Dos Mistérios
Afetado o alfinete
Paira absoluto
Refletindo o que
Parece ser através
Do reflexo da redoma
Na sua propriedade
De estagnar o signo
Atravessando o plexo
Do aracnídeo morto
Parece reter o imprevisível
Que se revela sideral
Mas como Antífon
Que escreveu sobre a verdade
Desconhece a própria
Natureza que defende:
As águas não se repetem
" As águas não se repetem"...
ResponderExcluirElas se misturam ... todas elas !
A água da dor é vermelha...
A mistura de todas as águas é branca !
Insisto na paz ...
Vamos tomar café com tapioca , num por-de-sol ?
Abraços
O Marcos Vinícius nomeia Mistério a este poema filosófico, apenas para que nós adentremos a persuassão deste homem sábio (sophoi) que, afinal, discute a verdade. Numa sutil linguagem, que nos remete à estagnação do imprevisível, como se o alfinete no plexo do espécime tivesse a capacidade, num tipo de burla dos movimentos que não se repetem e assim retivesse a verdade. Não é possível um tratado filosófico em alguns versos, mas Leonel parece cavoucar o edifício da verdade platônica (em seu horror à doxa (opinião) em favor da verdade (a opinião absoluta e claro a raiz de todos os absolutismos).
ResponderExcluirSocorro, insistir na paz é mais do que nobre, é mais do que necessário, é o que nos resta e o que nos basta.
ResponderExcluirVamos sim. Tapioca é massa, o sol então.
José do Vale, seus comentários são cirúrgicos, artísticos e críticos, no sentido de repletos de critérios. Ultimamente eu tenho lido os textos do blog e os seus comentários, tão fundantes e tão fundamentais.
ResponderExcluirabraços, irmão