A espera do crepúsculo, do alto da torre
A sangria imensa dos faróis vermelhos
A turba gigantesca a buzinar
A bruma cinzenta sobre os carros
E daqui de cima eu a tragar o rum
E lançar no ar a fumaça do cigarro
O traseunte cego pelo delírio do ter que chegar
Cego e não vê as vidas que por ele passam
Cego ao por do sol, a água como prisma
Cego ao lento e leve vôo do pássaro
O Condutor cego pelos cristais da chuva
Cego pela ira em ter que esperar
E mesmo parado ninguém espera
E ainda assim esperam ver o mundo mudar...
E ainda assim esperam ver o mundo mudar...
Foto: Mariis
Querido Sávio, bom revê-lo.
ResponderExcluirSe o mundo é mutante, os sentimentos mudam...
Marta meu anjo. É um prazer tê-la por aqui. Um forte abraço.
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