da nossa espécie.
abraços