sábado, 27 de dezembro de 2008

Prometeu

Minha poesia é o fígado do mito grego
exposto ao sol e ao vento.
O que me deixa insaciável
de fato muito feliz
são as bicadas silenciosas
dos passarinhos.
Não há motivos para rastros
tampouco ruídos.
Bastam vir - meus passarinhos -
bicar, tirar um pedacinho
que logo se refaz o que foi perdido.

3 comentários:

  1. O que fazer, quando não se pode mais elogiar as coisas, como já dizia o poeta...

    Eis que ainda arrisco dizer que este poema foi muito bem inspirado. Talvez o seu poema mais "parnasiano" no que se refere à preferência pela mitologia grega. fazia um tempão que eu não ouvia mais falar sobre essa magnífica e incrível estória...mas que beleza de coveiro você é!

    Abraços, poeta!

    Dihelson Mendonça

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  2. Mitologia - grega ou outra qualquer -
    é mesmo fascinante. Já pensou roubar o fogo dos deuses, presentear aos humanos e ser castigado acorrentado em um cume com o fígado exposto aos abutres...
    Abraços, incansável Dihelson!

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  3. Pois é...

    Aqui nesta terra, às vezes temos que dar uma de "Prometeu" e ficar com o fígado exposto, mas ele sempre se regenera...rs rs

    Abraços, Poeta de todas as horas...

    DM

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