segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Amigo Imaginário

No casebre onde vivo
não tem alma penada.
Mas aviso:
transita uma lagartixa
entre os jarros de planta
e a lixeira da cozinha.
Já supliquei à esposa
não enxotá-la com tamanco
tampouco com vassoura.
O meu filho não me preocupo:
ambos - lagartixa e menino -
gargalham brincando de esconder-se.
Tenho tanto sorte,
sou mesmo abençoado:
a pequena lagartixa
é um duende
sem guizos no rabo.

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