Dos Hemisférios
Por tantos anos
Eu bati naquelas portas
Por tantos anos
Ninguém fez ranger
Nenhuma dobradiça
Por tantos anos
Nenhum grunhido
Dissoluto ao meu redor
Nem por menor que seja
Nehuma fresta compelida
Não vou mais
Alimentar morcegos
Que meus intestinos
Me escutem e que minha
Bexiga seja pertinente
Agora vou cruzar o árido
E o campo dos suprimidos
Vou em busca do vale onde
Dizem que o hipotálamo
Tem um elmo cor de melro
Já de agora olha e vê
Sombreando a floresta
A chapada onde os cavalos
De Aquiles choram por Kaváfis
A morte prematura
Por tantos anos
Estarei lá pisoteando ranhuras
Por tantos anos
Hei de serpentear encostas
Em busca dos idos
Poema dedicado a
Domingos Barroso; Carlos Rafael;
Socorro Moreira e José do Vale;
que são pródigos em lembrar...
Opa !
ResponderExcluirMarcos e Aninha . Um casal de meninos , filhos de Teca Leonel , que passeava , bem cuidadíssimos e lindos , na Rua da Vala , nos meus tempos de adolescência.
Naquele tempo , nem imaginava , que nos reencontraríamos , no beco de um poema.
Viu , menino ?
Conheço-te de todos os tempos !
Beijo !
Bravo, meu camarada.
ResponderExcluirA Poesia nos é valiosa.
Abraços.
"Ao poeta urbano, que fala com tanta propriedade e personalidade, sei que decerto, nunca morrerá! Posso imaginar daqui a 100 anos pessoas assim como eu, a se arrepiarem ante estas belas flores do mal...a cada novo poema, a naturalidade que beija a própria perfeição."
ResponderExcluirAbraços,
Dihelson Mendonça
Brindemos a vida
ResponderExcluirCom um cálice de prata
Transbordante de poesia