meno(r)pausaa
mínima pausa
resolve a questão.
Tensões migram
Lavro a pauta
Pinto-a de vermelho
Agonia pouca
é besteira !
No azul da gilete
raspo o negro
Cortei-me tantas vezes
Deixei a vida inteira .
Tenho sindróme de algum naipe
De longe , enxergo o pensamento
Mando o verbo pacificar o tempo
De tédio me farto
Mania de costurar
meus hábitos
Tem café na bodega da esquina
Pinga bem , na capeça do povo
Hienas
nos bosques de Viena
Torci meu pé-de-valsa
Calcanhar de Aquiles ,
detonado !
Luz acesa , em pleno meio dia
Light é a cor da alegria
É caro viver
Barato é esclarecer.
Preciso amputar
palavra, por palavra
a besteira dos meus versos
Perdi o prumo ,
no gosto do consumo
Grisalhos são os gatos
quando a noite é parda .
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