quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

"Che":Há quarenta anos morria o homem e nascia a farsa


"Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto." Há quarenta anos, no dia 8 de outubro de 1967, essa frase foi gritada por um guerrilheiro maltrapilho e sujo metido em uma grota nos confins da Bolívia. Nunca mais foi lembrada. Seu esquecimento deve-se ao fato de que o pedido de misericórdia, o apelo desesperado pela própria vida e o reconhecimento sem disfarce da derrota não combinam com a aura mitológica criada em torno de tudo o que se refere à vida e à morte de Ernesto Guevara Lynch de la Serna, argentino de Rosário, o Che, que antes, para os companheiros, era apenas "el chancho", o porco, porque não gostava de banho e "tinha cheiro de rim fervido".

Essa é a realidade esquecida. No mito, sempre lembrado, ecoam as palavras ditas ao tenente boliviano Mário Terán, encarregado de sua execução, e que parecia hesitar em apertar o gatilho: "Você vai matar um homem". Essas, sim, servem de corolário perfeito a um guerreiro disposto ao sacrifício em nome de ideais que valem mais que a própria vida. Ambas as frases foram relatadas por várias testemunhas e meticulosamente anotadas pelo capitão Gary Prado Salmón, do Exército boliviano, responsável pela captura de Che. Provenientes das mesmas fontes, merecem, portanto, idêntica credibilidade. O esquecimento de uma frase e a perpetuação da outra resumem o sucesso da máquina de propaganda marxista na elaboração de seu maior e até então intocado mito. Che tem um apelo que beira a lenda entre os jovens dos cinco continentes. Como homem de carne e osso, com suas fraquezas, sua maníaca necessidade de matar pessoas, sua crença inabalável na violência política e a busca incessante da morte gloriosa, foi um ser desprezível. "Ele era adepto do totalitarismo até o último pêlo do corpo", escreveu sobre ele o jornalista francês Régis Debray, que por alguns meses conviveu com Che na Bolívia.
Por suas convicções ideológicas, Che tem seu lugar assegurado na mesma lata de lixo onde a história já arremessou há tempos outros teóricos e práticos do comunismo, como Lenin, Stalin, Trotsky, Mao e Fidel Castro. Entre a captura e a execução de Che na Bolívia, passaram-se 24 horas. Nesse período, o governo boliviano e os americanos da CIA que ajudaram na operação decidiram entre si o destino de Guevara. Execução sumária? Não para os padrões de Che. Centenas de homens que ele fuzilou em Cuba tiveram sua sorte selada em ritos sumários cujas deliberações muitas vezes não passavam de dez minutos.
VEJA conversou com historiadores, biógrafos, antigos companheiros de Che na guerrilha e no governo cubano na tentativa de entender como o rosto de um apologista da violência, voluntarioso e autoritário, foi parar no biquíni de Gisele Bündchen, no braço de Maradona, na barriga de Mike Tyson, em pôsteres e camisetas. Seu retrato clássico – feito pelo fotógrafo cubano Alberto Korda em 1960 – é a fotografia mais reproduzida de todos os tempos.
O mito é particularmente enganoso por se sustentar no avesso do que o homem foi, pensou e realizou durante sua existência. Incapaz de compreender a vida em uma sociedade aberta e sempre disposto a eliminar a tiros os adversários – mesmo os que vestiam a mesma farda que ele –, Che é, paradoxalmente, visto como um símbolo da luta pela liberdade. Guevara é responsável direto pela morte de 49 jovens inexperientes recrutas que faziam o serviço militar obrigatório na Bolívia. Eles foram mobilizados para defender a soberania de sua pátria e expulsar os invasores cubanos, sob cujo fogo pereceram.
Tendo ajudado a estabelecer um sistema de penúria em Cuba, Che agora é apresentado como um símbolo de justiça social. Politicamente dogmático, aferrado com unhas e dentes à rigidez do marxismo-leninismo em sua vertente mais totalitária, passa por livre-pensador.
O regime policialesco de Fidel Castro não permite que aqueles que conviveram com Che e permanecem em Cuba possam ir além da cinzenta ladainha oficial. Por isso, apesar do rancor que pode apimentar suas lembranças, os exilados cubanos são vozes de maior credibilidade. O movimento que derrubou o ditador Fulgencio Batista, em 1959, não foi uma ação de comunistas, como pretende Fidel Castro. Boa parte da liderança revolucionária e dos comandantes guerrilheiros tinha por objetivo a instauração da democracia em Cuba.
Mas foi surpreendida por um golpe comunista dentro da revolução. Acabaram presos, fuzilados ou deportados. Desde o início, Che representou a linha dura pró-soviética, ao lado do irmão de Fidel, Raul Castro. Na versão mitológica, Che era dono de um talento militar excepcional. Seus ex-companheiros, no entanto, lembram-se dele como um comandante imprudente, irascível, rápido em ordenar execuções e mais rápido ainda em liderar seus camaradas para a morte, em guerras sem futuro no Congo e na Bolívia.
Huber Matos, que lutou sob as ordens do argentino em Cuba, falou a VEJA sobre o fracasso de Che como comandante: "A luta foi difícil na primavera de 1958. A frente de comportamento mais desastroso foi a de Che. Mas isso não o afetou, porque era o favorito de Fidel, que nos impedia de discutir abertamente o trabalho pífio de seu protegido como guerrilheiro". Pouco depois do triunfo da guerrilha, ao perceber os primeiros sinais de tirania, Huber renunciou a seu posto no governo revolucionário e informou que voltaria a ser professor. Preso dois dias depois, passou vinte anos na cadeia. Vive hoje em Miami. À moda soviética, sua imagem foi removida das fotos feitas durante a entrada solene em Havana, em que aparecia ao lado de Fidel e Camilo Cienfuegos, outro comandante não comunista desaparecido em circunstâncias misteriosas nos primórdios da revolução.
Nomeado comandante da fortaleza La Cabaña, para onde eram levados presos políticos, Che Guevara a converteu em campo de extermínio. Nos seis meses sob seu comando, duas centenas de desafetos foram fuzilados, sendo que apenas uma minoria era formada por torturadores e outros agentes violentos do regime de Batista. A maioria era apenas gente incômoda.
Napoleon Vilaboa, membro do Movimento 26 de Julho e assessor de Che em La Cabaña, conta agora ter levado ao gabinete do chefe um detido chamado José Castaño, oficial de inteligência do Exército de Batista. Sobre Castaño não pesava nenhuma acusação que pudesse produzir uma sentença de morte. Fidel chegou a ligar para Che para depor a favor de Castaño. Tarde demais. Enquanto dava voltas em torno de sua mesa e da cadeira onde estava o militar, Che sacou a pistola 45 e o matou ali mesmo com balaços na cabeça.
Em outra ocasião, Che foi procurado por uma mãe desesperada, que implorou pela soltura do filho, um menino de 15 anos preso por pichar muros com inscrições contra Fidel. Um soldado informou a Che que o jovem seria fuzilado dali a alguns dias. O comandante, então, ordenou que fosse executado imediatamente, "para que a senhora não passasse pela angústia de uma espera mais longa".
Em seu diário da campanha em Sierra Maestra, Che antecipa o seu comportamento em La Cabaña. Ele descreve com naturalidade como executou Eutímio Guerra, um rebelde acusado de colaborar com os soldados de Batista: "Acabei com o problema dando-lhe um tiro com uma pistola calibre 32 no lado direito do crânio, com o orifício de saída no lobo temporal direito. Ele arquejou um pouco e estava morto. Seus bens agora me pertenciam". Em outro momento, Che decidiu executar dois guerrilheiros acusados de ser informantes de Batista. Ele disse: "Essa gente, como é colaboradora da ditadura, tem de ser castigada com a morte". Como não havia provas contra a dupla, os outros rebeldes presentes se opuseram à decisão de Che. Sem lhes dar ouvidos, ele executou os dois com a própria pistola. Essa frieza e a crueldade sumiram atrás da moldura romântica que lhe emprestaram, construída pelos mesmos ideólogos que atribuíram a ele a frase famosa – "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás". Frase criada pela propaganda esquerdista.
Como o jovem aventureiro que excursionou de motocicleta pelas Américas se tornou um assassino cruel e maníaco? O jornalista americano Jon Lee Anderson, autor da mais completa biografia de Che, escreveu que ele era um fatalista – e esse fatalismo aguçou-se depois que se juntou aos guerrilheiros cubanos. "Para ele, a realidade era apenas uma questão de preto e branco. Despertava toda manhã com a perspectiva de matar ou morrer pela causa", afirma Anderson.
Ernesto Guevara Lynch de la Serna nasceu em 14 de maio de 1928, em uma família de esquerdistas ricos na Argentina. Sofreu de asma a vida inteira. Antes de se formar em medicina, profissão que nunca exerceu de fato, viajou pela América do Sul durante oito meses. Depois de terminada a faculdade, saiu da Argentina para nunca mais voltar. Encontrou-se com Fidel Castro no México, em 1955, onde aprendeu técnicas de guerrilha. No ano seguinte, participou do desembarque em Cuba do pequeno contingente de revolucionários. Depois de dois anos de combates na Sierra Maestra, Fidel tomou o poder em Havana.
Che ocupou-se primeiro dos fuzilamentos e, depois, da economia, assunto do qual nada entendia. José Illan, que foi vice-ministro de Finanças antes de fugir de Cuba, contou a VEJA que o argentino "desprezava os técnicos e tratava a nós, os jovens cubanos, com prepotência". No comando do Banco Central e depois do Ministério da Indústria, Che começou a nacionalizar a indústria e foi o principal defensor do controle estatal das fábricas. "Che era um utópico que acreditava que as coisas podiam ser feitas usando-se apenas a força de vontade", diz o historiador Pedro Corzo, do Instituto da Memória Histórica Cubana, em Miami. Como resultado de sua "força de vontade", a produção agrícola caiu pela metade e a indústria açucareira, o principal produto de exportação de Cuba, entrou em colapso. Em 1963, em estado de penúria, a ilha passou a viver da mesada enviada pela então União Soviética.
Não havia mais o que Che pudesse fazer em Cuba. Era ministro da Indústria, mas divergia de Fidel em questões relativas ao desenvolvimento econômico. De maneira simplista, ele acreditava que incentivos morais tinham maiores probabilidades de estimular o trabalho. Che também se tornou crítico feroz da União Soviética, da qual o regime cubano dependia para sobreviver. Não por discordar do Kremlin, mas porque julgava os soviéticos tímidos na promoção da revolução armada no Terceiro Mundo. Para se livrar dele, Fidel o mandou como delegado à Assembléia-Geral das Nações Unidas em 1964. No ano seguinte, Che foi secretamente combater no Congo, à frente de soldados cubanos. Ali, paralisado por incompreensíveis rivalidades tribais, derrotado no campo de batalha e abatido pela diarréia, Che propôs a seus comandados lutar até a morte. Mas foi demovido do propósito pela soldadesca, que não aceitou o sacrifício numa guerra sem sentido.
Daí em diante o argentino tornou-se uma figura patética.
Em Havana, Fidel divulgara a carta em que ele renunciava à cidadania cubana e anunciava sua disposição de levar a guerra revolucionária a outras plagas. Pego de surpresa pela leitura prematura do documento, Che ficou no limbo, sem ter para onde voltar. "Sua vida foi uma seqüência de fracassos", disse a VEJA o historiador cubano Jaime Suchlicki, da Universidade de Miami. "Como médico, nunca exerceu a profissão. Como ministro e embaixador, não conseguiu o que queria. Como guerrilheiro, foi eficiente apenas em matar por causas sem futuro." Na falta de opções, Che escolheu a Bolívia para sua nova aventura guerrilheira.
Ele lutaria em território montanhoso e inóspito, imerso na selva, sem falar o dialeto indígena dos camponeses bolivianos. O plano original era adentrar, pela fronteira, a província argentina de Salta. Mas um contigente exploratório foi aniquilado rapidamente pelo exército daquele país. A missão boliviana era, de todos os pontos de vista, suicida. Ainda assim, Fidel a apoiou, a ponto de designar alguns soldados de seu exército para o destacamento guerrilheiro. O ditador cubano também equipou e financiou a expedição, com a qual manteve contato até que seu fracasso se tornou evidente.
Além da falta de apoio do povo boliviano, que tratou os cubanos chefiados por Che como um bando de salteadores, a expedição fracassou também pela traição do Partido Comunista Boliviano. VEJA perguntou a um de seus mais altos dirigentes dos anos 60, Juan Coronel Quiroga: "O PCB traiu Che Guevara?". Resposta de Quiroga: "Sim". A explicação? "Nosso partido era afinado com Moscou, onde a estratégia de abrir focos de guerrilha como a de Che estava há muito desacreditada." Quiroga era amigo pessoal do então ministro da Defesa da Bolívia e conseguiu que as mãos do cadáver de Che Guevara fossem decepadas, mantidas em formol e entregues a ele. "Por anos guardei as mãos de Che debaixo da minha cama em um grande pote de vidro. Um dia meu filho deparou com aquilo e quase entrou em pânico", conta Quiroga. Anos mais tarde, coube a Quiroga a missão de entregar o lúgubre pote com as mãos de Guevara à Embaixada de Cuba em Moscou.
A morte de Che foi central para a estabilização do regime cubano nos anos 60, de acordo com o polonês naturalizado americano Tad Szulc, na sua celebrada biografia de Fidel. O fim do guerrilheiro argentino ajudou o ditador a pacificar suas relações com Moscou e ainda lhe forneceu um ícone de aceitação mais ampla que a própria revolução. O esforço de construção do mito foi facilitado por vários fatores. Quando morreu, Che era uma celebridade internacional. Boa-pinta, saía ótimo nas fotografias. A foto do pôster que enfeita quartos de milhões de jovens foi tirada num funeral em Havana, ao qual compareceram o filósofo francês Jean-Paul Sartre – que exaltou Che como "o mais completo ser humano de nossa era" – e sua mulher, a escritora Simone de Beauvoir. A foto de 1960 só ganhou divulgação mundial sete anos depois, nas páginas da revista Paris Match. Dois meses mais tarde, Che foi morto na selva boliviana e Fidel fez um comício à frente de uma enorme reprodução da imagem, que preenchia toda a fachada de um prédio público cubano. Nascia o pôster.
Três fatos ajudaram a consolidar o mito. O primeiro foi a morte prematura de Che, que eternizou sua imagem jovem. Aos 39 anos, ele estava longe de ser um adolescente quando foi abatido, mas a pinta de galã lhe garantia um aspecto juvenil. O fim precoce também o salvou de ser associado à agonia do comunismo. A decadência física e política de Fidel Castro, desmoralizado pela responsabilidade no isolamento e no atraso econômico que afligem o povo cubano, dá uma idéia do que poderia ter acontecido com Che, que era apenas dois anos mais jovem que o ditador.
O segundo fato foi a ajuda involuntária de seus algozes. Preocupados em reunir provas convincentes de que o guerrilheiro célebre estava morto, os militares bolivianos mandaram lavar o corpo e aparar e pentear sua barba e seu cabelo. Também resolveram trocar sua roupa imunda. Tudo isso para poder tirar fotos em que ele fosse facilmente identificado. O resultado é um retrato com espantosa semelhança com as pinturas barrocas do Cristo morto de expressão beatificada. A terceira contribuição recebida pelos esquerdistas na construção do mito veio do contexto histórico. Che morreu às vésperas dos grandes protestos em defesa dos direitos civis, da agitação dos movimentos estudantis e da revolução de costumes da contracultura – turbulências que marcaram o ano de 1968. Era um personagem perfeito para ser símbolo da juventude de então, que se definia pela "determinação exacerbada e narcisista de conseguir tudo aqui e agora", como escreveu o mexicano Jorge Castañeda, em sua biografia de Che. A história, no entanto, mostra que o homem era muito diferente do mito. Mas quem resiste? Neste mês, nos Estados Unidos, o cubano Gustavo Villoldo, chefe da equipe da CIA que participou da captura do guerrilheiro, vai leiloar uma mecha de cabelo de Che.
Se houve um ganhador da Guerra Fria, foi Che Guevara. Ele morreu e foi santificado antes que seu narcisismo suicida e os crimes que decorreram dele pudessem ser julgados com distanciamento, sob uma luz mais civilizada, que faria aflorar sua brutalidade com nitidez. Pobre Fidel Castro. Enquanto Che foi cristalizado na foto hipnótica de Alberto Korda, ele próprio, o supremo comandante, aparece cada dia mais roto, macilento, caduco, enquanto se desmancha lentamente dentro de um ridículo agasalho esportivo diante das lentes das câmeras da televisão estatal cubana.
O método de luta política que Guevara adotou já era errado em seu tempo. No rastro de suas concepções de revolução pela revolução, a América Latina foi lançada em um banho de sangue e uma onda de destruição ainda não inteiramente avaliada e, pior, não totalmente assentada. O mito em torno de Che constitui-se numa muralha que impediu até agora a correta observação de alguns dos mais desastrosos eventos da história contemporânea das Américas. Está passando da hora de essa muralha cair.

(Veja, 07-10-2007)

4 comentários:

  1. ALGUMAS CARTAS ENVIADAS Á REVISTA COMENTANDO ESTA MATÉRIA:

    oOo

    Até que enfim se elevam vozes "neste país" para revelar a verdade sobre o assassino sanguinário que foi Ernesto Guevara, tão equivocadamente festejado como um herói romântico ("Che – Há quarenta anos morria o homem e nascia a farsa", 3 de outubro). Espero que a reportagem sirva para esclarecer aos jovens que a tal imagem fotográfica do Che, utilizada como um símbolo de grandeza idealista, não passa de uma farsa bem engendrada. Preparem-se, porém, para as bordoadas dos esquerdófilos e mal-intencionados.
    Wanderley Demenato Sgarbi
    Santos, SP
    oOo

    Morei em Cuba por um período e visitei os cantos mais remotos do país. Conheci pessoalmente viúvas e órfãos de camponeses fuzilados por Che Guevara pelo simples fato de se recusarem a entrar em seu movimento armado. Uma das viúvas me disse que, antes de Che fuzilar seu marido, ouviu dele próprio que ia livrá-la de um traste, pois quem não ama sua pátria a ponto de morrer por ela não merece as filhas dessa pátria. Che foi um assassino sanguinário cruel e vil; tapar os olhos para as atrocidades que ele cometeu e elevá-lo ao status de herói é completar sua obra sanguinária fuzilando com o mesmo desprezo e indiferença a dor das famílias de suas vítimas. Che está para Cuba como Hitler para a Alemanha, como Pinochet para o Chile, como Jorge Videla para a Argentina, como Idi Amin para Uganda, um verdadeiro déspota, um tirano.
    Eusecr Santos
    Cerquilho, SP

    oOo
    Sou argentino de nascimento morando no Brasil há 36 anos e, portanto, conterrâneo desse mitificado sujeito chamado Che Guevara. O estupendo texto de VEJA ajuda a ensinar o que foi esse indivíduo em realidade. Um enfermo mental, com inclinações perversas, idiota útil do decrépito Fidel. Os exemplos publicados por VEJA são simplesmente uma pequeníssima parte das atrocidades que era capaz de cometer esse homem-besta. Há uma infinidade de depoimentos de ex-companheiros dele, os quais dão testemunho de sua sede de sangue e morte. Está mais do que claro que ele era um verdadeiro covarde e que, na hora de morrer, não o fez valentemente, querendo trocar sua vida podre pela "doação" de informação. Fico feliz por essa publicação e espero que sirva para esclarecer a muitos que ainda ostentam a camiseta, ensangüentada, com a cara desse marginal assassino.
    Victor G. A. de Oliveyra
    Rio Claro, SP

    oOo
    Desde jovem, sempre tive meu ponto de vista a respeito desse pseudolibertador dos oprimidos. Mas, por essas coincidências que a vida nos reserva, ele só veio a materializar-se em 1998 (aos 48 anos). Estávamos eu e outro engenheiro indo de Santa Cruz de la Sierra em direção ao vilarejo de La Cañada para inspecionar o local de uma barragem. Perdidos naquela vastidão dos altiplanos bolivianos, de repente, no lado esquerdo, vi uma placa em que estava escrito "Vallegrande" e perguntei ao engenheiro se era a mesma cidade para onde tinha sido levado o corpo de Che, e a resposta foi afirmativa. Desde então concluí que só mesmo um desvairado teria a idéia de fazer uma revolução naquele rincão quarenta anos atrás, ainda hoje um ponto perdido no mapa.
    Humberto Viana Guimarães
    Salvador, BA

    oOo
    Estive na Bolívia em 1969, quase um ano após a morte de Che. Por acaso, na ida de Santa Cruz de la Sierra a Cochabamba, passei algum tempo em Vallegrande, na subida dos Andes, pois ali por perto havia algumas ruínas incas que eu queria visitar. Naquela época, Vallegrande não era mais que um amontoado de poucos casebres, sem luz, calçadas ou ruas. Lá eu tive a oportunidade, aos 14 anos, de conhecer várias pessoas que conviveram com Che nos seus últimos dias da guerrilha. O relato delas, todas simples e muito pobres, batia 100% com o que VEJA publicou na semana passada. Algumas, inclusive, reclamavam com muita raiva que o grupo de Che não passava de uns safados ladrões de galinha. Naquela ocasião, percebi o abismo que há entre a propaganda e a realidade vivida por aqueles que realmente participaram da história.
    Antonio Carlos Belo Lisboa Neto
    Rio de Janeiro, RJ

    oOo
    Antes tarde do que nunca. Já havia perdido as esperanças no desmascaramento desse mito que tem empolgado a juventude (ignorante, diga-se, pois, se perguntada, desconhece totalmente o passado de Che), principalmente a juventude brasileira. VEJA sempre procurou ficar numa posição de independência e imparcialidade, e isso é o que tem dado credibilidade à revista. Incomodava-me não ter a publicação semanal abordado, até agora, o mito de Guevara.
    Antonio Garcia
    Rio de Janeiro, RJ

    oOO
    A reportagem desnuda, com fatos incontestáveis, o mito forjado sobre essa figura sanguinária e totalitária que foi Guevara. E que alguns intelectuais adestrados insistem em cultuar.
    José Ribamar Garcia
    Rio de Janeiro, RJ

    oOo
    Cumprimento VEJA pela coragem de enfrentar o "politicamente correto" e ter a ousadia de desmistificar o mito Che Guevara, que há quarenta anos engana a juventude mal informada.
    Felipe Aquino
    Lorena, SP

    oOo
    Excepcional a reportagem apresentando o verdadeiro Che – um cruel serial killer e incompetente guerrilheiro, administrador e político. É extremamente importante esclarecer os jovens, totalmente enganados pela mídia esquerdista. Deveria ser leitura recomendada nos estabelecimentos de ensino superior e objeto de debates.
    Daniel Acylino M. de Lima
    Rio de Janeiro, RJ

    oOo
    VEJA demonstrou ser a revista mais séria e corajosa ao mostrar a verdadeira personalidade desse patético mito chamado Che Guevara, ídolo de um exército de desinformados que o admiram simplesmente porque saiu bem na foto. Confesso que até eu, na minha ingênua adolescência, tive uma daquela célebre foto e o admirava porque achava que lutara contra a tirania.
    Claudio Takashi Oda
    Brasília, DF

    oOo
    Ponto para VEJA ao mostrar a face pouco divulgada de Che Guevara. Eu já tinha, há quase seis anos, destacado o caráter sanguinário do guerrilheiro, em resenha publicada no Jornal da USP, em novembro de 2001. Citei, na ocasião, trecho de seu diário em que ele afirma: "Uivando como um homem possesso, tomarei de assalto as barricadas ou trincheiras, mancharei com sangue minha arma e, louco de fúria, degolarei quantos vencidos caiam em minhas mãos. (...) Já sinto minhas narinas dilatadas, saboreando o odor acre da pólvora e do sangue". Mais uma vez, VEJA amplificou a informação.
    Sergio Amaral Silva
    Jornalista
    Guarujá, SP

    oOo
    Em minha vida de professor/pesquisador tenho tentado chamar a atenção das pessoas para as fotos ou filmes sobre Che. Sempre me intriguei ao perceber como aquela pessoa tão cínica poderia ter sido algo que valesse a pena lembrar. Creio que na bela reportagem falta somente esta palavra para estar perfeita: cínico.
    Marco Sacilotti
    Dijon, França

    oOo
    É uma pena que Che Guevara se tenha deixado levar pelo fanatismo à guerrilha e ao fictício ideal de uma revolução comunista. Apesar de ter virado mito, seu outro lado nunca será apagado. Enquanto a América Latina continuar sendo palco de ditadores e fracassadas tentativas de revolução inspiradas nos moldes socialistas, vai ser difícil sair dessa situação em que estamos. Parabéns a VEJA pela ótima matéria e por abrir os olhos de muitas pessoas que ainda acreditam que uma revolução esquerdista pode melhorar a situação de um continente subdesenvolvido.
    Laís Ferreira de Carvalho
    Maceió, AL

    oOo
    Finalmente a verdade aparece! Parabéns a VEJA pela esclarecedora história desse "símbolo" da esquerda que foi um dos maiores facínoras da América Latina, mas que infelizmente ainda tem quem o cultue.
    Marco Antonio Buslins
    Uruguaiana, RS
    oOo

    ResponderExcluir
  2. Sendo da VEJA, é Suspeito!

    E esses comentários só mostram os que falaram a favor. Sabe-se lá quantos zilhões falaram contra a reportagem e não publicaram, Armando ?

    Rapaz, que coisa é essa?
    A História contada à Luz da revista "VEJA" ?
    Pelamordedeus!

    DM

    ResponderExcluir
  3. Depois de tudo que a VEJA ja produziu e omitiu de ruin nesse pais alguem ainda acredita nessa revista??...
    Neste momento não tenho um amigo, visinho ou sequer conhecido que compra a revista, me pergunto como ela se mantem de pé...tá ai uma boa matéria, "A MÃO QUE BALANA O BERÇO, UM RELATO DAS FORÇAS QUE MANTEM A VEJA DE PÉ."

    comentario de um leitor, "o brasil será melhor quando a VEJA não mais existir"...concordo com ele.

    ResponderExcluir
  4. a veja é realmente uma grande piada...
    gente, por favor, onde ta o senso critico de vcs?!?

    ResponderExcluir