quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A realidade como ela é...


As agências de notícias divulgaram estas duas imagens feitas ontem, terça-feira,dia 27. Na primeira, Dilma Roussef, Lula, FHC e José Serra, unidos - os três últimos com "Kipás" (solidéus) na cabeça - participaram - na sinagoga Beit Yaakov, no bairro de Higienópolis, região central de São Paulo - de solenidade do dia internacional das vítimas do holocausto. É a quarta vez que o presidente Lula participa de cerimônias nesta data. Segundo as Agências de notícias o quarteto manteve cordial conversa , em meio a risadas e abraços.

O presidente Lula acende o Menorá. Em seguida fez discurso onde afirmou que " o reconhecimento de um Estado Palestino e da existência tranqüila do Estado de Israel, são condições para uma paz consistente na região". Enquanto isso, petistas-xiitas ficam postando nos blogs notas ingênuas contra FHC e tecendo loas esabujices a Lula...

3 comentários:

  1. MinoCarta: "O governo de Lula não foi e nem é de esquerda"

    Do blog do jornalista Mino Carta:

    O desenfreado Febeapá originado pelo Caso Battisti tem o poder de me desanimar. É a prova da ausência de uma opinião pública contemporânea do mundo, à altura de um país digno de ocupar o lugar que, de fato, lhe compete. Espanta-me a quantidade de pessoas que acreditam ser de esquerda e, de verdade, são fascistas.

    Confesso que nunca me deixei impressionar por muitos entre os dispostos a se dizerem esquerdistas. Talvez, a maioria. Haja vista algumas figuras exemplares. FHC, José Serra, Francisco Weffort (grande ideólogo do PT em suas origens), Roberto Freire, Jarbas Vasconcellos etc. etc. Jornalistas às pencas, professores universitários aos magotes. Etc. etc.

    Há também alguns heróis, gente de coragem e fé, como Marighella ou Joaquim Câmara Ferreira, mas são exceções, como são os jornalistas e os acadêmicos que permaneceram fiéis às suas origens, como Raimundo Pereira ou Duque Estrada.

    Quanto ao Lula, por quem tenho amizade e afeto, ele mesmo me disse no decorrer de uma entrevista de fins de 2005: “Você sabe que nunca fui de esquerda”. Pois acho que foi de esquerda sim, como cabe a um extraordinário líder sindical e ao fundador do Partido dos Trabalhadores, de saída baseado em uma plataforma ideológica muito avançada. Hoje prefere, porém, sair pela tangente.

    Pois é, Carta Capital apoiou a candidatura Lula em 2002 e 2006, pronta pagar um preço elevado a ser acusada, quid demonstrandum est, receber em troca a benesses publicitárias do novo governo. Contra todas as evidências, aliás. A semanal Carta Capital, de política, economia e cultura, teve volume de publicidade governista menor do que a quinzenal Exame, de business.

    Sem contar as suspeitas de empresários e publicitários, inclinados a crer que estamos aqui a pregar a subversão. Até hoje, vez por outra, somos qualificados como menestréis de Lula e de seu governo.O qual nunca deixamos de criticar, até asperamente, quando entendemos que a crítica se justificava.

    Diga-se que o governo de Lula não foi e nem é de esquerda, muito pelo contrário. Conservador, assim o define a The Economist, que de passagem o espinafra em relação ao Caso Battisti na edição desta semana. A política econômica, condenada por Carta Capital, desde os começos, favoreceu os mais ricos e a exploração bursátil, comandada por uma centena de pessoas.

    Na política social, outras decepções. É desta semana uma reportagem de Carta Capital, assinada por Sergio Lirio, motivada pelo aniversário do MST, a informar que em termos de assentamentos no campo o governo de Fernando Henrique foi mais eficaz que o de Lula.

    Quanto ao Bolsa Família, é a migalha a cair da mesa dos ricos e a sugerir tristes conclusões: bastam 50 reais para fazer a felicidade da maioria dos brasileiros. E isso diz tudo, no país que até hoje figura entre os de pior distribuição de renda, juntamente com Serra Leoa, Nigéria e outros quetais.

    A conjuntura econômica mundial por alguns anos favoreceu Lula e as nossas exportações, houve acertos inegáveis na construção de reservas conspícuas e na liquidação da dívida externa, embora seja forçoso reconhecer que o Brasil, ex-exportador de borracha, de açúcar, de café, hoje continua a exportar commodities. Soja e minério de ferro, este, aliás, sempre presente, já que somos donos de mais de 40% do ferro do mundo.

    Entramos, porém, em um ano muito difícil, mais do que se imaginou em um primeiro momento. Ao cabo deste sumário balanço, anoto que muito interessante, e positiva, foi a política internacional brasileira. Não precisávamos do Caso Battisti.

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  2. jose nilton mariano saraiva disse...
    Como o Zé Flávio tomou a iniciativa de colar lá no Cariricult a nossa postagem sobre o pensamento do Leonardo Boff tratando a respeito dos excessos do poder papal, originária aqui do Blogdocrato ( pelo que lhe somos gratos ), o Armando Rafael “pegou pesado”, lá, ao indagar: “Por que esses críticos da Igreja Católica – agnósticos, ateus e “livres pensadores” – não escrevem seus próprios pensamentos? Ao invés disso, colocam textos DE OUTRAS PESSOAS? DE TERCEIROS...” num recado não tão “mala direta” assim, já que não fomos citados textualmente.
    É estranho que o Armando, cobra criada e passada na casca-do-alho ignore que pessoas possam TRANSCREVER (usando as devidas aspas, evidentemente) frases ou textos com os quais concorde em gênero, número e grau e desde que citando a “fonte” respectiva (e na nossa postagem estão lá as aspas e, com todas as letras, a observação-Autor: Leonardo Boff);
    em segundo lugar, o Armando nos conhece muito bem e sabe que temos opiniões próprias e a coragem suficiente de externá-las, independentemente de quem esteja do outro lado (políticos, religiosos, poderosos e por aí vai);
    em terceiro lugar, o Armando peca por intolerância e incoerência porque, ele mesmo, num comentário recente lá no mesmo Cariricult, logo abaixo do texto sobre o Boff que ele critica, TRANSCREVEU uma extensa matéria extraída do Blog do jornalista Mino Carta ( que é amigo e admirador do presidente Lula da Silva mas que, vez por outra, quando não concorda com ele, mete o pau sem dó nem piedade, como deve ser, ao contrário de alguns parajornalistazinhos de quinta categoria, que se abrigam em outras publicações);
    e, finalmente, para que dúvidas não pairem sobre nossos posicionamentos, deixamos aqui o registro de um comentário que fizemos em resposta ao Morais, tratando a respeito do famoso Padre Cícero, sem que nos preocupemos se seremos ou não trucidados ou queimados vivo por seus seguidores:

    Morais,

    "O Padre Cícero, ao seu tempo, foi uma figura inteligente, esperta, viva, manipuladora e calculista que, culto e em meio a uma massa ignara, manobrou esta com imensa maestria e competência, objetivando satisfazer ambições pessoais de cunho político, daí sua "penalização" pela Igreja (a hierarquia teria sido afrontada e desrespeitada).
    O principal "milagre" que lhe foi atribuído, antes de tornar-se o atual mito midiático, aquele da transformação da hóstia em sangue na boca da beata Mocinha, é de uma fragilidade e inconsistência a toda prova.
    Deverá ser reabilitado, perdoado e canonizado no futuro, é verdade, por duas simples razões: a Igreja, adoradora do vil metal e adepta do lucro fácil, tende a explorar à exaustão os coitados dos "romeiros", deixando-os literalmente na lona e mais miseráveis ainda, contando para tanto com a retórica ensaiada dos seus "multiplicadores" (bispos e padres, devidamente enquadrados), já que a perda galopante de adeptos é uma realidade que preocupa até o Papa; e contará, também, com a ajuda de uma mídia carente de mitos e heróis, principalmente a TV, que só objetiva, também, faturar em cima da tal mitologia. Não é sem razão que os empresários de Juazeiro se fizerem podres de ricos em cima disso. Pura questão mercantil.
    Agora, o "verdadeiro milagre" do Padre Cícero é que, em sendo cratense, é reverenciado pelos juazeirenses.
    Ou será que eles (os juazeirenses) algum dia já haviam sequer sonhado com tão terrivel possibilidade ???"
    Mas transparente que isso impossível, não ???

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  3. No nosso comentário anterior, no último parágrafo leia-se: "Mais transparente que isso impossível, não ???"

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