Anjo não sou
nem o desejo.
Mas amo as asas dos Serafins.
Minha aridez não é das planícies.
Dos pântanos.
Detrás dos galhos retorcidos
e dos lamentos dos corvos
uma lua cheia me comove.
Meu esqueleto ninguém leva nas costas.
Minha alma e minhas tolices
despojos aprisionados em uma arca.
Já fui pulverizado por trair a Verdade.
Resta-me cantar baixinho
seguindo os rastros dos Elfos e Sátiros.
Também adoro um vinho françês e um pedacinho de croissant.
Que viva o poeta fiel aos seus devaneios.
Também não sou do pântano
ResponderExcluirNem das montanhas
Sou do vale que começa
no sopé da serra
Aqui bem perto do Lameiro
Onde fiz minha morada
E onde já enterrei meu coração
O Pântano é ilusório.
ResponderExcluirUma imagem poética.
Saiba, irmão, que o Vale do Cariri é vasto e generoso: nele o meu umbigo já foi enterrado.
Abraços.