segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O dioptro

Existe um terreno baldio
Nos confins do destino
Onde os pórticos esfarelam
E os arrimos atrofiam

Só alguns peregrinos
Conseguem encontrar lá
Mapas desidratados e
Cajados evolvidos de válvulas

Não há lá cognição
Mais pesada que o ar
É preciso então evaporar
Da alma desejos e dejetos

Eponina esteve lá e lá
Desenvolveu a sublime arte
De extrair as sombras que
Torturam a luz dos candeeiros

4 comentários:

  1. a arte de extrair as sombras...
    eponina é a bruxa
    que comanda a noite
    mãe dos poetas e
    lunáticos em geral.
    aí vem o vento
    e balança as chamas do candeeiro
    e os dedos do lobo
    que descreve, nos confins do destino
    o mapa desidratado da poesia.

    muito bom man.

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  2. Esses versos encaixados
    que saltam os olhos para a imensidão...
    Suntuoso poema,
    meu camarada.
    Abraços.

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  3. Valeu The Lupas, não existe nada melhor do que um comentário em versos
    grandes.

    abraços

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  4. Grande Domingos, em noite inspirada, heim velho!?

    Língua solta, além dos trapos. Hoje a coisa tá boa demais.

    abraços, poeta

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