terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Carruagem

Carruagem de invisíveis cavalos
arrasta-me por capinzais adentro
bambuzais adentro
canaviais adentro
e por trás da minha nuca
explodem estrelas cadentes.
Carruagem de invisíveis cavalos
arrasta-me por carnaubais adentro
oiticicas adentro
mamoneiras adentro
e me despeja no Vale
onde me deparo com a primeira fonte
e bebo da água sagrada.
A carruagem se foi,
mas os cavalos invisíveis
brincam, pastam e tremem.

2 comentários:

  1. belas palavras poeta!e obrigado por passar no meu blog e comentar meus escritos...

    paz e sorte!

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  2. Esse passeio na tua poesia , custou-me um sorriso e a leveza do espírito.

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