terça-feira, 18 de novembro de 2008

O outro lado do oceano

Não ouse enfrentar a ventania.
Nem pégaso consegue.
Por mais apedrejado
sorrio dissimulado.
Meu espírito insone
não bebe nem usa droga.
Mas, meu deus, como é infernal.
Não me deixa dormir,
não larga dos meus dedos.
Tenho dó do galo
que morreu sufocado
da própria angústia.
Cantava tanto de madrugada.
E nenhum lunático se compadecia.
Agora é minha voz perdida.
Ouço tambores pelos terreiros.

2 comentários:

  1. É lendo algo assim que volta sempre a lembrança de que o que se sabe não é nada perto do que se pode aprender...

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  2. Domingos ... quanta angústia transformada em poesia !


    Aprendo na tua cartilha !


    Abraços.

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