sábado, 15 de novembro de 2008

Pescoço de galinha

Tenho endiabrada vontade
de torcer o pescoço
de muita gente.
Torcer até estalar.
Gente que se imagina
impecável e incólume.
Mas na verdade rasteja
morrendo de medo do arrebatamento.
Vivo entre tanta gente perigosa
que uso luvas para o momento certo.
Torcer o pescoço e não sujar o esmalte.

4 comentários:

  1. rsrsr Domingos, sua poesia devia ser recitada antes de cada ceia. Um brado da vontade outro do controle sobre ela, mas antes de tudo a verdade em forma de poesia.
    Parabéns.

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  2. Quando a gente não torce o pescoço , torce a língua . E vira a cara, e esquece ...o encosto sai do nosso lado.

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  3. É preciso que ao torcer o pescoço de alguém, não incorramos no risco de torcer e quebrar a própria mão...

    Abraços, Poeta!

    DM

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  4. Mesmo com a mão quebrada,
    torçamos com os pés.
    Abraços, meu camarada.

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