É chegada a hora.
O bolso cheio de moedas.
A cabeça festiva de enfermo.
Sabe-se lá qual beco adiante
e em qual encruzilhada um novo blues.
Mas teimo febril atrás de gente.
Mesmo que seja uma farsa minha alegria.
Não vale a pena ficar cego
com os olhos na testa.
Já lancei longe as retinas remelentas.
Em minhas víceras remoídas
encontrei uma pérola que vale outra vida.
É chegada a hora.
Tenho muito apetite, meus caros.
Lá vou eu atrás de gente.
Mesmo que seja uma tragédia meu arrebatamento.
É chegada a hora.
Um, dois, três passos.
Caí no alçapão,
Ou subi ao cadafalso?
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