terça-feira, 14 de abril de 2009

Capitão GANCHO só tinha um olho


Notas frias literais
Dó, ré, falsificadas, viram cifras
Além das pautas
Ambulante na calçada
Não é pilantra
Nem faz o comércio
Mais vilão do que antes
Dinheiro na mão
Sem roubar a padaria
Lição de economia
Sem regulamento
Culpem a tecnologia
Fomento da pirataria
CDs aos 4 ventos
Não hão de impedi-la
Quem pode reproduz
Quem não... distribui
O crime é ser pobre
O crime é ser rico demais
Peão-bandido incidental
Leva aos ignorados
Escolhas que não teriam
Cumpre a Constituição
Artigo sexto - lazer igual
Direitos para todos os ouvidos da nação
E os olhos da nação miram a perturbação
Dos incapacitados

5 comentários:

  1. Gostei da poesia, adorei o blog de voces!
    bjo

    http://jessicaessence.blogspot.com

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  2. Marta e sua sede de justiça. E existem aqueles proprietários, como um capitalista se acumulando, não se sabe bem o quê, talvez muros, cercas elétricas e carros blindados. A Marta quer ler, ouvir e chamar isso de pirataria é velho como chamar uma mãe, um pai e um filho de favelados.

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  3. Seja bem vinda JRS, e ao estimado Sr. Feitosa não traduzi o "velho" ainda. Sendo velho quis dizer eterno, imutável?...velho como sendo do costume, aceitável na realidade,o que seria inútil refletir, falar sobre? Me senti patética. Dúvidas.

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  4. O "velho" preconceito, como chamar alguém de favelado.

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  5. Aaah, ok, obrigada. Achei este texto meu um tanto forçado...acho que esperei alguma crítica.
    Um fato provocou esse texto, eu estava num cinema em Salvador,antes do filme entra um comercial contra a pirataria, patético mesmo um homem de terno roubando, e o final: você faria isso?
    Ou seja, a classe média não rouba, não faz feio...roubar é para pobre. Uma relação equivocada sobre riqueza e ética que me fez levantar e dizer no silêncio escuro do cinema em voz alta: Pirataria não é crime,crime é a pobreza no país.
    Zé, sentei tremendo descontroladamente e ainda bem que o filme logo começou sufocando um burburinho que a minha audácia havia provocado.
    Como diria um gay amigo meu: Eu sou dessas!
    Tem outras histórias que ilustram esse meu perfil de atrapalhada.
    Vá desculpando, um abraço.

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