Fico procurando debaixo da escrivaninha
fantasmas e cascas de tangerina.
Alfinetada na unha encravada - serve.
Pente nas costas riscando nomes - também.
Preciso é desembrulhar o soluço.
Espatifar o olhar perdido nas hélices do ventilador.
Seguir até onde cegar a formiguinha escalando a porta.
Ela não tem força suficiente para girar a maçaneta.
Ela não quer sair, bobo.
Sei, ela quer que eu cegue.
Ou apague a luz.
"desembrulhar o soluço"...Deixá-lo acontecer ... Quando ele cessar... adormecer !
ResponderExcluirPô, velho, se você cegar, eu vou comer cru, não dá. Adoro seu cozido.
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