terça-feira, 25 de novembro de 2008

Saudades embutidas

Novas caixas amontoam-se.
Caixas marrons de todos os gêneros e texturas.
Sabe-se lá o que guardado.
Talvez apostilas de vestibular,
envelopes encardidos, poemas amputados,
certidões, receitas médicas, uma carta amorosa.
O mistério é como essas caixas marrons
surgem e preenchem todas as dimensões.
Com o tempo não terei espaço para largar os pés pelas paredes.
O negócio então é encolher-me feito embuá no inverno.

Um comentário:

  1. Existem momentos em que os expurgos são necessários.
    Deixe clean o ambiente , como consegue ser , a sua arte !


    Domingos é um redentor , no submundo das traças e baratas .

    As caixas marrons
    depois de queimadas
    deixam a vida
    no mínimo ,
    pela metade ...
    Retire-as da sala ,
    e da saudade ...
    ocupe esse espaço
    com uma cadeira de preguiça,
    e continue fazendo versos ,
    fugindo de toda mesmice ...
    Você é original demais
    para o meu lirismo ...
    Quando afeta ,
    eu falo ...
    Quando me encanta ,
    eu sinto !


    Abraços , meu lindo !

    ResponderExcluir