Sinto teus movimentos
Em pleno silêncio
Sinto sons inaudíveis
No avesso da noite
E se me rendo à palavra
E se me vem a esperança
Sou o todo ou a parte
Que a saudade inventou
Sou o brilho opaco
De uma alma tão simples
Sou quieta, sou branda
Fugidia, fugaz...
Eu sou flor, sou espinho
Nesse retocado espelho
O avesso, o direito
A vertigem do amor
Os meus poros, meu tato
Mapeiam-me a vida
Nesse espaço do sonho
Que a verdade deixou
E assim eu te sinto
Numa cena complexa
Para quebrar o silêncio
Neste verso final.
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Texto: por Claude Bloc
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