sábado, 15 de novembro de 2008

Na concha da mão ...



Na concha da mão

Tenho a minha ostra
quase afrodisíaca
Dentro de mim tenho a pérola
que eu encontro por aqui.
Resvalamos os sentidos ...
O limite é derivado
a derivada é o encanto
de te ver pelo caminho !

Sensualidade

Não combina com luxúria
Combina com o olhar
com a delicadeza do toque
Com o bigode ...
Com o andar
Combina com suavidade ...
Precisa não saber ser
Precisa reter ...
O carinho !

Combina com cheiro
que o vento traga e distribue
Cheiro de rosa esmagada
Cheiro de alma limpa
Cheiro de carne
banhada nas cascatas
Sensualidade é vermelha-cetim
É um passo atrás de mim
que eu alcanço na saudade
É a maciez da neblina
A gota que brota
no poro que agita
É a nudez coberta de pejo ...
É a veste rasgando a nudez.
Sensualidade é o tom
É o som...
É um murmúrio inaudível
É o desconhecido mais próximo ...
O olhar !
Uma luz no escuro
A sede de viver ...
Beber em todas as fontes
Traz o luar para mim !

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