Dois pesos, duas medidas – por A. Morais

As razões são as mesmas. O questionamento, também: abuso do poder econômico em campanha eleitoral. Quem não faz? Para não fazer confusão, cito apenas quatro ações impetradas no Supremo Tribunal Federal em desfavor de governadores estaduais. A mais antiga data de 2003 contra o Governador Luis Henrique do PMDB de Santa Catarina; a segunda, contra o Governador Marcelo Miranda, do Tocantins, também do PMDB; e as mais recentes: do governador Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba e do governador Jackson Lago, do PDT do Maranhão. O que se viu: julgaram as duas ultimas, as mais recentes – acima citadas – que por sinal interessavam ao PMDB já que os beneficiados com as cassações são seus filiados.
E as denúncias mais antigas? uma delas – com mais de 06 anos – estão nas gavetas dos ministros. Não sei o que é mais seboso: cassar o mandato com o autoritarismo da caneta ou influenciar a Justiça a fazê-lo de forma descarada.
Onde vamos parar? Recentemente tivemos um presidente do STF redigindo e ensinando como a Advocacia Geral da União devia fazer para entrar na corte com seus pedidos. Liminar para favorecer quem não quer falar e liminar para impedir de falar quem quiser fazê-lo. Tudo em torno do poder político e em detrimento da lisura.
Dois pesos e duas medidas!