No mundo em que vivemos estamos repletos de idéias, ideologias e crenças que nos apontam ou nos avisam dos obstáculos ou surpresas da vida. E essas surpresas nos obrigam a buscar um sentido e uma compreensão do mistério que nos cerca. Nesse sentido, vivemos num estado de consciência humana-animal querendo que tudo passe e se mostre claramente visível. Mas, a vida invisível nos cobra: “decifra-me ou te devoro”. Raras vezes conseguimos decifrar e por isso somos diariamente devorados por nossos medos, incertezas, dúvidas e tropeços. A alma humana vive um mundo aparentemente iluminado pelas descobertas objetivas que as ciências realizam. Temos a sensação de que um dia chegaremos à iluminação e clareza total sobre o mistério da vida. Mas, a luz que se acende a nossa frente empurra a escuridão mais ainda para frente e para além de si mesma. Nunca acabaremos com a escuridão da consciência racional comum. Apenas expandimos os limites entre claridade e escuridão. A escuridão é uma claridade que não foi ainda tocada diretamente pela fonte tal como um dos lados da terra em sua rotação entorno do sol. Assim, é a vida humana na terra, pois iluminada em uma de suas partes, a outra se encontra na escuridão. E o lado escuro somente receberá luz quando completar o ciclo de rotação na sua jornada cósmica ontológica. Em outras palavras, cada etapa de nossas vidas é um lento movimento de rotação e translação ontológica da consciência. E chegado o momento certo a luz da fonte jogará seus raios revelando a natureza escondida por um longo período de escuridão. E cada ser humano tem um movimento próprio de rotação-translação em seu tempo próprio e específico. A diferença entre o ser humano e a terra é o período em que se alterna a claridade e a escuridão. O ciclo da terra é curto – uma questão de horas. E o ciclo do ser humano é longo – bem longo! – podendo durar uma ou várias encarnações. Em outras palavras, a natureza cósmica dos planetas e estrelas se assemelha à natureza cósmica dos seres humanos. Somos um cosmos que segue as leis cíclicas da vida cósmica exterior que vemos. O que fazer? Apenas aprender e ficar atento aos movimentos de translação e rotação da vida. Viveremos estações de diferentes estados de ânimo. A cada hora, dia, semana, mês, ano estaremos sofrendo os movimentos cíclicos da natureza cósmica: “o que está embaixo está em cima – o que está fora, está dentro também”. Somos e viemos do cosmos. A ordem das leis da natureza segue um princípio tanto para o que é grande e universal quanto para o que é pequeno e individual. O criador é o ciclo cósmico que nutre e altera tudo num processo de transformação e interação cósmica, pois “nada se cria – nada se perde – tudo se transforma [interativamente]”(Lavoisier). A morte é o lado complementar da vida e vice-versa; a sabedoria é o lado complementar da ignorância; a sensibilidade é o lado complementar da inteligência; a pobreza é o lado complementar da riqueza”. O fim é o início de uma nova etapa. E a vida nunca se repete, tudo se renova num ciclo de evolução eterna. Então, porque nos matamos de tanto querer controlar o que não é controlável, de querer pensar o que não se constrói pela mente, de querer sempre o útil esquecendo a essência, de querer encontrar do lado de fora quando o que precisamos está dentro de nós? É nessa visão incompleta que seguimos na esperança de um dia chegar o nosso momento de luz e iluminação. Por isso, somente a Vida Cósmica pode mudar o nosso destino cósmico. Eu aprendi em 1988 que somente compreenderemos esse ritmo cósmico quando desejarmos profundamente mudar o nosso modo de caminhar-girar e buscar e encontrar o ritmo interior sutil e cósmico. O Amor de Deus será revelado no peito daqueles que descobrirem O RITMO OU ENERGIA DA LUZ INTERIOR! Eu sou testemunha desse RITMO CÓSMICO UNIVERSAL – QUÂNTICO E DIVINO!
Prof. Bernardo Melgaço da Silva – bernardomelgaco@hotmail.com
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