quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Instintos

Não entendo essa mediúnica saliva
que desce por minha faringe
me dá dor de barriga
e atinge
o cérebro.

Só percebo agora
que paro de respirar
quando um poema escrevo.

Morte súbita da alma.
Morte premeditada do corpo.

2 comentários:

  1. Gosto quando migra da poesia mítica humana ao terreno comum, humano, mortal e por isso mesmo encantador. O verdadeiro poeta põe os olhos e a pena em todas as suas possibilidades. Parabéns meu caro.

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  2. Domingos , quando o poema flui , a sensação é orgástica .Nem sempre o gozo tem infinitude... Mas o corpo e a alma , suspiram aliviados !

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