Das Bodegas
Áspera
a fragrância precária
ensaia sonora gargalhada
gorgulhos navegam orgulhosos
em um copo de cachaça
tudo é balcão, arre! Tudo é
uma chuva densa cai lá fora
não se vê muito pela janela
outrora caia ali o corpo de Barnabé
mil demônios o esperavam do lado de lá
há quem diga que de vez em quando ele se levanta
e se aproxima balançando nos bolsos
algumas pedras de gelo
é um ato falho as mãos
procurarem medir com os dedos
e as unhas o medo de um anão
diante da grande vadiagem
é melhor deixar que a carroça
carregue seus ossos sem permissão
Marcos: fiquei à procura de uma narrativa. Mas não se trata de um evento. Procurei uma crítica da dura realidade, há, mas não é o principal. Então terminei com uma bodega nas mãos, com a mercadoria única, a pobreza de prateleiras, balcões e gorgulhos e o contumaz personagem cuja história é inarrável, se confunde com a própria instituição.
ResponderExcluirMarcos leonel, estou tentando entrar em contato contigo pelo seu celular fornecido da OI, e só dá desligado ou fora de área. Precisamos gravar o mais rápido possível, amigão! veja aí um novo número ou como posso fazer para te localizar!
ResponderExcluirURGENTE,
Dihelson Mendonça