Aqueles versos desnudos
excomungados pelo tempo
não despencam todo dia
da minha mente.
Prefiro mil vezes a morte
a um frêmito de resguardo
com medo de abrirem-se os pontos.
O parto é para rasgar o ventre.
E não uso almofadas
para colher o rebento.
Meus versos que me lembre
ao sairem doem meus músculos
e arde minha cabeça.
Apesar do sorriso cínico
admirando a pobre vítima.
A parede só tem um desejo eterno -
arrebentar com minha alma.
Então lhe ofereço o dia e a hora
com a mesma loucura de sempre.
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