O Vaticano anunciou nesta quinta-feira (30/10) que recorrerá a psicólogos para avaliar se os candidatos dispostos a entrar nos seminários são homossexuais.
Em um documento divulgado pela Congregação para a Educação Católica, o Vaticano considera que o emprego de psicólogos pode ser "útil em certos casos".
Entre os sintomas que os psicólogos deverão detectar estão "as dependências afetivas fortes", a "identidade sexual incerta" e "a tendência arraigada à homossexualidade", indica o texto.
A "rigidez de caráter" também está entre as preocupações da hierarquia da Igreja no momento de selecionar os futuros sacerdotes.
O recurso a psicólogos, que não farão parte do corpo docente, deverá contar com "o consentimento prévio, livre e explícito do candidato" a sacerdote, indica a instrução.
O documento, que tem o título "Orientações para o uso das competências da psicologia na admissão e formação dos candidatos ao sacerdócio", foi preparado durante seis anos e aprovado pelo papa Bento XVI.
Os psicólogos poderão dar um diagnóstico e indicar terapias caso se manifestem problemas psicológicos.
As medidas foram ordenadas pelo papa João Paulo II, depois da eclosão de vários escândalos de pederastia praticada por sacerdotes da Igreja Católica.
Os escândalos, em particular em Estados Unidos, América Latina e Europa, afetaram a imagem da Igreja Católica, que em alguns países foi obrigada a pagar indenizações milionárias.
A doutrina católica considera a homossexualidade algo intrinsecamente equivocado e a nova disposição considera que homossexuais não poderão se tornar sacerdotes.
"Muitas incapacidades psicológicas mais ou menos patológicas se pronunciam apenas depois da ordenação como sacerdote", admite o livreto de 17 páginas. "Os erros em discernir a vocação não são raros", enfatiza.
O Vaticano limita o uso de psicólogos na seleção e formação de seminaristas e descarta a realização de testes.
Igualmente adverte que os psicólogos deverão aderir ao "conceito cristão da personalidade humana", principalmente em questões como celibato e sexualidade.
"Isso é puro racismo, a típica obsessão homofóbica da hierarquia eclesiástica", reagiu Franco Grillini, presidente da associação homossexual italiana, Gaynet.
"A orientação sexual de um padre deveria ser irrelevante, já que o que a igreja exige é sua castidade. Uma medida assim contribui apenas para alimentar a exclusão", acrescentou.
Para alguns o desejo de afastar a cultura gay dos seminários, onde esse fenômeno se manifestou, acaba por esconder o problema sem resolvê-lo.
Outra associação italiana de homossexuais, Arcigay, se ofereceu para assessorar o Vaticano para detectar os homossexuais latentes, em um comunicado divulgado na imprensa.
"Se o problema existe nos seminários, também está entre os sacerdotes consagrados. Nós nos oferecemos para ajudar a reconhecer todos os homossexuais que se refugiam no Vaticano. Os palácios sagrados vão tremer", anunciaram em tom provocador.
"A homossexualidade ainda que não praticada é um desvio, uma irregularidade, uma ferida", reiterou o cardel Zenon Grocholewski, prefeito da congregação vaticana para a educação.
Pense numa medidazinha de fácil exequibilidade !E os homens todos não foram feitos à imagem e semelhança divina ? Qué que aconteceu? Não devemos amar o próximo quanto a nós mesmos, independentemente de quaisquer preconceitos? Os que estão dentro e já são do sindicato estão temendo a concorrência dos que estão chegando? Só porque têm que pagar uma pensão alimeticiazinha aos michês de plantão ? E os hetero lá dentro permanecerâo castos e não atacarão nenhuma adolecentizinha ? E as mulheres , por que não podem ser sacerdotes? Por que menstruam e o sangue é impuro? Esperava-se mais dos procuradores exclusivos de Jeová!
ResponderExcluir'O diabo veste Prada', mas o Papa não
ResponderExcluirPlantão | Publicada em 26/06/2008 às 15h33m
Reuters
ROMA - Após especulações de que o Papa Bento XVI usava sapatos da grife Prada, o jornal oficial do Vaticano negou a história, chamando-a de "frívola".
No ano passado, a revista Esquire classificou os sapatos do pontífice de 81 anos como o "acessório do ano". Os fashionistas diziam que os calçados de couro vermelho provavelmente eram feitos pela maison italiana.
Como o Vaticano não negava nem confirmava a informação, os rumores continuaram a circular, até que o Osservatore Romano publicou uma nota condenando as matérias que, segundo o jornal, deram um ar de futilidade à autoridade máxima da Igreja Católica.
A inclusão do papa na lista da Esquire de homens mais bem vestidos do mundo foi, segundo o jornal, "de uma frivolidade que é muito característica de uma era que tende a banalizar e não compreender".
" Resumindo, o papa não veste Prada, mas Cristo "
O artigo explica que os sapatos do papa, assim como sua coleção de chapéus extravagantes, não têm nada a ver com vaidade, mas sim com tradição. "Resumindo, o Papa não veste Prada, mas Cristo", disse.
O artigo não especificou quem faz os sapatos.
As roupas de Bento XVI costumam chamar atenção. Em recentes passagens pela praça São Pedro, ele se protegeu do sol com um chapéu de enorme aba conhecido como "Saturno", devido aos anéis do planeta.
Por volta do Natal de 2005, ele encantou os romeiros ao aparecer com um gorro vermelho e uma capa escarlate, fazendo com que se parecesse com Papai Noel.
O Osservatore informou que os acessórios estão longe de ser itens fashion. Na verdade, são peças papais tradicionais, usadas por diferentes pontífices ao longo da história.
Ahahahahahah
ResponderExcluirRepresentante de Deus na terra, é ?
DEUS NÃO É BANAL.
DEUS ESTÁ TÃO LONGE DE FRIVOLIDADES HUMANAS...
Abraços,
DM
Zé, seu comentário é uma verdadeira epístola aos gentios da teologia, quanta ignorância, quanta contradição, quanta leviandade, quanta cara-de-pau. E os reacionários de Maria? E a contrição dos benditos? Por onde andam os ordenadores da fraternidade infinita?
ResponderExcluirNão há maior hipocrisia do que o celibato. Será que a igreja imagina que alguem de sã consciencia acredita nessa conversinha. A descriminação vai piorar colocar a igreja em maus lenções.
ResponderExcluirNa verdade, a notícia divulgada pelo "Correio Braziliense" destoa em muito da divulgada pelo Vaticano. Esta última se limita a informar a introdução da psicologia no discernimento vocacional dos seminaristas. Na prática, um teste de aptidão vocacional, como ocorre nas demais formações universitárias:
ResponderExcluirConfira abaixo:
"Vocação sacerdotal: ajuda da psicologia no discernimento vocacional
Cidade do Vaticano, 30/10/2008 - Realizou-se esta manhã, no Vaticano, a coletiva de imprensa para a apresentação do novo documento da Congregação para a Educação Católica. O documento é intitulado: ”Orientações para a utilização das competências psicológicas na admissão e na formação dos candidatos ao sacerdócio”.
A finalidade do documento é disciplinar a aplicação das ciências psicológicas no processo de discernimento dos candidatos ao sacerdócio, para que sejam realmente úteis. Não se trata de confiar ao psicólogo a formação ao sacerdócio, que é e permanece essencialmente de natureza espiritual, mas valorizar o que as ciências humanas, em especial as psicológicas, podem oferecer como contribuição à preparação de sacerdotes com personalidades humanamente equilibradas.
O documento analisa alguns empecilhos para o sacerdócio, como fortes dependências afetivas, excessiva rigidez de caráter, falta de lealdade e identidade sexual incerta. Cada problema requer uma solução diferente, que pode envolver psicólogo, psiquiatra, psicoterapeuta, psicoanalista. As ciências psicológicas devem ajudar no discernimento, integrando-se ao quadro da global formação dos candidatos, mas jamais devem substituir os formadores do seminário.
Para o sacerdote Carlo Bresciani, psicólogo e consultor da Congregação, ”os problemas a respeito são muitos e diversificados. Justamente por isso, na hora do discernimento, é importante estar aberto ao transcendente, compreender e compartilhar os valores próprios da antropologia cristã e compartilhar, por exemplo, o sentido e a importância da castidade. Isso pode contribuir a ajudar um caminho vocacional”.
Sobre o argumento, o secretário da Congregação, mons. Jean-Louis Brugués, afirmou que ”muitas vezes os problemas não aparecem na adolescência, mas se manifestam com a idade. Por isso, o tipo de ajuda deve ser de acordo com o problema que se apresenta”.
Fonte: Rádio Vaticano