GENRO: tragicomédias sem faltar Onan e Bobbio.
walterfm1 às 8:00
foto: agência Brasil.
-1. ONAN, o masturbador bíblico.
Não fosse trágico, o comportamento do ministro da Justiça Tarso Genro, no chamado Caso Battisti, faria gargalhar as mais variadas platéias.
Um Tarso Genro adepto do onanismo, da masturbação, fez os europeus se divertirem no final de semana. As famílias das vítimas do ex-terrorista assassino, por seu turno, perderem a esperança quanto o fim da impunidade conferida a Cesare Battisti. E Lula, que contava com grande prestígio na Itália e era carinhosamente chamado de “presidente operário”, é reprovado por ter referendado a decisão de Tarso Genro, considerada ofensiva à Itália e aos italianos.
Em artigo publicado no final de semana no prestigioso jornal Corriere della Sera, o experiente e competente jornalista Rocco Cotroneo, há anos no Rio de Janeiro como correspondente, traçou um perfil do nosso ministro da Justiça.
Rocco começou pelo Genro poeta para, diante de sua poesia, concluir : “Genro è il ministro della punheta, dispensiamo traduzione” (Genro é o ministro da “punheta”, dispensemos traduções).
A confessada inclinação para adotar o método de desafogo do bíblico Onan, o primeiro adepto da masturbação de que se tem conhecimento, o jornalista Rocco Cotroneo mostrou por meio da seguinte estrofe de um poema de Tarso Genro:
“Nonna Cacilda sembrava uma paperotta. (Vovó Cacilda parecia pata-manca)Nonna Julica elettrica e ridente conversava con le lucertole. (Vovó Juliaca, elétrica e sorriedente, conversava com as lagartixas)Quanto ti ho atteso e quanto seme inutile ho disperso fino a oggi.” (Quanto te esperei e quanto sêmen inútil desperdicei até hoje)
-2. OFENSA a quem não é ignorante
Como Tarso Genro imagina inexistirem jornalistas italianos no Brasil como correspondentes e nenhuma agência italiana de notícias a atuar por aqui (a Ansa está no Brasil há décadas), entendeu, pensando estar a conferir entrevista a desinformados, em aconselhar os italianos a elaborarem uma Lei de Anistia, como no Brasil.
No domingo, como informou Terra Magazine pelo Blog da Amazônia, do jornalista Altino Machado, o ministro Tarso Genro afirmou que, com exceção do jornalista Mino Carta, todos os que se manifestam pela extradição de Battisti para a Itália eram favoráveis à Lei de Anistia e apóiam os torturadores do regime militar.
Ora, quem sugere a Anistia aos italianos, para apagar os crimes de assassinos iguais àqueles consumados pela ditadura militar, é o ministro Tarso Genro.
Incoerente e inconseqüente, o ministro Tarso Genro ainda não percebeu a diferença de situações.
No Brasil, os que estavam a serviço da ditadura militar e mataram, desapareceram com corpos e torturaram, cometeram terrorismo de Estado. Na Itália, em pleno regime democrático, os terroristas, — de esquerda e de direita–, praticaram crimes comuns (homicídios) : nenhum país civilizado considera delito de sangue crime político, se perpetrados num regime democrático.
Ao definir como crimes políticos os cometidos por Battisti (executor material de dois homicídios, partícipe de um ao dar cobertura, e mentor intelectual do quarto assassinato), o ministro Tarso Genro coloca no colo dos Brilhante Ustra da repressão-assassina, a tese de crime político. Certamente, os torturadores de Estado estão felizes com Tarso Genro.
De se acrescentar que a Itália nunca quis anistiar assassinos. No Brasil, a Lei de Anistia, elaborada pela ditadura militar, é enaltecida por Genro, que a aconselha para a Itália e pensa que ninguém vai descobrir, por aqui, seu canhestro conselho. Ao jornal Corriere della Sera, o senador Eduardo Suplicy esclareceu que o refúgio foi dado por termos da Anistia.
No particular, abro parêntese para transcrever uma conclusão do jornalista Mino Carta, publicada no seu blog: - “Como brasileiro, analiso a questão, e verifico que o Brasil dá asilo a um criminoso, terrorista ou não pouco importa, enquanto teme punir os torturadores do Terror do Estado a serviço da ditadura. Tarso Genro oferece ao mundo uma lição de ignorância, da história e da lei, que ofende quem não é ignorante”.
–3. TARSO GENRO assassina Norberto Bobbio.
Para fundamentar a sua decisão concessiva de refúgio político em que considerou a Itália uma Darfur (Sudão), Genro socorreu-se de um ensinamento de Norberto Bobbio, filósofo italiano morto em 2004 e chamado na França de o mestre do pensamento.
Bobbio vivia na Itália quando ocorreu, em 1969, o primeiro grande atentado que resultou em 17 mortes de civis inocentes e em mais de uma centena de feridos graves. A explosão com dinamite ocorreu em Milão, na pizza Fontana.
Genro não sabe ter Bobbio condenado o terrorismo ocorrido na piazza Fontana, em ataque ao estado democrático de Direito.
Ao ser citado por Genro, que também lhe dedica citações no seu blog, Bobbio deve ter dado pontapés na sepultura. Pelo que se nota, Genro tira de almanaques pensamentos soltos de Bobbio, ou seja, não conhece a obra.
Bobbio acompanhou e condenou a chamada “estação do terror” voltada à derrubada do estado Democrático e a frenar a ascensão do Partido Comunista Italiano (PCI), que se afastara da linha soviética e adquirira matriz própria, alicerçada no pluralismo político e na Democracia.
O mencionado jornalista Rocco Cotroneo, do Corriere della Sera, recuperou entrevista com Bobbio, depois da tragédia na piazza Fontana: -“ Sono forze politiche eversive che agiscono nell´ombra”, disse Bobbio ( “são forças políticas terroristas (eversivas) que agem na clandestinidade”).
PANO RÁPIDO.
“À época do poema, 1977, o jovem advogado Tarso Genro era ativista do Partido Revolucionário Comunista e no Brasil existia a ditadura. Ele (Genro) era bastante informado para saber — entre um verso erótico e outro– o que eram os anos de chumbo na Itália democrática e a diferença com a clandestinidade que eram obrigados a se impôr os ativistas de esquerda perseguidos pelos militares”, escreveu, com propriedade, Rocco Cotroneo.
por Wálter Fanganiello Maierovitch
Diplomacia:
ResponderExcluirImagem do Brasil piora entre países ricos
6 de fevereiro de 2009
A imagem do Brasil está cada vez mais negativa para americanos, britânicos, franceses e alemães, de acordo com uma pesquisa da BBC World Service divulgada nesta sexta-feira. Entre a população dos Estados Unidos, os que veem o Brasil como uma influência negativa para o resto do mundo cresceram de 19% para 23% em um ano.
Já o índice de americanos que enxergam o Brasil de uma forma positiva caiu de 61% para 47% em relação ao ano passado. Na França, a visão negativa do país subiu de 23% para 33%, enquanto na Alemanha o índice saltou de 28% para 40%. Entre os britânicos, o percentual dos que veem o Brasil negativamente aumentou de 31% para 35%.
Apesar dos números, o Brasil ainda mantém uma imagem positiva na maioria dos 21 países em que se realizou a pesquisa. Na média, a visão negativa do país caiu em relação a 2008, enquanto a visão positiva se manteve alta em 18 países. É no México que a imagem do Brasil obteve o maior índice de visões positivas, 78%, seguido pela China, com 65%, e pelo Chile, com 64%.
Segundo Sam Mountford, diretor da GlobeScan, que realizou a pesquisa para a BBC, o crescimento da imagem negativa do Brasil nos EUA e em alguns países europeus se deve em parte ao fato de o país estar mais em evidência no cenário internacional, graças ao aumento de sua importância econômica global. "Quando os países crescem em evidência econômica e política, tendem a polarizar mais as opiniões", explica Mountford. "As pessoas ficam mais atentas a economias que têm impacto sobre elas."
EUA - Já a imagem dos Estados Unidos no mundo melhorou no último ano, enquanto a percepção sobre China e Rússia despencou. A avaliação positiva dos EUA cresceu cinco pontos percentuais, atingindo 40%, enquanto a avaliação negativa caiu quatro pontos, ficando em 43%. A visão negativa sobre a Rússia subiu oito pontos percentuais, chegando a 42%As visões sobre a China estão divididas, com 40% de reprovação - sete pontos a mais do que no ano passado - e 39% de aprovação, uma queda de seis pontos em relação a 2008.
Fonte: site da revista VEJA