Quero ver sua veia aberta cintilante.
Quero olhar dentro da sua alma.
O abismo sempre fez parte dos meus tornozelos -
A cada passo.
O anjo decaído indiferente à minha sorte
nunca me viu de perto.
Aprendi a desabar com cautela -
A cada vício.
Mesmo que não houvesse mais volta.
Mesmo que soubesse do fim.
Meus tornozelos aprenderam a conhecer os abismos -
A cada sonho.
Quero ver sua cara cínica desviar do poste.
Quero olhar dentro do seu ventre.
Aquele bar fechado.
Aqueles aviões dispersos com as mãos nos bolsos.
Compro a polpa de fruta,
dou as costas.
Não tenho um pé de jenipapo
no meu jardim.
Poeta,
ResponderExcluirVocê tem um pé-de-sonho
No jardim sempre aberto
e florido de sua poesia